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Copa Troller reúne pais e filhos em sua terceira etapa

Redação Webventure/ Offroad

Pai e filha competem na Troller SE e NE (foto: Donizetti Castilho)
Pai e filha competem na Troller SE e NE (foto: Donizetti Castilho)

Os pais, amantes de carro e velocidade, pilotavam os Trollers, enquanto as esposas e filhos se encarregavam da navegação. Foi neste clima familiar que a terceira etapa da Copa Troller SE, realizada em Serra Negra (SP) no último final de semana, contou com a presença de mais de 250 pessoas. Uma festa, do começo ao final, o evento reuniu diferentes histórias de pais e filhos que se unem pela mesma paixão, o rali de regularidade.

A família Macedo comparece em peso em cada etapa da Troller. Celso e Maria Belén formam a dupla piloto/ navegadora, enquanto seus filhos se revezam na função de zequinha. “Este é um esporte familiar, começou com a minha esposa, que é minha navegadora, meus dois zequinhas, que são meus filhos, e eu como piloto. Nós fomos muito bem no ano passado e ganhamos na categoria”, disse Celso.

Em 2006, seu primeiro ano de competição, eles foram campeões da categoria Expedition, dedicada aos iniciantes, e em 2007 subiram para a Turismo. “Estamos gostando, mas é mais difícil, tem toda a parte de controle, exige mais precisão tanto do piloto como do navegador”, explicou o pai. Para Maria, “o navegador da Expedition navega muito mais pelo instinto do que pelos dados em si. No caso da Turismo, ela é bem mais técnica”.

Segundo a mãe, administrar toda a família nesta aventura é fácil, já que todos têm seus papéis e suas responsabilidades. “A Copa Troller começa normalmente uma semana antes porque todo mundo começa a ficar ansioso”, confessou. Nesta etapa a família Macedo conquistou a 12ª colocação na classificação geral. “Tivemos uma quebra no carro, caiu o peito de aço. Graças a meu zequinha e meu super piloto, amarramos e saímos correndo e conseguimos recuperar o tempo e a partir daí até o fim da prova eu diria que ela foi dez”, disse.

Marco e Marina – Marco Cassaniga também pilota ao lado de sua filha e navegadora Marina, de 16 anos. Ela passou os momentos antes da prova estudando a planilha da categoria Turismo, com muita dedicação e empolgação. Os dois largaram rumo aos desafios de Serra Negra. Infelizmente a prova deles foi mais curta pois se perderam e decidiram desistir antes da metade do percurso.

“Hoje a gente teve um erro de navegação bem primário, um erro que não é comum de se fazer. Acabamos entrando num trecho errado e isso acabou comprometendo a prova inteira porque depois ela não conseguia se localizar na planilha dela”, disse o pai, que apesar do aborrecimento por ter passado mais de 30 minutos perdido, não deixou de encorajar sua pupila.

Agripino de Araújo e sua filha Marina Helena, da Paraíba, formam a única dupla da Copa Troller que compete tanto na edição Sudeste como na Nordeste. “Dá um pouco de trabalho porque a gente acaba tendo que se ausentar de muitos compromissos para poder destinar o tempo para vir aqui, para correr, para viajar, mas a satisfação é muito grande. Gostamos muito de fazer essa brincadeira, então acaba compensando”, disse Marina, que exerce a profissão de designer de interiores e se divide entre seus dois empregos e as provas de off-road.

Segundo ela, os dois campeonatos têm uma diferença fundamental. “Na Sudeste é um diretor de prova só, então conseguimos nos acostumar, começar a entender melhor as planilhas que ele faz. Mas quando a gente chega na Nordeste, cada prova tem um diretor diferente, em geral um diretor local do estado ou da cidade onde estamos correndo. Lá nunca sabemos como vai ser a prova porque a leitura da planilha é sempre diferente”.

Como tudo começou – Pai e filha competem há quatros anos juntos, sendo que a paixão pelo carro e pela companhia um do outro começou durante os passeios de bugue que os dois faziam juntos pelas praias paraibanas. Perguntando sobre a sensação de competir ao lado de sua filha, Agripino disse que “é a realização de um sonho que tinha desde muito tempo atrás”.

Nesta etapa, Agripino e Marina terminaram a prova na 17ª colocação. Durante a prova a mangueira do freio dianteiro estourou e eles tiveram que realizar boa parte do percurso em velocidade reduzida.

Este texto foi escrito por: Roberta Spiandorim

Last modified: julho 3, 2007

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