Prova terá 75 km (foto: Divulgação)
Quando se fala em corrida de aventura, vêem à mente provas em regiões inóspitas e diversas modalidades esportivas. Os atletas têm que ser completos em vários esportes para poder se dar nas provas.
Como preparação e treinamento, eles acabam competindo em modalidades diferentes, como é o caso de Marcelo Magnanini, o Macuco, e Silvia Guimarães, a Shubi. Os dois irão disputar neste sábado (21), a quinta edição da Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoa Havaiana.
É a segunda vez que eles participam da prova. Macuco já foi campeão em 2004 e Shubi participou em 2003, na estréia da competição. Com certeza ajuda na preparação para as provas de corrida de aventura. Comecei a remar de canoa havaiana em 2002, quando começou a modalidade no Brasil. Qualquer esporte que a mais agrega, pois é mais um tipo de prova que acabamos conhecendo, afirma Shubi.
Macuco entra na água com a equipe SOS Mata Atlântica, onde todos os atletas são remadores de rafting. A base é a mesma da equipe que competiu em 2003 e 2004, mas tivemos a idéia de fazer a SOS Mata Atlântica e vincular à nossa equipe, para ter mais um esporte, comenta.
A equipe de Shubi é a Matero II. Eles precisaram de uma autorização especial da organização de prova para ela poder fazer parte da equipe, já que a categoria é masculina. É uma equipe que treina na raia da USP na hora do almoço. Treinamos bastante nessas duas últimas semanas, com treinos todos os dias, destaca a atleta, que quer ir para a prova se divertir. Vou dar bastante risada. O bom é que conheço todos eles. E se der para andar bem vai ser legal. Mas o objetivo nem é chegar em boa colocação, mas completar a prova e não virar a canoa.
Desgaste – A prova tem 75 quilômetros passando pelo Guarujá, Bertioga, Porto de Santos e o Aquário. A previsão é que a primeira canoa chegue com quase sete horas de prova. São nove atletas por equipe, mas apenas seis remam. Um barco de apoio leva os outros competidores e as equipes podem se revezar como quiserem.
É uma prova longa onde o desgaste é grande. A estratégia de troca é muito importante para manter o ritmo da canoa, mas as trocas dentro dágua são bem complicadas. Existem equipes muito fortes do litoral, eles estão no quintal de casa, remam todos os dias no mar. Treinamos na raia da USP e no mar é completamente diferente. Tem que ter a manha do lugar, surfar as ondas. Dentro do canal tem as partes com mais e menos correnteza e tem que fazer a linha certa. Está cheio de pegadinhas que, para nós que não conhecemos, pode complicar, afirma Macuco, que está indo para brigar pelo título.
Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni
Last modified: abril 20, 2007