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Equipe brasileira de corridas de aventura investe em provas internacionais

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Tico (foto) e sua equipe correm atrás de patrocínio (foto: Arquivo pessoal)
Tico (foto) e sua equipe correm atrás de patrocínio (foto: Arquivo pessoal)

Buscando sempre a superação e novos desafios a cada dia, a equipe brasileira Paradofobia investe na participação de grande provas do calendário mundial de corridas de aventura. “É a melhor forma de conhecer o mundo e essa e a única maneira que vamos adquirir experiência para sermos uma equipe mais competitiva. Nessas provas aprende-se muito, principalmente com relação à logística”, afirma Edílson Cremonese, o Tico, capitão da equipe.

Nos próximos meses, a equipe formada por ele, Rafael Melges, Telmo Carvalho e Manuela Vilaseca participa do Desafio de Los Volcanes (Argentina e Chile) e do The Raid (França). “Nossa faixa de idade é entre 26 e 27 anos. Somos novos no esporte e, quando atingirmos cerca de 30 anos, queremos estar no topo. Estamos mesmo é investindo em um futuro”, comenta Tico.

Outra equipe brasileira que participa da prova francesa é a Oskalunga, do capitão Frederico Gall. A equipe espanhola Buff, campeã do Ecomotion/Pro em 2005, também confirmou presença, assim como a Abarth-Teva, Team Finland, Go Lite e Powerblast, atual campeã mundial, entre outras.

A The Raid surgiu do antigo Raid Gauloises. Até o ano passado eram feitas três provas de dois dias cada, classificatórias para o The Raid World Champion, uma corrida de seis dias em distintas áreas do mundo. “Nesse ano, eles mudaram o formato. Será uma prova de cinco dias com equipes de três pessoas”, comenta Tico. A competição acontece de 2 a 7 de junho, no Mont Blanc, França.

“Com isso nos despertou um enorme interesse em participar, pelo conhecimento da prova na comunidade de corrida de aventura. A organização é tremenda”, afirma Tico. “Acho que esse ano estamos preparados fisicamente e mentalmente para uma prova desse nível”.

Desafio de los Volcanes – Antes, porém, a partir de 25 de março, os competidores irão enfrentar uma das mais tradicionais provas das Américas. O Desafio de los Volcanes vai largar de San Martin de los Andes, na Argentina e percorrer 550 quilômetros em aproximadamente sete dias e sete noites até Pucón, no Chile, passando pela região da Cordilheira dos Andes e a Patagônia Chilena. “Esse ano o percurso será maravilhoso, com a oportunidade de subir três vulcões em uma mesma prova”, afirma animado Tico.

As modalidades que os atletas terão pela frente são: trekking, mountain bike, orientação, canoagem, costeira, tirolesa e rapel. “Estamos muito animados com essa prova, será uma experiência única. A equipe será a mesma do ano passado, só vamos acrescentar a Manuela”, completa Tico.

Assim como outras inúmeras equipes, não só de corrida de aventura, os integrantes da Paradofobia correm atrás de patrocínios para conseguir realizar não só essas, mas outras provas ao longo do ano. “Faz um ano e meio que estamos em uma busca de patrocínio”, afirma Tico.

Os custos incluem passagens, alimentação e hospedagem, além da inscrição nas prova. “Como sempre, estamos com dificuldades nessa área, mas fechamos um contrato anual com a Puma Sports para o nosso material esportivo e conseguimos ajuda da BiFarma para nossa inscrição. Mas ainda faltam algumas coisas para pagar”, comenta.

A maioria dos atletas de corrida de aventura tem o esporte como um hobbie e não tem tempo suficiente para se dedicar somente à carreira esportiva, por conta do emprego e profissão. “Por isso não temos equipes de ponta. É difícil ser atleta e ainda ter uma vida normal de trabalho e estudo”, comenta Tico, que é fisioterapeuta. “Para continuarmos a representar o país lá fora, precisamos de ajuda e parcerias, para que tenhamos mais tempo de treino, e querendo competir lá fora teremos mais chance contra outras equipes internacionais.”

Com as dificuldades, Tico desabafa: “temos diversos materiais que já foram ao ar, tanto em canais nacionais quanto em canais internacionais, mas as companhias não se interessam. Eles não sabem o retorno que isso tem indiretamente.”

Mas a expectativa do capitão é positiva, para ele, investir em uma equipe é melhor do que investir em outros meios de publicidade. “É muito mais em conta apostar em uma equipe, time ou indivíduo, do que investir em comerciais, anúncios em revistas e jornais.”

Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni

Last modified: fevereiro 28, 2007

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