Thiago Valois explica o mapa (foto: Cristina Degani/ www.webventure.com.br)
Direto de Resende (RJ) – A equipe médica do Ecomotion/Pro 2006, chefiada pelo Dr. Clemar Correa, acaba de fazer uma reunião na base da prova para traçar as estratégias de atendimento e resgate durante a competição. O mapa detalhado da prova só foi divulgado há pouco tempo. A equipe médica teve o auxílio do diretor de prova Thiago Valois para discussão dos pontos mais arriscados do roteiro.
As equipes também receberam o mapa recentemente, às 16h30, e têm até 19h30, hora da largada, para se programarem, traçarem as melhores rotas e plastificarem o mapa. Os 216 competidores que largam ainda hoje de Resende estarão seguros por quatro equipes médicas divididas em carros oficiais da prova, sem tração nas quatro rodas. Há também um helicóptero para remoção rápida e alcance em lugares de difícil acesso.
Para Geoff Huntt, presidente da Adventure Race World Series, organização responsável pelo circuito mundial de corridas de aventura, a estrutura é ideal para esse tipo de prova. Todas as situações possíveis estão cobertas. Se os atletas precisarem de atendimento rápido, eles terão rádio para contato com a organização e equipe médica. O atendimento pode vir por terra ou mesmo helicóptero, até de noite, como já aconteceu em outras provas pelo mundo. Em último caso, se tiver uma tempestade e não houver condições de acesso, os médicos podem orientar os competidores sobre primeiros socorros por rádio, comentou o neozelandês.
Dr. Clemar – Para o Dr Clemar Correa, a corrida de aventura é a situação típica em que a equipe médica não consegue atuar precisamente em todos os lugares, por dificuldade de acesso e comunicação. Ele explica que os quatro pontos médicos irão se deslocar estrategicamente durante a prova para cobrir a maior área possível. Mesmo assim, é difícil abranger tudo o que está acontecendo, acrescenta o médico.
Clemar apontou situações extremas da prova, nas quais estará especialmente atento. Haverá um downhill longo, com mais de 20 quilômetros, e logo no começo da prova, entre os PCs 6 e 7 terá a escalada das Prateleiras, pequena mas muito perigosa. Vamos intensificar o cuidado médico nesses locais, ressaltou Dr. Clemar.
Mais para o fim do percurso, a equipe vai se concentrar na Baía de Angra dos Reis, que abriga quase um terço da prova e os últimos PCs, nos quais as equipes estarão mais cansadas e provavelmente menos concentradas. Estamos preocupados com travessias noturnas e choque com embarcações, afirmou.
Deve ser uma prova fria, principalmente no trecho de canoagem no mar, de 100 quilômetros e sem encontro com os apoios. As equipes precisam ficar atentas com comida, bebida, concentração e lesão, principalmente bolhas na mão, de tanto remar. Segundo ele, a rede de hospitais na região é precária. Apenas o hospital próximo das usinas nucleares de Angra dos Reis pode comportar algum acidente grave. Mas estamos perto de Taubaté, Rio de Janeiro e São Paulo, em caso de resgate aéreo, explicou Dr. Clemar.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa
Last modified: novembro 12, 2006