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Jalapão maltratou as equipes do Rally dos Sertões 2006

Redação Webventure/ Offroad

Christophe Barriere-varju (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)
Christophe Barriere-varju (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)

Direto de Corrente (PI) – As dificuldades do terreno da especial de ontem, no Jalapão, fizeram alguns competidores chegarem de madrugada em Alto Parnaíba (MA), cidade destino da etapa. Carros quebrados aguardavam reboque na especial e pilotos de motos estafados lavaram mais de dez horas para completar no terceiro dia de Rally dos Sertões.

O australiano Christophe Barriere-varju chegou 2 horas da madrugada em Alto Parnaíba. Ele contou que passou mal durante a especial e teve que parar até recuperar a força. “Tive vômitos e passei mal no meio da especial, fiquei duas horas parado para tentar recuperar força e me hidratar, mas vomitava a cada 15 minutos”, contou.

Assim que anoiteceu, o piloto teve que esperar outro competidor se aproximar, já que seu farol estava quebrado. “Fiquei esperando a lua, mas não era lua cheia, não tinha luz nenhuma. Um pouco depois chegou um piloto sem a planilha, então dividimos, ele iluminava o caminho e eu falava para onde tinha que ir. Chegamos só de madrugada”, disse.

Fogo – A moto do piloto Paulo Langer pegou fogo durante a especial do Jalapão. “Um competidor me passou e caiu logo depois, para desviar entrei em uma vala e a moto caiu. Vazou gasolina e começou a pegar fogo. Para apagar, tive que usar a mão e os pés, ficou bem queimado”, disse. O piloto teve que ir até Lizarda (MA), um dos pontos de abastecimento e dormiu por lá, chegou às 22h30, no local que marca a metade da etapa.

Nos carros, o navegador Kleber Cincea, passou mais de oito horas para fazer a etapa. “E isso que não deu nada de errado, fomos no nosso ritmo, sem desgastar o carro, e vendo vários veículos quebrados. Se algo tivesse errado conosco, não conseguiríamos completar a especial no tempo de nove horas”, comentou.

Ao final da especial, o piloto de moto Vergílio di Paolo caiu e teve que ser socorrido de noite. O Dr. Clemar Corrêa, médico responsável pelos atendimentos, passou a noite cuidando do piloto. “Diagnosticamos hemorragia interna no pulmão. Não pudemos fazer a drenagem em Alto Parnaíba, então voamos com ele hoje pela manhã para Palmas. Lá ele foi tratado e está praticamente fora de risco”, disse o médico.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: julho 30, 2006

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