Após o Dakar, André Azevedo vai em busca da renovação de patrocínio para planejar o ano de 2009 - Webventure

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Após o Dakar, André Azevedo vai em busca da renovação de patrocínio para planejar o ano de 2009

Redação Webventure/ Offroad

Caminhão Tatra não está garantido para o próximo ano (foto: Donizetti Castilho/ www.webventure.com.br)
Caminhão Tatra não está garantido para o próximo ano (foto: Donizetti Castilho/ www.webventure.com.br)

Assim como reveillon marca a passagem para um novo ano, no mundo off-road, para muitos pilotos, o ano é divido em antes e depois do Rally Dakar. Com o término da prova 2009, é hora de planejar visando a próxima participação no maior rali do mundo.

Para a equipe Petrobras Lubrax, uma das únicas a competir nas três categorias (moto, carro e caminhão) e ver todos os seus pilotos completaram a prova, o ano de 2009 começa com um importante desafio. “Terei um rali muito duro agora, o rali da renovação de contrato de patrocínio. Depois desse rali, que é duríssimo, pretendemos disputar o Campeonato Brasileiro e o Rally dos Sertões, já visando o Dakar 2010. Mas primeiro tem que passar por essa bandeirada da renovação”, brinca André Azevedo, piloto do caminhão que terminou o Dakar na sexta colocação.

A Petrobras está com a equipe off-road há 16 anos e, no esporte a motor, são os mais antigos, fator que tranqüiliza Azevedo. “Tentaremos um budget maior, pois o esporte demanda mais investimentos para sermos competitivos, tendo a melhor tecnologia a nosso lado”, garante o brasileiro.

6º lugar – Nesta edição do Rally Dakar, o que mais surpreendeu o piloto André Azevedo, que corre com o navegador brasileiro Maykel Justo e com o tcheco Mira Martinec, foi a presença de torcedores durante todo o percurso. “O público torcendo no meio das especiais é muito legal. Só tinha visto isso na Europa, dentro de Portugal e Espanha, mas na África nunca havia visto tanta gente”, comenta. No final de uma das especiais, eles se surpreenderam com as pessoas se pendurando no caminhão para entregar cachos de uva que haviam acabado de colher.

“As temperaturas eram muito mais agradáveis. As noites não eram frias como no Deserto do Saara, o que é bem ruim, preferi aqui. São coisas que são melhores que na África”, destaca Azevedo, que disse ainda que esse foi uma das três provas mais difíceis que ele já correu na vida.

Correr um rali como o Dakar, com pessoas e equipes de todo o mundo ao seu lado, sempre traz novas idéias e técnicas para serem implementadas nas provas brasileiras. “Adquirimos experiência na preparação do caminhão. É a primeira vez que corro uma prova com regiões parecidas com o Brasil. Os ajustes que foram feitos no Tatra podem ser feitos no nosso caminhão Mercedes brasileiro”, lembro André que, no Dakar, usa um caminhão tcheco da marca Tatra.

Além disso, a logística e adequação da equipe de apoio são sempre fundamentais. “A parte de afinar a estrutura de equipe e dos mecânicos foi muito legal. Lá tínhamos um time muito bom. Isso nos deixa com mais tranqüilidade para focarmos apenas na competição. Com a experiência, vamos aprendendo a deixar cada um em sua função específica”, destaca André.

Apesar de correr com o Tatra há muitos anos, André não descarta da possibilidade de mudar para o próximo ano. “Hoje eu falo que é o Tatra, mas pode haver mudanças para o Dakar 2010. Tem caminhões que tem um desempenho um pouco melhor que o Tatra, então pode haver mudanças, mas vamos pesquisar. Tanto na moto, quanto no carro e caminhão, vamos atrás para ver o que tem de melhor, de ponta, para termos os melhores resultados”, avalia.

Navegação e precisão – O navegador Maykel Justo sofreu com as planilhas e orientações no Rally Dakar. “Tinha dias que vinha escrito ‘as referências não estão muito precisas’. Então imagina para o navegador, que tem que ser preciso, não ter uma planilha precisa, então é complicado. É nesse hora que sentimos falta do Sertões”, lembra Maykel.

“Para mim, a maior dificuldade foram as dunas. Estávamos acostumados com um tipo de duna e todos esperavam que as dunas seriam mais fáceis do que na África, mas deixou muita gente impressionado e mudou as classificações com a dificuldade da areia”, disse o navegador.

Em seu terceiro Dakar, Maykel procurou passar sua experiência para Youssef Haddad, navegador do carro da equipe Petrobras Lubrax, mas ambos tiveram que contornar os problemas de referências nas planilhas. “O grande problema do Dakar é que as planilhas são levantadas muito tempo antes. E, na hora de conferir, é outra pessoa que faz. Então muda um pouco a visão”, comenta.

Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni

Last modified: janeiro 21, 2009

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Redação Webventure
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