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Brasil é o sonho do organizador do Rally las Pampas

Redação Webventure/ Offroad

David Eli  organizador do Por las Pampas (foto: Donizetti Castilho / www.webventure.com.br)
David Eli organizador do Por las Pampas (foto: Donizetti Castilho / www.webventure.com.br)

Direto de San Martin de los Andes – Há 25 anos organizando ralis, David Eli, presidente da OTTA (Organização Todo Terreno da Argentina), responsável pelo Rally Por las Pampas, está muito feliz com a participação dos brasileiros na nona edição da prova, que larga de San Martin de los Andes nesta quarta-feira, com destino a Iquique, no Chile. Depois de ligar os dois países, Eli tem o sonho de fazer a integração da América do Sul, com um rali saindo do Brasil, passando por Paraguai, Argentina, Bolívia e terminando no Chile.

Esta edição do Rally Por Las Pampas é a que tem o maior número de participantes brasileiros e poucos representantes europeus. “Acredito que neste ano teremos, nos carros, duas provas distintas. Uma disputa entre os europeus, Luc Alphand e Joan Roma, e outra entre os sul-americanos”, disse Eli, que antes das provas de cross-country, organizava ralis de velocidade.

No ano passado, Eli e dois membros de sua equipe estiveram no Brasil para acompanhar o Rally dos Amigos, última etapa do Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country, realizada em dezembro. Foi então que convidaram as equipes brasileiras para participarem do rali entre a Argentina e o Chile, pois queriam que a prova tivesse mais cores sul-americanas.

Faltava verde-amarelo por las pampas – Pilotos de moto brasileiros já tinham participado da prova, mas duplas de carro é a primeira vez que se aventuram por estas trilhas. Para que não tivessem problemas com as exigências da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) os organizadores do Rally por las Pampas mandaram para o Brasil um técnico para verificar se os carros estavam com os equipamentos necessários. Além disso, também facilitaram a entrada dos carros na fronteira.

“Estava faltando na prova as cores do Brasil, a alegria e a simpatia dos brasileiros. Tenho um sonho que é fazer um rali de São Paulo a Iquique, passando por cinco países. Sei que isso é possível, mas ainda é só um projeto”, explicou Eli, que tem 100 pessoas trabalhando na organização da prova, além de duas ambulâncias 4×4, três helicópteros, e 50 carros.

Ainda segundo Eli, a prova terá dois momentos. Na Argentina, os competidores encontrarão piso duro, com zonas de mata, pedras, rios secos, e dunas com areias marrom, na região de Mendoza. Em Santiago será realizada uma especial em circuito fechado e depois começa a segunda parte da prova, entre o Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes, mais o deserto em Copiapó. As surpresas aparecerão até a chegada em Iquique, onde os competidores terão que descer uma duna com cerca de 1500 metros de altura, até a rampa de chegada.

“Agradeço a presença de todos os brasileiros e nossa intenção é mostrar este extremo do mundo para todo o mundo. Poder organizar esta prova já é uma vitória”, finalizou Eli.

Este texto foi escrito por: Fábia Renata

Last modified: março 7, 2006

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