Atletas enfrentam pirambeira (foto: Roberta Spiandorim/ www.webventure.com.br)
A primeira etapa do Adventure Camp 2007 surpreendeu os competidores de diferentes formas. Fora a chuva que caiu na véspera e deixou trechos cheios de lama, os atletas contaram com um percurso mais exigente que o habitual e uma passagem pela comunidade Hare Krishna Nova Gokula, onde precisaram cantar o mantra para validarem sua passagem pelo PC.
A largada que estava prevista para as 8h de domingo só pode ser realizada 45 minutos depois. Os atletas precisaram subir uma pirambeira para chegar ao topo de uma colina próxima ao Parque do Trabijú, pois os ônibus disponibilizados pela organização tiveram problemas com a lama nas ladeiras.
A lama, os 32 quilômetros de bike e os 17 quilômetros de trekking contribuíram para o cansaço dos participantes, já que muitas equipes investiram numa prova rápida. Esta etapa foi bastante dura, pesada e longa, testemunhou Rafael Campos, capitão da segunda colocada na etapa Quasar Lontra. As primeiras colocadas até improvisaram um banho na fonte da Praça dos Esportes de Pindamonhangaba.
A navegação foi um trecho de pegadinhas em que as três primeiras colocadas Oskalunga, Quasar Lontra e SOS Matla Atlântica chegaram a perder muitas posições. A prova foi de muita navegação, contou Fernanda Maciel, membro do Oskalunga. Segundo Sérgio Zolino, organizador da prova, esta será uma característica de todo o circuito, que exigirá estratégia. O intuito é que nem sempre o mais forte ganhe, mas sim o mais inteligente e mais forte.
O anúncio da organização, durante o briefing, sobre um PC que estaria dentro da comunidade Hare Krishna Nova Gokula surpreendeu os participantes. Uma das duplas de cada uma das 102 equipes teria que cantar o mantra, supervisionada por duas meninas da comunidade. Elas repetiram os versos inúmeras vezes na expectativa de que alguém pronunciasse as palavras corretamente. Tentativa em vão.
Evento familiar – O clima do evento é muito familiar. No sábado que antecedeu a prova, pais, filhos e amigos se reuniram para as clínicas de mountain bike, orientação, canoagem e rapel. Rodrigo Barros, por exemplo, trouxe seus dois filhos, de 12 e 10 anos, para o segundo ano consecutivo de Camp. A gente acaba passando um final de semana todo mundo junto, o que eu acho que é bacana, eles aproveitam muito, testemunhou.
Rodrigo ainda trouxe um casal de amigos de infância e seus dois filhos para o evento. Segundo ele o que falta para o evento é mais divulgação. Todo mundo se assusta, não sabe o que é. Tem uma distância do público mais normal, eles não sabem o quanto é fácil e o quanto é bacana, disse. Entre a criançada a aventura é o que faz da prova um programa tão divertido.
Os gêmeos Guilherme e Lisa Barto, de 13 anos, que participam pela sexta vez do Camp, reuniram seus melhores amigos para esta etapa. A idéia de participar do circuito, segundo Guilherme, surgiu de um encontro com a equipe Quasar Lontra, a quem ele se refere com muita admiração, em São Pedro (SP). Atualmente os gêmeos dedicam duas horas em dois dias da semana na academia para treinar para as provas.
Este texto foi escrito por: Roberta Spiandorim
Last modified: março 19, 2007
