No fim de março, o Estado do Paraná ganhou mais duas unidades de conservação (UCs): a Reserva Biológica das Araucárias e o Parque Nacional dos Campos Gerais. Os decretos presidenciais foram publicados em 24/3 no Diário Oficial da União.
A Reserva Biológica das Araucárias está situada na região dos municípios de Imbituva, Ipiranga e Teixeira Soares. Com a sua transformação em unidade de conservação, o governo garante a proteção de um dos principais remanescentes de araucárias e várzeas, dois dos ecossistemas mais ameaçados do país. Ela está dividida em cinco áreas e compreende aproximadamente 15 mil hectares.
Na reserva é possível encontrar o lobo guará (Chrysocyon brachyurus) e o macuquinho-do-brejo (Scytalopus iraiensis), uma pequena ave. Os dois ocupam lugar de destaque na lista de espécies em extinção no Brasil. Essa área também é conhecida pelo mosaico que fazem as águas dos rios Tibagi e Imbituvão, que em épocas de cheia extrapolam o curso normal. É de uma beleza ímpar. Esse é o maior e o último fragmento de araucária no estado que ainda não estava protegido, comenta Savi.
Novo parque nacional – O Parque Nacional dos Campos Gerais tem cerca de 21 mil hectares. É caracterizado não só pela presença da araucária, mas também por ter 30% de toda a sua área coberta por campos naturais, outro ecossistema ameaçado. Atualmente, só existe 0,2% da cobertura original desse tipo de formação no país.
Localizado nos municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambei, o parque possui afloramentos rochosos e diversos sítios com pinturas ruprestes e manifestações indígenas. Nele há plantas que não ocorrem em outro local (endêmicas). É o caso da palmeira anã, de alguns tipos de cactus e de ciperáceas.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: abril 5, 2006
