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Especial: Confira tudo sobre as equipes e a prova do Brasil Wild Extreme

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Foram três viagens da organização para os locais da prova (foto: David dos Santos Jr)
Foram três viagens da organização para os locais da prova (foto: David dos Santos Jr)

Começa no próximo fim de semana uma das maiores e mais desafiadores corridas de aventura que o Brasil já viu: Brasil Wild Extreme – Corrida das Fronteiras. Serão sete dias e cerca de 650 quilômetros sem o auxílio de equipes de apoio.

Duas expressões reinarão soberanas durante a disputa: Limite e Extremo. De acordo com o dicionário Michaelis, Limite é um ponto ou linha terminal além dos quais cessa a continuidade; Marco; Extremo, fim, termo. Já Extremo é o ponto mais distante; afastado, remoto, longínquo.

A corrida que irá atravessar quatro estados do nordeste – Bahia, Sergipe Alagoas e Pernambuco -, acontece entre os dias 7 e 12 de abril.

Serão 58 equipes e 232 atletas que irão encarar desafios no trekking, canoagem, orientação, técnicas verticais e mountain bike em uma disputa que irá levá-los ao extremo dos limites do corpo e mente.

A largada será na cidade baiana de Paulo Afonso, localizada a 460 quilômetros de Salvador, e famosa por seus locais para prática de esportes de aventura. O local conta com a cachoeira Paulo Afonso, formada por várias quedas d´água que se espalham pelos granitos das formações rochosas, que parecem degraus. A cachoeira é considerada uma ilha artificial com 1.018km² e 243 metros de altitude.

Conheça algumas cidades do percurso – Delmiro Gouveia (AL) será a segunda cidade a receber os atletas do Brasil Wild. Ela abriga a primeira hidrelétrica do nordeste, o complexo do Angiquinho. Fundado em 1952, o município tem 41 mil habitantes

Água Branca, em Alagoas, faz divisa com Delmiro Gouveia, e será uma das etapas da prova. A cidade preserva suas construções históricas como o casarão do benfeitor Joaquim Antônio da Siqueira Torres, o Barão da Água Branca. Foi lá que em 22 de junho de 1922, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, fez seu primeiro assalto.

A corrida também passará pelo Raso da Catarina, no nordeste da Bahia e considerada a porção mais seca do território do Estado. O local foi palco de um dos marcos históricos mais importantes do país, a Guerra de Canudos, além de ter sido abrigo de Lampião, quando os policiais fechavam o cerco a seu bando. Lampião escolhia o local justamente pela dificuldade de acesso, e lá será uma das pernas do trekking. Hoje em dia moram apenas alguns vaqueiros, sertanejos e índios da tribo Pankararés.

Petrolândia, em Pernambuco, será outro ponto de passagem da aventura, e esconde sua história embaixo do Lago de Itaparica, que foi formado após inundação da área de 834km² quando foram construídas as barragens da usina de Itaparica, ou Luiz Gonzaga. São cerca de 11 bilhões de m³ de água que sumiram com a cidade, deixando apenas o topo de uma igreja para fora. De caiaque, os atletas cruzarão esse local.

O Rio São Francisco será o grande espectador e acompanhante de toda o percurso do Brasil Wild Extreme. Outro local de passagem da prova é a Usina Hidrelétrica do Xingó, localizada a 12 quilômetros de Piranhas (AL), e a seis quilômetros de Canindé de São Francisco (SE) – cidades por onde os atletas também passarão. É a quarta maior hidrelétrica do país, responsável pelo abastecimento de energia de 25% do nordeste.

A organização da prova promete outros locais repletos de belezas naturais e com grande bagagem histórica nacional, proporcionando aos atletas e espectadores, conhecimento intenso da região nordestina além de muita adrenalina no percurso do Brasil Wild Extreme. Agora, resta somente se preparar, estabelecer seus limites e partir rumo ao extremo dele.

Faltando poucos dias para a largada do Brasil Wild Extreme Corrida das Fronteiras, a expectativa é grande não só por parte dos 232 atletas que participarão, como também da organização da prova, que trabalha desde setembro de 2007, sem pausas, no desenvolvimento do evento.

“Estamos há sete meses trabalhando na organização pois queremos resgatar esse espírito de expedição na corrida de aventura no Brasil. A prova terá grande dificuldade não só na parte técnica, como também física, por conta da região do sertão nordestino”, contou Julio Pieroni, que ao lado de Harald Adam, são os responsáveis pela competição.

