Bochecha relembra momentos de sua equipe (foto: Sander Pluijm/ Team Delta Lloyd)
Um dos brasileiros que disputam a maior regata de volta ao mundo existente, a Volvo Ocean Race, André Fonseca, o Bochecha, contou, diretamente da Irlanda, onde a flotilha faz sua sétima pausa, como foram as últimas semanas da equipe holandesa Delta Lloyd, a qual faz parte.
O velejador catarinense relembrou as dificuldades da etapa que cruzou o Atlântico, saindo dos Estados Unidos, local de mar bravo e diferentes condições climáticas. O inicio foi bem frio, porém não muito molhado. Pegamos condições com muito nevoeiro e apesar dos barcos estarem bem próximos um do outro era difícil de visualizar o adversário. Passamos em locais bem próximos de onde o Titanic afundou. Tivemos que contornar uma área que isolava os icebergs, a fim de evitar uma possível colisão e quebra dos barcos, disse.
Ele explicou que nessa área os ventos a favor sopraram muito forte, e como todos os barcos aumentaram sua área vélica, alcançaram velocidade altas, o que acirrou ainda mais a briga pela primeira posição.
A travessia do Atlântico no Delta Lloyd foi muito boa, nosso melhor resultado em uma etapa e pela primeira vez o barco liderou momentaneamente a etapa. Na reta final 4 barcos brigavam entre a 2ª e a 6ª posição. Estivemos muito bem posicionados, podendo ter terminado com um grande resultado, mas a verdade é que não conseguimos fazer o barco andar tão rápido quanto os dos adversários. Talvez alguma escolha equivocada da nossa de vela, mas no último momento não acompanhamos os outros barcos, ponderou ele.
Sobre a regata in-port, em que o Delta Lloyd ficou com a sexta posição após dois pódios seguidos, no Rio de Janeiro e em Boston, ele considera que as saídas de sua equipe não foram favoráveis à vitória do time. Antes corríamos as regatas mais livres, pois eles não esperavam ser batidos por um barco antigo da regata anterior, mas depois dos bons resultados estavam todos marcando em cima e a vantagem de ser um barco de traz se terminou.
O Delta Lloyd parte no próximo sábado (6) para a oitava perna da regata, juntamente com o resto da flotilha, que terá 1.250 milhas náuticas para percorrer até Marstrand, na Suécia, em cerca de quatro dias ao mar.
O barco está novamente preparado para a próxima etapa. A comida já esta pronta e agora estamos aproveitando um pouco para conhecer o local. Esta semana ainda treinamos por mais dois dias e depois carregamos o barco. Aqui tem sido uma parada muito calorosa, com muita gente vindo assistir os barcos. Está sendo como no Brasil quando tivemos o Brasil 1. Quem sabe na próxima edição enchemos o Rio novamente, finalizou Bochecha.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: junho 3, 2009