Direto de Granja (CE) – Correr o Mundial de Corrida de Aventura exige treinamento intenso por meses ou até mesmo um ano, investimento financeiro próprio ou de um patrocinador e uma logística enorme de transporte e preparo de equipamentos. Imagine então estar pronto para correr uma prova assim, com 520 quilômetros de percurso e dois dias antes da largada, estar na cidade de onde partirá o desafio, e receber a notícia do médico que não pode mais correr?
Foi o que aconteceu com José Caputo, da equipe Econsenso Brasil, capitaneada pela Cristina de Carvalho, sua esposa. Há dois dias da largada do Ecomotion/ Pro ele ouviu do Dr Clemar Corrêa, médico responsável pela prova, que com a infecção intestinal que ele estava há cinco dias, não seria prudente largar na prova.
O Dr Clemar achou imprudente largar desidratado em um ambiente tão quente e inóspito. Foi frustrante, mas seria pior com meus companheiros, depois de um ano de trabalho abandoná-los em um dia de prova. No apoio da equipe eu posso ajudá-los mais e acredito que estou ajudando muito, revelou Zé Caputo.
Para solucionar, eles buscaram um outro atleta que assumisse a sua posição. Fabio Foguinho, bombeiro de Santos (SP), topou o desafio de integrar a Econsenso Brasil poucas horas antes do começo do Ecomotion/ Pro. Foram 48 horas sem dormir, foi um stress enorme que agora durante a prova fica um pouco oculto. Nenhum atleta podia entrar na equipe, os nossos conhecidos também não podiam, até que conseguimos o Fábio, disse.
Apoio – Comandando o apoio da equipe de sua esposa, Zé Caputo se diz contente em poder ajudar o quarteto, mas assume a ansiedade de seguir a equipe sem ter muitas informações. Fico muito mais ansioso como apoio do que como atleta, porque fico sem informações deles, revela.
Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi
Last modified: novembro 5, 2008