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Puma abre o barco para visita e aula com comandante Ken Read

Redação Webventure/ Vela

Puma foi aberto para convidados visitarem (foto: Lilian El Maerrawi/ www.webventure.com.br)
Puma foi aberto para convidados visitarem (foto: Lilian El Maerrawi/ www.webventure.com.br)

Direto do Rio de Janeiro (RJ) – Em um barco de fibra de carbono com 21,5 metros de comprimento, os 77 velejadores que compõe os sete barcos da Volvo Ocean Race dão a volta ao mundo. O que parece ser enorme por fora, mostra-se minúsculo por dentro.

O Puma Ocean Racing “abriu as portas” do Il Mostro na tarde deste domingo (5) na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ), para mostrar como é a vida ao extremo dentro da embarcação.

A estrutura de carbono faz com que o barco seja mais leve e tenha mais velocidade. Neil Cox, diretor da equipe de terra do Puma contou os detalhes do dia-a-dia da tripulação. No convés do barco está toda a estrutura de navegação, satélite, acompanhamento da previsão do tempo e estratégia, além das camas, cozinha, banheiro e estoque de alimentação, roupas, equipamentos e suprimentos e também a área de armazenamento do lixo.

A temperatura embaixo é sempre aos extremos. Ou muito frio ou muito calor, atingindo temperaturas insuportáveis. Há apenas duas entradas para a área. “Nós temos turnos de quatro horas de sono. Então, imagine dormir aqui quatro horas com o calor que está agora”, disse ele referindo-se a temperatura que devia estar acima de 40º no convés, já que termômetros do Rio de Janeiro marcavam cerca de 30º. “Mas dependendo das condições, o período de quatro horas é interrompido porque você tem que fazer alguma coisa, e tem dias que não se dorme”, completou.

Cox diz que a privação de sono é algo natural do ofício em uma tripulação e que todos estão acostumados com isso, já que o melhor treino são outras regatas já feitas como experiência.

Massa todos os dias – A alimentação é toda baseada em comida liofilizada, e para o preparo delas há duas bocas de fogão onde a tripulação esquenta a água e a prepara. “Comemos lasanha, frango, cheescake. Tudo tem sabor de comida igualzinho as comidas de verdade, mas é tudo uma massa”, explicou Neil.

Cada tripulante tem uma caixa com três refeições principais por dia, e ainda há uma caixa para lanches. Eles carregam o barco com comida suficiente para os dias previstos de travessia e um extra de segurança, caso aconteça algum imprevisto. Assim é feito com o combustível. O barco é equipado com dois tanques e um extra, que fica lacrado, também em caso de emergência.

Dos onze tripulantes, somente um não executa nenhum papel estratégico na condução do barco, que é o tripulante de mídia. Cada barco tem um homem responsável por filmar, fotografar e registrar todos os momentos dentro da embarcação, e justamente por não executar nenhum papel em nenhuma posição, ele é o responsável, também, por ajudar o restante dos homens na alimentação, preparando e agilizando as refeições.

Além de mostrar como é a vida dos homens do mar em seu barco, Ken Read, comandante do Puma, ensinou algumas coisas para os visitantes. Completamente acessível e disponível para dúvidas, ele e sua tripulação instruíram as pessoas a içar as velas. Três duplas fizeram o movimento sob o coro dos tripulantes: “Quero ver vocês içarem o Jib”, diziam.

Depois de muita força feita, Read convidou um por um para assumirem o controle do barco e fez fotos de todos no timão. “Todos aqui são amigos da Puma. Fazemos um entretenimento de negócios. Precisamos fazer nossos ‘clientes’ (da Puma) felizes para continuarmos bem na regata, e isso é muito bom para nós”, disse Read.

Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi

Last modified: abril 5, 2009

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