A prova contará com dois trechos de canoagem: um deles é entre os canyons do Rio São Francisco, com 63 quilômetros de percurso, e a segunda em um lago formado pelas barragens, formando um mar de água doce, em uma perna que pode chegar a 107 quilômetros. “Só terá orientação na segunda perna, que será em um local que parece uma praia, é bem mais aberto que a primeira perna”, adiantou Pieroni.

Os trechos de trekking são longos e difíceis, pois serão em “areiões”, como desertos, e em locais de difícil acesso. A perna do Raso da Catarina deve ser a mais difícil, por ser entre canyons, em uma área de preservação ambiental, que até de moto é complicado chegar.

Já as pernas de bike serão em estradas de terra, com opção de PC´s (posto de controle) facultativos que dão bônus de tempo para as equipes que passarem.

“O grande destaque será a parte de técnicas verticais, que foi bem elaborada e será muito complicada. Serão dois trechos de rapel, duas tirolesas e uma ascensão nos canyons do São Francisco, e em um dos trechos os atletas terão que passar com as quatro bicicletas”, contou o diretor da prova.

De acordo com Julio, a organização do Brasil Wild pretende estabelecer um novo paradigma de corrida de aventura no país, com nível internacional, com uma prova mais técnica como as que tem fora do Brasil, além de uma prova bem estruturada com uma logística perfeita, e que ao mesmo tempo ofereça uma grande experiência de vida não só para quem acompanha o percurso, como para os atletas e para a mídia que irá fazer a cobertura.

Lugares de destaque – Julio Pieroni afirma que algumas cidades que a prova vai passar serão especiais tanto historicamente quanto com relação às belezas naturais.

“Água Branca, em Alagoas, é a parte mais alta da prova, que é uma região de serras e terá um trekking muito legal em uma das serras. E Petrolândia (PE) é uma cidade na beira do Rio São Francisco que foi reconstruída porque foi inundada quando fizeram as barragens. Inclusive teremos acesso a uma sobra da igreja que foi submersa e ficou só a parte de cima da construção para fora”, contou o diretor.

A grandeza do evento pode ser demonstrada quando os números são colocados no papel. Ao todo são 58 equipes confirmadas para a largada, no dia 7 de abril, em Paulo Afonso (BA), totalizando 232 atletas. A organização levou sete meses para concluir o projeto, fez três viagens ao nordeste, e percorreu 5.000 quilômetros para montar todo o percurso.

Para o transporte das bikes e das caixas entre as pernas (cada equipe poderá levar até quatro), serão disponibilizados nove caminhões, além de dez caminhonetes que terão mais agilidade para passar por certas regiões.

Cerca de 150 pessoas estão envolvidas diretamente na organização do Brasil Wild, além de 40 soldados do exército nacional que assumirão alguns PC´s com acesso mais complicado. Quarenta e quatro jornalistas farão a cobertura nacional e internacional da prova.

A prova irá durar seis dias e atravessará quatro estados brasileiros – Bahia, Alagoas, Sergipe e Pernambuco – e onze municípios, em um percurso que varia entre 560 e 626 quilômetros, já que há opção de PC´s facultativos.

O Brasil Wild conta com um patrocinador, a Petrobras com a marca Biodisel, e quatro co-patrocinadores, além de muitos apoiadores que viabilizaram economicamente a realização da prova, que teve um custo final de R$ 640 mil.

A equipe brasiliense Oskalunga está com tudo pronto para a prova e continuará com a programação feita para as competições de 2008: levará duas equipes para a disputa.

Na equipe Oskalunga Sundown Multisport, participarão os atletas Guilherme Pahl, capitão, Kenny Sousa, Alexandre Carrijo e Camila Nicolau. Já a equipe II, a Oskalunga Sundown Adventure Camp Magazine, será formada por Frederico Gall, Bárbara Bomfim, Monclair Cammarota e Sérgio Zolino, diretor de prova do Adventure Camp.

“A Oskalunga terá nessa prova o retorno dos dois primeiros integrantes da equipe, o Monclair e a Bárbara, depois de uma temporada inteira sem eles”, explicou o capitão Guilherme.

A equipe se diz bem preparada para a competição mas que mostrará algumas “surpresas” durante a participação. “Temos algumas coisas em mente com relação a estratégia e equipamentos para uma prova longa de expedição sem apoio, como será essa, buscando dar mais autonomia e conforto para nós”, contou Pahl.

Guilherme afirma que a preparação mais cuidadosa feita pela equipe foi com relação à nutrição. Por não ter equipe de apoio, eles fizeram um planejamento com os nutricionistas da equipe. “Fizemos um plano bem detalhado com relação à alimentação e hidratação e acho que isso será uma grande força da equipe”, declarou.

