Dupla de velejadores comemora com ligação do gabinete presidencial (foto: Marinha Chilena)
Felipe Cubillos e José Muñoz, tripulantes do Desafio Cabo Hornos, alcançaram nesta quinta-feira (19) quatro grandes marcos para seu país, o Chile, e para suas carreiras. Eles foram a primeira equipe a cruzar o Cabo Horn na Portimão Global Ocean Race – a regata de volta ao mundo em duplas e solo, que chegará em Ilhabela (SP) nos próximos dias e este foi o primeiro marco.
A dupla é também a primeira chilena a passar pelo local em uma regata de competição, e o barco é o primeiro de 40 pés a contornar o último pedaço de terra no extremo sul do continente e também o primeiro da Classe 40 a velejar a 56º sul no Oceano Austral.
Tenho uma mensagem importante para mandar. Todos podem alcançar seus sonhos se aplicarem paixão e determinação neles, se puderem superar o pessimismo, a subestimação e o triunfo sobre o medo do fracasso. Vale a pena porque o prêmio no final é imenso, disse Cubillos em e-mail após o feito. Para mim, e possivelmente para muitos de vocês, esta é a razão de viver. Todos nós temos nosso Cabo Horn pessoal É questão de localizar o objetivo e partir para cima dele, completou ele na mensagem que chegou para todos os barcos concorrentes.
Felipe e José receberam ligação do gabinete da presidente do país, Michelle Bachelet, que os parabenizou pelo objetivo realizado. Em outro e-mail, eles avisaram os outros velejadores sobre o risco na passagem pelas Ilhas Ildelfonso, inabitadas e sem iluminação, o que se tornou um risco para todos. Cuidado com essas pedras. Elas estão ao norte da nossa rota, mas eu acho que estão um pouco mais ao sul do que marca na tabela, e não são iluminadas, disse.
O sonho para trás – Enquanto todos os velejadores que têm a oportunidade de cruzar o Cabo Horn esperam ansiosamente por isso, Boris Herrmann e Felix Oehme, a dupla do Beluga Racer, vê nesta passagem um sonho deixado para trás.
Estou triste de passar pelo Cabo Horn, porque isso destrói o nosso sonho de atravessar o Oceano Austral, disse Herrmann. Passar por lá é chegar ao cume e alcançar nosso sonho. Eu não quero deixar o Oceano Austral para trás. Ele é frio e bruto mas é uma velejada intensa que te faz sentir mais vivo do que o normal, completou.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: março 19, 2009