O paranaense Maurício Neves conquistou a segunda vitória do ano (foto: Donizetti Castilho/ www.webventure.com.br)
Duas semanas após conquistar a primeira vitória do ano, o piloto paranaense Maurício Neves voltou a vencer no Campeonato Paulista de Cross-country. O Rally do Sul, segunda etapa da temporada, foi disputado entre as cidades de Franca e Patrocínio Paulista, no interior do Estado. Neves dominou as três baterias, de aproximadamente 35 km cada, ao lado do navegador Clécio Maestrelli.
Com a vitória, o Paulista passou de simples treino para um dos objetivos do ano para o piloto. Ainda tem o Campeonato Brasileiro e o Rally dos Sertões. O Paulista, que era só uma preparação, está agora em meus objetivos. Não só como piloto, mas também como preparador. Vi no campeonato uma oportunidade de conseguir novos clientes, minha presença em todas as provas está ajudando, disse o piloto paranaense, que também é chefe de equipe da Pro-Macchina.
E não foram só eles que saíram de longe para competir no Paulista. A segunda etapa reuniu 39 veículos no grid, entre carros e caminhões, e contou com duplas de Minas Gerais, Santa Catarina e até Brasília. Élson Cascão rodou 700 km da capital federal até Franca para largar para as três especiais que somam105 quilômetros. E cada quilômetro valeu a pena. Me diverti muito nessa prova. Preciso treinar para as competições nacionais e vimos no Paulista a prova mais perto de Brasília para participarmos, comentou o piloto.
Velocidades – Deco Muniz, organizador da prova, adiantou no briefing da sexta-feira que alguns veículos poderiam chegar a 170 km/h. Porém, na prática, isso não aconteceu. O trecho que ele disse que poderíamos acelerar é cheio de lombas, não tem como chegar a essa velocidade, disse Maurício Neves, que completou afirmando que a maior velocidade atingida por sua L200 Evolution foi de 145 km/h, medidos pelo GPS.
Mesmo assim, a maioria das equipes saiu satisfeita com o percurso. Foi uma das provas mais mistas que o campeonato já teve, com direito a areia fofa, trechos de alta, mata fechada, lama e piso escorregadio. Só faltou mesmo passagem de rio. O resto, teve de tudo, comentou Christian Baumgart, piloto segundo colocado na prova.
Entre os caminhões a vitória ficou com Amable Barrasa. A disputa foi acirrada entre o piloto e André Azevedo, que precisava tirar o prejuízo do abandono na etapa passada. Agora tenho que correr todas as etapas pensando na pontuação, disse o piloto. André venceu a primeira volta, com mais de 40 segundos de vantagem para Amable, que se perdeu. Na segunda volta, o atual campeão do Rally dos Sertões deu o troco e a disputa ficou empatada. A última volta foi tudo ou nada, e nós conseguimos vencer, comemorou Amable.
Para sacramentar a vitória dele, ao lado de José Papacena, André Azevedo teve problemas no Super Prime, disputado como a quarta especial, e não concluiu a volta. Aparentemente foi uma pane seca, explicou o navegador Maykel Justo.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa
Last modified: março 11, 2007