Nos dois pontos de abastecimento da prova, os atletas poderão ter acesso ao conteúdo das caixas e lá Guilherme pretende que seja também o ponto de “conforto” da equipe, onde eles terão alguns colchões ou sacos de dormir para um possível descanso, além de acesso à comidas diferentes daquelas que eles levarão consigo durante o percurso.

Experiência em Expedição – Além de duas equipes fortes e bem treinadas, a Oskalunga tem o diferencial de alguns membros terem experiência em provas de expedição de corrida de aventura.

Em 2001, a equipe participou do EMA (Expedição Mata Atlântica), na Amazônia, uma prova de 480 quilômetros sem apoio. Em 2006, Guilherme Pahl foi para o mundial na Suécia, uma prova de 800 quilômetros também sem apoio, totalmente autônoma, com a equipe Quasar Lontra.

“Estamos confiantes no nosso desempenho por ter tido essas experiências anteriores e por termos feito o planejamento. Estamos conscientes de que tudo o que tinha para ser feito já foi, tanto com relação aos equipamentos, treinamentos, caixas, nutrição, logística etc, e agora é só o resultado da corrida e que vença o melhor”, finalizou o capitão.

A recém-formada equipe Team Xpresso também irá participar do Brasil Wild Extreme, e será formada por Márcio Franco, capitão da equipe, Marcelo Macuco, Vinícius Zimbrão e Manuela Vilaseca. Os atletas estrearam a equipe na primeira etapa do Adventure Camp, em março deste ano.

O capitão Márcio afirma que os treinamentos foram individuais visando a necessidade de cada atleta para uma prova tão longa e exigente. “A equipe se reuniu três vezes e procuramos treinar em locais específicos que se assemelhem com os locais da prova, como praias e areia, e fizemos corrida em costeira e em montanhas”, explicou. “Agora só estamos acertando os detalhes da logística, com relação à equipamentos e alimentação”.

A preocupação da Team Xpresso é com relação a alimentação durante o percurso. De acordo com Márcio, eles levarão alimentos leves, hipercalóricos, além de suplementação e vitaminas manipuladas.

Apenas Vinícius Zimbrão fará sua primeira prova longa. O restante da equipe já atuou em outras expedições. “A exigência da minha parte é grande por eu ser o orientador e capitão da equipe, mas creio que a equipe é bem preparada com atletas experientes que vão auxiliar em alguns momentos da prova também”, contou Márcio.

Equipe fortalecida pela união – O Brasil Wild Extreme atravessará quatro estados do nordeste brasileiro e terá seu percurso quase que total dentro do sertão, num clima quente e seco. Talvez esse seja um dos maiores desafios que as equipes encontrarão, e um dos pontos que a Team Xpresso irá ter atenção.

“A nossa estratégia é andar leve e tomar cuidado com o horário de calor. Acredito que o nosso ponto forte está na essência da equipe, na capacidade de trabalhar junto que cada um tem e de motivação mútua”, disse o capitão.

A equipe nunca esteve toda junta em alguma competição, por ser recém-formada, e a expectativa de Márcio é bem positiva, já que, de acordo com ele, é enorme a motivação dos atletas em quererem estar juntos pela primeira vez nesta prova. “Todos querem muito estar os quatro juntos, desfrutar desse momento, e esse será o nosso segredo, o nosso diferencial e o nosso fortalecimento, e vai minimizar algumas adversidades que teremos dentro do percurso”, declarou.

Atletas experientes e prontos para o desafio de atravessar os 650 quilômetros de prova do Brasil Wild Extreme. Assim se definem os participantes da equipe Motorola SOS Mata Atlântica. O time vai para a prova com o capitão José Roberto Pupo, o Zé Pupo, Silvia Guimarães, a Shubi, Mateus Ferraz Gil e Fábio Batista.

“Esse mês diminuímos muito os nossos treinos, mas não fizemos nenhuma preparação especial”, declarou Zé Pupo. Essa será a primeira prova de expedição de Matheus e Fábio. Já Zé e Shubi têm experiência nesse tipo de desafio de corrida de aventura, e já estiveram lado a lado em alguns deles.

“Estou muito tranqüilo com relação a esse entrosamento, porque eu e a Shubi temos um entrosamento muito grande. Já o Matheus está muito bem preparado e animado para a prova, e nós dois temos uma convivência diária e nos conhecemos muito bem, e o Fábio também”, assegurou o capitão.

Aliás, elogios à mulher da equipe não faltam para Zé Pupo. “A nossa vantagem é ter a Shubi na equipe. Eu confio muito nela, e não é a primeira vez que vou declarar isso, mas para mim ele é o melhor atleta do país em corrida de aventura. Digo ‘o melhor atleta’ porque na minha opinião ela é a melhor entre homens e mulheres atualmente”, afirmou.

