Palmeirinha tenta se recuperar na prova e conquistar boas posições (foto: Aifa RTF/ Divulgação)
Conseguimos terminar mais uma etapa do Rally Lisboa-Dakar 2007. E vou ser bem claro e sucinto. A Mauritânia é o seguinte: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. A especial de hoje tinha quase 600 quilômetros e uma parte de dunas, que não eram muito grandes. Mas a areia é tão fofa, que parece que ela engole o carro, é impossível não atolar. Até os líderes atolaram, só que a diferença é que nós atolamos mais.
Depois ainda pegamos uma parte cheia de pedra, quebradeira no estilo do Marrocos. Então fica complicado, pois você deixa dez libras de calibragem nos pneus para conseguir passar pelas dunas e depois tem que subir a pressão para 35 libras para não furá-los na quebradeira.
Mas a pior parte é quando pegamos areia no meio das pedras pontudas, aí é só rezar para não furar um pneu, nem atolarmos. Aqui não tem perdão. E, para completar um pouco mais, ainda é etapa maratona, não temos apoio.
Apenas o Palmeiro e eu vamos arrumar o carro. Foi muito difícil e usamos a estratégia de tentar poupar o carro. Vamos ver o que vai dar…
Problemas – Mas a parte triste foi o nosso companheiro de equipe, José-Luis Monterde, 10º na geral e a 30 quilômetros do final ficou com o semi-eixo quebrado. Não sei nem se vai conseguir chegar hoje a noite aqui. Paramos para tentar ajudá-lo mas não teve jeito. Dakar tem dessas coisas.
Este texto foi escrito por: Paulo Nobre, o Palmeirinha
Last modified: janeiro 15, 2007