André Azevedo alerta para o perigo com minas terrestres (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)
O piloto brasileiro André Azevedo (caminhão), comenta com exclusividade para o Webventure o sexto trecho que os pilotos irão enfrentar no maior rali do mundo. O piloto, que conhece muito bem a região, fala da chegada à Mauritânia e o perigo das minas terrestres. André comemora seu 20º Dakar e a cada etapa faz um novo comentário, destacando o percurso e as dificuldades que os pilotos terão pela frente.
Tan Tan a Zouérat, 817 quilômetros.
Etapa que saímos do Marrocos e vamos para a Mauritânia. O início é um deslocamento muito grande, quase 400 quilômetros para chegarmos até a fronteira onde o pessoal da ONU nos aguarda para fazer a segurança.
É uma região de minas e não podemos sair do traço escolhido. Em 1995, um caminhão se perdeu, passou por cima de uma mina, teve a cabine destruída e pegou fogo. O piloto morreu e o navegador e o mecânico conseguiram se salvar. É uma região apreensiva.
Chegando na Mauritânia, com destino final em Zouérat, é deserto com dunas leves, mas com altas velocidades. Dá para manter 150 km/h, o limite nosso no caminhão. Se ultrapassar dessa velocidade, somos penalizados. Então o controle é do Maykel [Justo, navegador do caminhão brasileiro] me cantando a velocidade final.
Este texto foi escrito por: André Azevedo
Last modified: janeiro 11, 2007