Raimburgo e Lourival são os melhores estreantes (foto: Lino Bocchini/ Equipe Petrobras)
A dupla brasileira nos carros Riamburgo Ximenes e Lourival Roldan terminam o Dakar com a certeza do dever cumprido. Largamos de Lisboa com o objetivo de conquistar o troféu de melhor estreante em nossa categoria, e ele está sendo alcançado em meio a 15 dias de persistência, teimosia e muita perseverança. Somos vitoriosos”, afirma o piloto Riamburgo Ximenes.
Eles sofreram um acidente logo no início do rali, mas conseguiram se recuperar e mantiveram a regularidade até o fim, conquistando boas colocações. “Este foi meu ano de aprendizado neste rali. Tive o privilégio de estar em uma equipe fantástica, com um navegador experiente e destemido que me ensinou muito. Vou voltar, mas para brigar por melhores resultados. Os objetivos serão focados em uma diretriz crescente. Ter um carro para brigar pela ponta exige altos investimentos, mas com fé, força e dedicação tudo é possível, é assim que nascem os sonhos”, afirma o piloto cearense, que aprendeu a pilotar nas areias do seu estado.
O piloto foi o primeiro nordestino a vender o Rally dos Sertões, em 1999. Com talento e muita garra e determinação, ele realiza o maior sonho: completar o maior rali do mundo. “Riamburgo tem talento, bravura e desempenho suficiente para trazer excelentes resultados para o Brasil. Me sinto feliz em ter compartilhado todos estes dias com ele. Traçar um plano e cumprir um objetivo é sempre muito gratificante. Estou muito feliz por mais um belo Dakar”, comenta Lourival, que está em sua quarta participação no rali. Em anos anteriores, ele era navegador do carro de Klever Kolberg.
Vitória só na linha de chegada – O piloto tem a cabeça no lugar e sabe que só é possível cantar vitória depois da linha de chegada. E isso é um fator que todos tem que respeitar. “Os Touaregs, com toda a verba e a impressionante estrutura da Volkswagen, não vão vencer. Carlos Sainz teve problemas mecânicos e perdeu a liderança em um momento de glória da marca, De Villiers teve seu carro refeito, Ary Vantanen, tetra campeão do Dakar, viu seu Touareg pegar fogo e ele ficou pelo caminho. A realidade é que todos os competidores passam por momentos difíceis, as máquinas são exigidas ao extremo, e por isso nossa escolha em correr com um carro feito para chegar.
E ele ainda completa: “esta é uma prova de alto risco. Todos os dias alguém fica para trás porque quebra, porque se acidenta, porque coisas inacreditáveis acontecem. Apesar da diferença monetária entre os participantes de ponta, que são as equipes oficiais de fábrica, e nós chamados privados, posso dizer que o dinheiro monta estruturas fantásticas, mas em um rali tudo pode acontecer”.
Este texto foi escrito por: Redação Webventure
Last modified: janeiro 21, 2007
