Tripulantes do Ericsson enfrentaram 50 nós de vento na passagem pelo Cabo Horn (foto: Divulgação/ VOR)
Segundo as previsões meteorológicas que chegam diariamente nos seis veleiro da Volvo Ocean Race, a chegada da prova no Rio de Janeiro poderá atrasar em até cinco dias. No calendário oficial da prova, o primeiro barco deveria aportar na Marina da Glória amanhã. Porém a flotilha ainda nem passou da linha de Buenos Aires, na Argentina.
O navegador do ABN Amro 2 que assumiu a segunda colocação no último fim de semana escreveu sobre a ansiedade de chegar no Rio. O final da perna parece bem distante. Tenho visto as previsões de tempo e, depois de cinco dias, parece que não estamos nem um pouco perto, o que é um pouco desconcertante. Acho que teremos de enfrentar ventos fracos históricos antes do primeiro gole de caipirinha, disse Simon Fischer.
A sessão de caipirinha depois da chegada tem se tornado o assunto mais popular a bordo, o que torna ainda mais doloroso que o tempo não ajude a chegar nem perto de onde queremos ir, lamentou o navegador.
A flotilha se aproxima de uma zona de alta pressão, e poucos ventos, o que vai aproximar ainda mais os cinco veleiros. Esta zona de ventos mais fracos vai ser decisiva para a definição da chegada ao Rio de Janeiro, avalia o comandante do Brasil 1 Torben Grael.
Conforto – Conforme os veleiros sobem no globo, a temperatura aumenta e, consigo, traz mais conforto aos velejadores. Desde que passamos o Cabo Horn, a temperatura passou de sete para 14 graus. Parece uma diferença pequena, mas transforma completamente a vida a bordo, contou o navegador do Ericsson, Steve Hayles. Lembrar dos mares do sul nos faz pensar que mesmo com o corpo humano capaz de enfrentar diversos extremos, somos feitos para um certo patamar de temperatura e, uma vez fora dele, a vida se torna incrivelmente difícil, avaliou Hayles.
Com o progresso do ABN Amro 2, o Brasil 1 está agora em quarto, atrás também do Piratas do Caribe. O ABN Amro 1 segue na liderança e o Ericsson está em último. O Movistar sofreu com o mau tempo em Ushuaia, na Argentina, para realizar o conserto da estrutura do casco ao redor da quilha. Agora volta com ajuda do motor para o ponto em que deixou a perna para, somente com as velas, seguir para o Rio.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: março 6, 2006