No Brasil Wild Extreme, as equipes não terão apoio e terão de ser autônomas durante o percurso. A SOS Mata Atlântica já está com a logística toda pronta e para Zé Pupo o segredo é não ter preguiça de carregar os equipamentos e mantimentos na prova. De acordo com ele, esse será o grande desafio da corrida: manter-se alimentado e hidratado debaixo do calor nordestino.

Mantendo a calma – Para o capitão, a melhor estratégia é manter a calma durante toda a prova, para a equipe poder se manter íntegra até o final, completando o desafio. E para ele o que irá definir o campeão serão as pernas de trekking.

“No trekking não estamos nem em cima de rodas, nem em cima de um barco. Cada um está sobre as próprias pernas. Na canoagem, é possível conseguir uma boa vantagem, mas em uma perna de trekking, se você é o melhor, é possível chegar horas a frente dos outros”, explica.

Se tem uma equipe que está confiante para seu bom desempenho durante o Brasil Wild Extreme, essa equipe é a Quasar Lontra, do capitão Rafael Campos, que terá ainda Rodrigo Martins, Erasmo Cardoso, o Chiquito, e Sabrina Magela, que retorna às provas depois de oito anos.

“A equipe está pronta e nós só tivemos uma alteração com relação aos atletas há um mês, porque o Fabrízio Giovannini teve que se afastar porque vai defender sua tese de doutorado, então nós chamamos o Chiquito, que correu conosco o mundial”, explicou Rafael.

O capitão conta que nenhum dos outros três atletas da equipe se conheciam ou haviam corrido juntos alguma outra competição. Apenas ele conhece todos e já esteve ao lado deles em outras provas. “Nós marcamos alguns treinos juntos para definir algumas coisas, principalmente com relação à canoagem, porque nessa prova vai ser uma das maiores dificuldades pelas longas distâncias”, afirmou.

Para Campos, a equipe está animada, preparada e o que tinha de ser treinado já foi. Resta agora acertar os últimos ajustes com relação à logística de autonomia em relação à alimentação e hidratação, mas que isso será feito somente após terem em mãos o mapa da prova.

Rafael tem larga experiência em provas de expedição. Ele já participou entre 15 e 20 corridas, como os quatro últimos campeonatos mundiais, que foram provas também sem apoio, todas as etapas do Ecomotion, Eco-Challange, foi campeão da maior corrida de aventura solo, na Costa Rica, em 2006, três Desafio dos Vulcões, dentre outras.

Experiência que faz a diferença – De acordo com o capitão e oficial da reserva do exército, o grande desafio será manter-se bem disposto durante as pernas de canoagem, por serem longas e executadas em clima quente e seco do nordeste brasileiro. E o que complicará a situação será a ausência de equipe de apoio.

Ele explica que alguns atletas da Quasar Lontra nunca fizeram uma prova longa e desgastante como essa, e então há muita conversa entre eles e os mais experientes para conscientização que depois de um ou dois dias, o corpo estará cansado, o sono será grande, mas eles terão de seguir firmes e fortes. “Eles precisam estar preparados para suportar esse desconforto longo”, disse.

“Nossa preocupação não será com o nosso ritmo e com relação às outras equipes, e sim em nos mantermos bem e com ritmo durante toda a prova, já que estaremos sem apoio”, conta.

Já sobre a suposta falta de entrosamento da equipe, Rafael não acredita que isso irá interferir no desempenho da Quasar Lontra. Para ele, o diferencial está na experiência individual de cada um. “Não me preocupo com isso, porque embora os quatro nunca tenham corrido juntos, eu já corri com todos em mais de uma prova, sei que são muito bons, e todos são de personalidade fácil, eu os conheço bem e sei onde cada um pode estourar”, completa o capitão.

A equipe Selva segue nos últimos acertos antes de encarar o desafio do Brasil Wild Extreme. A equipe será formada pelo capitão Márcio Campos, Caco Fonseca, João Bellini e Rosangela Hoeppner.

“Já estamos nos preparativos finais. Falta só fechar a caixa, pois sempre esquecemos uma coisa ou outra. Estou esperando o dia em que vamos conseguir finalizar tudo com três dias de antecedência”, disse aos risos o capitão da equipe.

De acordo com Márcio, o foco da Selva em 2008 é o Mundial, que este ano será o Ecomotion/ Pro, entre outubro e novembro, e o Brasil Wild será o primeiro grande teste dos atletas que irão correr na prova no fim do ano.

