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Viva!Wilderness! – Dia 9 Quinta feira – Juazeiro do Norte>Caicó

Redação Webventure/ Offroad

Caicó, RN A dupla Sainz/Cruz(RedBull) no Touareg #301 venceu pela 4ª vez e abriu 3m 59s de liderança para colocar uma mão na taça. Nasser/Gottschalk(RedBull/Barwa) no Touareg #302 ficaram em 2º na especial depois de errarem na navegação e baterem de frente com brasileira Maurício Neves/Eduardo Bampi (Moura/Mahle/Cimed) no Touareg #309 que estavam quase parados se recuperando do mesmo erro que Nasser.

Apesar da batida forte os dois carros terminaram a prova fazendo mais uma vez 1, 2 e 3 para a Volkswagen Motorsport. Nasser ficou desapontado com o ocorrido porque viu as suas chances de lutar pela vitória ficarem muito reduzidas. Para Maurício a decepção foi maior, já que na etapa de hoje poderia, até mesmo, pensar em vencer. “Isso são coisas de Rally “ disse Maurício, “fui induzido ao erro pelo erro do Nasser e batemos. Ninguém tem culpa e os carros mostraram o quanto são fortes e bem construído. Mesmo assim cheguei em 3º e subi para 6º na geral. Amanhã é o último dia e o objetivo é chegar em Natal com a frota Touareg de novo nos três primeiros lugares. Essa é a nossa missão.” Completou o piloto brasileiro que a cada dia que passa se sente mais à vontade no cockpit do seu Volkswagen Race Touareg 2.

O Número do dia: A vantagem de 3.9 segundos de Nasser sobre Sainz ao final da 8ª etapa, se traduzida em metros (levando em conta a média de velocidade geral deles até aqui neste Rally: 90.7 Km/h depois de 2379 quilometros de especiais cronometradas), resultaria em 75 metros e 58 centímetros.

1 Carlos Sainz/Lucas Cruz Senra (E/E), Volkswagen Race Touareg 2, 1h 55m 54.8s (1), Tempo Total de 28h 09m 43.4s
2 Nasser Al-Attiyah/Timo Gottschalk (Q/D), Volkswagen Race Touareg 2, 1h 59m 57.7s (2), + 3m 59s do Tempo Total
3 Jean Azevedo/Youssef Haddad (BR/BR), Mitsubishi L200, 2h 23m 52.5s (16), + 3h 40m 22.4s atrás do Tempo Total
4 Roberto Reijers/Marcos Almeida (BR/BR), Ford Ranger, 2h 19m 51.8s (9), + 5h 20m 01.1s atrás do Tempo Total
5 Felipe Bibas/Emerson Cavassin (BR/BR), Mitsubishi L200, 2h 15m 35.4s (7), + 5h 41m 41.6s atrás do Tempo Total
6 Maurício Neves/Eduardo Bampi (BR/BR), Volkswagen Race Touareg 2 (3) 2h 03m 12.9s (5) + 6h 00m 38.3s atrás do Tempo Total
7 Luiz Facco/Silvio Deusdará (BR/BR), Mitsubishi L200, 2h 20m 56.1s (13), + 6h 06m 24.7s atrás do Tempo Total
8 Richard Vaders/A. Spacassassi (BR/BR) Sherpa, 2h 23m 36.4s (15), + 7h 38m 49.9s atrás do Tempo Total
9 Jarbas de Castro/W. von Schmidt (BR/BR), Sherpa 3h 48m 46.3s (11), + 7h 39m 11.0s atrás do Tempo Total
10 Antonio Franciosi/Rafael Capoani (BR/BR), Sherpa, 2h 06m 22.6s (5), + 9h 03m 47.5s

Um passado muito remoto
100 milhões de anos atrás, mais ou menos, bem por aqui na cidade de Sousa, por onde passou o rally, era Terra de Dinossauros. E para comprovar o fato, nada da tradição de passar essa informação de geração para geração através da narrativa oral ou do registro escrito ou pictórico. Para servir de documento oficial essa região do Cariri tem para apresentar um farto tesouro paleontológico.

Pegadas fossilizadas (que variam de 5 a 40 cm) de mais de 80 espécies, a maioria de dinossauros carnívoros. Mas tem pegada também dos gigantes herbívoros e dos fascinantes planadores, tem até pegada que leva à confirmação de que pelo menos duas dessas pegadas foram levadas para fora do país.

Um passado nem tão remoto
Logo um pouquinho para frente dali (afinal o que é que são uns míseros quilômetros em milhões de anos?) no final do século 19, foi a vez do lugar ser Terra do Algodão. Essa fibra vegetal esbranquiçada que desde a era glacial (olha os dinossauros outra vez aí) é usada para fazer tecido teve o sue auge de quantidade e qualidade bem por aqui nas terras do Seridó.

Terra mágica produtora de um algodão de fibras longas, resistentes e alvíssimas que concorria com o melhor algodão egípcio e que substituiu nos teares ingleses o algodão americano que andava boicotado por pertencer aos revolucionários americanos.

Tal qual os dinossauros o algodão Seridó é figura extinta por não ter conseguido acompanhar a evolução. Seja ela de que natureza (econômica, logística, produtiva, etc) foi.

Um passado bem recente
Poucos anos atrás as estradas e ruas não asfaltadas do local foram ocupadas por Kombis e Fuscas que ajudaram a desbravar a região. Hoje em dia (na verdade hoje mesmo dia 2 de julho) pelas mesmas estradas e ruas, invariavelmente mal asfaltadas, ainda se vêem Kombis e Fuscas rodando firmes e que junto com as lembranças e a população local observam com espanto a passagem dos três Race Touareg 2. Sempre na frente, dando espetáculo, sinônimo palpável de evolução.

Um passado que ainda vai acontecer
Amanhã, lamentavelmente, é o dia da última etapa do Rally dos Sertões 2009. E tudo o que nele acontecer vai acabar virando, inevitavelmente já no domingo, passado.

Enquanto isso não acontece o dia 3 de julho dá de presente para os competidores o seu desafio particular. 85km cronometrados em 340km de percurso para um belo encerramento, uma bela preparação para que todos peçam bis com vontade.

Este texto foi escrito por: Carlos Lua

Last modified: julho 2, 2009

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