Chegada ao Alasca (foto: Arquivo pessoal)
No terceiro texto da expedição Challenging Your Dreams, o casal Grace Downey e Robert Ager escreve sobre a passagem pela América do Norte, rumo ao Alasca na volta ao mundo de carro. A passagem por grandes parques nacionais, como Grand Canyon e Yellowstone. A neve o frio foram os companheiros desse trecho da aventura.
Chegou a hora de deixarmos a América Latina para trás, com seu charme colonial e seu adorável caos, e dar as boas vindas ao mais arrojado e organizado mundo da América do Norte.
Havíamos planejado seguir rumo ao norte, perseguindo o clima do verão, para podermos chegar ao Alasca antes da neve. Para facilitar nossas vidas, tínhamos a vasta rede de estradas a nossa frente. O que deixavam a desejar em termos de charme e caráter compensavam com eficiência e diesel barato.
No caminho, passamos apenas alguns dias entre os Parques Nacionais Grand Canyon, Yosemite e Sequóia e depois seguimos para a fronteira com o Canadá para enfrentarmos o longo e solitário trecho pela Alcan Highway, a única estrada que une o Alasca aos 48 estados de baixo.
Nosso desafio era alcançar o ponto mais ao norte que podíamos, até o vilarejo de Deadhorse na Baia de Prudhoe, 400 km além do Círculo Polar Ártico. Ao atravessamos as Montanhas Brookes, pela Dalton Highway, a dramática North Slope surgiu diante de nós. Este era o atoleiro permanentemente congelado da tundra ártica e, apesar de estarmos um pouco atrasados para ver o Sol da Meia-Noite, mesmo assim dirigíamos felizes da vida até tarde da noite ainda com claridade.
Sozinhos – Não encontrávamos praticamente ninguém, somente um ou outro caçador e os corajosos residentes das estações de petróleo. Mesmo acampando ao lado da estrada com nossos sleepings, muitas camadas de roupa, gorros e luvas, ainda sentimos o frio e mal podíamos esperar o amanhecer para sentirmos o calor do sol. Chegando a Deadhorse, fomos notificados que a temporada de visitas havia se encerrado e que devido a uma questão de segurança o acesso ao Oceano Ártico estava fechado. Infelizmente, não chegamos a vê-lo de perto.
Demos meia volta e seguimos rumo ao Parque Nacional Denali e o Monte McKinley, a montanha mais alta da América do Norte. Esta enorme área protegida é um refúgio para uma grande população de raros animais. Nós passamos três dias explorando o local através de caminhadas, e acampando no meio do mato, a procura de ursos e alces. Nossa aventura pelo Alasca chegou ao fim quando visitamos Kenai, com seus glaciais e fiordes espetaculares.
Retornando ao Canadá, ainda tivemos as rochosas canadenses e os Parques Nacionais de Jasper e Banff para conhecermos, e foi então que a neve nos alcançou! Durante a noite, uma linda, porém congelante camada de neve caiu do céu e, apesar do carro ter superado isso sem problema algum, optamos por um chalezinho.
Durante o restante do nosso tempo na América do Norte visitamos o Parque Nacional de Yellowstone, atravessamos a região dos Grandes Lagos durante as belas cores do outono e exploramos Quebec e Nova Escócia, ao leste do Canadá. Eventualmente, um novo recorde de menos 10° Celsius nos forçou a rumar ligeiramente ao sul, seguindo a costa até a Flórida com suas temperaturas mais civilizadas!
De lá enviamos o carro para Inglaterra onde trabalharíamos por um tempo, antes de darmos seqüência à expedição pelos séculos de história na Europa.
Até a próxima.
Este texto foi escrito por: Grace Downey e Robert Ager
Last modified: abril 4, 2007