“Essa prova será a nossa preparação para o Mundial. Vamos testar a equipe, que provavelmente vai ser a mesma, pois o Brasil Wild terá uma característica de prova muito dura, então vai ser excelente para a gente começar o ano focado no Mundial”, declarou Márcio.

Mas o capitão ressalta que o foco no Mundial não faz com que a equipe tenha menos vontade de ir bem ou até vencer o Brasil Wild. “Isso não quer dizer que nós não vamos fazer força, ou deixar de entrar com espírito de competição. Nós, aliás, treinamos muito para essa prova. Fizemos uma volta à Ilhabela de trekking, treinamos remo e priorizamos treinar em locais de calor intenso, para o nosso corpo começar a se acostumar com o que vamos encontrar no nordeste”, explicou.

Para Márcio, o maior desafio não está na parte técnica, nem na física, e sim na parte mental. Ele avalia que os trechos longos e dificultosos do percurso do Brasil Wild podem fazer com que os atletas percam a concentração e o foco durante a prova. “As distâncias entre as pernas são longas e o deslocamento é lento, então quem não tiver a cabeça boa para controlar isso pode ficar louco durante a prova”, disse, completando que o segredo está nos treinos longos, que preparam o atleta para suportar provas com alto nível de pressão psicológica.

Amizade e alto astral – Márcio, Caco, Rose e João nunca competiram com essa formação, mas o capitão da Selva diz que os treinos fizeram com que eles entrassem em uma grande sintonia e que o clima de amizade e motivação é o que reina entre os atletas.

“Mesmo com algumas mudanças na equipe, o astral e a essência da Selva está o melhor possível, e é isso que nos dá a certeza que faremos uma boa prova. Estamos muito integrados. Fizemos treinos, viagens e saímos juntos muitas vezes. A energia da equipe está a melhor possível”, contou.

Além do bom preparo físico de todos os atletas da equipe, aliado às experiências de todos no esporte, Márcio confia que a união dos membros é o que fará a diferença. “Estamos bem treinados em todas as modalidades, mas o ponto mais importante que eu considero, é a nossa integração, o nosso astral”, conclui.

Confira abaixo o nome de todas as 58 equipes que estarão na disputa (por ordem alfabética):

Abend Adventure Team – DF
Advogados Aventureiros – MG
AKSA Merrell / Mormaii / Webike – SP
Apoena / Selva Aventura – SP
Armadda Adventure/Allen Informática,Trilhas e Rumo – RJ
Aventureiros do Agreste – BA
Brasil anos Quimera/Din/Cia Athetica – MG
Caatinga / R – BA
Cablocos de Lança – PE
Calangos – BA
Caliandra / OZ – DF
Carbono Zero Unicred – RN
Caverá Kona Salomon Guenoa – RS
Clube Curitibano Ecosystem – PR
Companheiros de Aventuras – BA
Competition Aroeira – SP
Cosa Nostra – RS
Curtlo Lobo Guara – SP
Direction – PE
Ecoventura Spy – SP
Espírito Selvagem – BA
Expedicion Paraguay – PY
Família Extrema / Adalberto Lewis – RS
Fast/ Life Guard/Bikestop – SP
Gantuá – BA
Guaranis / Selva Aventura – SP
Landscape – SP
Leõs de Judá – GO
Makaíra – BA
Microcamp Internacional – SP
Motorola SOS Mata Atlântica – SP
Olhando Aventura / Vidativa – BA
On The Rocks / Merrel RSA – RJ
Oskaba Tia Sonia – AL
Oskalunga Sundown Camp Magazine – DF
Oskalunga Sundown Multisport – DF
Ospato – AL
Panoramico Narrobada – SC
Pata da Cobra / BCV Saude em Movimento – SP
Patrulha Açores MBMT – SC
Pé de Cobra – SP
Quasar Lontra – SP
Raízes Agreste / Base – PE
Ratos de Trilha – RS
Selva NSK Kailash – SP
Sempre Viva Forrest Gump / Estrada Real Aroma Re – MG
Servajão Danda Bike/Academia On Line/Personal Juli – RS
SOS Amazônia / Transparaná – BA
Sul Brasilis – SC
Team Xpresso – SP
Terra de Santa Cruz / GC Consulting – PE
Trek Uruguay – UY
Tribus Adventure – RJ
Trotamundo Formula BH InterTrilhas – MG
Tryon Tapuia – RN
Unimed Rio Ecolabore – RJ
Unimed Usbão – AL
Waimiri Atroari – SP

Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi

Last modified: abril 2, 2008

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Redação Webventure
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