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Uma incrível e fascinante pedalada pelo Vale Europeu (SC)

Redação Webventure/ Biking

Carimbo dos passaportes (foto: Rodrigo Stulzer)
Carimbo dos passaportes (foto: Rodrigo Stulzer)

O primeiro dia do Circuito Vale Europeu começou na noite anterior, quando chegamos ao Hotel Timbó Park. Saímos de Curitiba pelas 18h de sexta e chegamos a Timbó às 22h, depois de uma viagem inteira embaixo de uma chuva chatinha e constante.

Logo no saguão do hotel encontramos os nossos companheiros de aventura: Markito/ Bia e Rodrigo/ Lili. O Antonello e a Marcia só iriam chegar mais tarde. Estávamos morrendo de fome e saímos para jantar. Começamos a perambular pela cidade e vimos um bom movimento em um restaurante da pracinha. Resolvemos experimentar e tivemos uma baita surpresa. Acabávamos de chegar ao Thapyoka, justamente o lugar onde retiraríamos os passaportes e os cadernos com as planilhas do Circuito. Eita sorte, já no começo!

Jantamos bem e voltamos direto para o Hotel. No dia seguinte iríamos começar a nossa primeira viagem sob a forma de cicloturismo: 320 quilômetros em 7 dias de pedal!

Logo de manhã, quando vi que a porta do saguão do Hotel tinha vários adesivos de bike, pedi permissão e colei o meu. Não basta fazer, tem que divulgar!

Nos enrolamos bastante para começar o pedal neste primeiro dia. Uma porque tínhamos que separar tudo o que iríamos levar, arrumar na bike, etc, etc, etc. O outro motivo é que o Markito e eu ficamos presos no elevador do hotel por 40 minutos. Cheguei a pensar que não deveríamos ter saído naquele dia, já que a previsão era de chuva mesmo.

Resolvido o problema do elevador e a arrumação das bikes saímos às 13:00h em direção ao iníco do Circuito: os fundos do restaurante Thapyoka. A saída tardia fez o grupo chegar muito tarde em Pomerode.

O trajeto Timbó – Pomerode, pela planilha, era de 45km, mas acabamos rodando uns 50 e poucos. Nos primeiros dias a planilha sempre marcava menos do que nossos ciclocomputadores. Depois que pegamos a parte alta do circuito, a planilha ficou mais de acordo com a nossa quilometragem percorrida.

Dica – Sempre comece os seus dias no Circuito Vale Europeu cedo! Recomendo acordar às 7h para sair pelas 9h.

Uma pequena crítica na saída: não existem indicações claras da rota a tomar e perdemos mais de meia hora entre ruas erradas até acharmos o local correto. Poderia haver um mini-mapa com a saída de Timbó no caderno das planilhas.

A previsão do tempo se confirmou mesmo. A chuva começou desde o início e a cada hora ela só aumentava. Todos tinham trazido anoraks e no começo até que ajudou. Mas, com o aumento da chuva não teve jeito, eu e a Bel apelamos para as capas de chuva que minha mãe havia nos emprestado. Santa Mãe!

As capas foram essenciais, nos protegendo da chuva, do frio e do barro também, ainda mais depois que desenvolvi uma técnica de deixar a parte da frente por sobre o guidão e sentar na parte de trás.

A paisagem é bonita mesmo, mas com chuva não tem como ajudar muito. Fomos seguindo e aproveitando as coisas novas, já que era nosso primeiro dia de pedal. Além das capas de chuva, levei uns sacos de lixo que também ajudaram muito em várias situações. Nesta hora eles serviram de polainas para não molhar os tênis.

Dica: leve sacos de lixo, daqueles azuis, enrolados, com pelo menos umas 30 ou 40 unidades. Você vai precisar deles em várias situações.

Continuamos o pedal seguindo cada vez mais pelas estradas de interior, em direção a Pomerode. Quando chegamos no final da subida vermelha do Rio Ada, já estava escurecendo. As subidas mais fortes, no circuito, são demarcadas como amarelas ou vermelhas. Subidas normais não tem cor nenhuma. Assim você pode ter uma ideia do esforço necessário e do que vai encontrar pelo caminho.

Depois da subida do Rio Ada começamos a descer para Pomerode, passando perto do Morro Azul. A Lili, com pouca experiência em mountain bikes, e com uma bicicleta que não era ideal, acabou caindo. Nada grave, mas machucou a mão e a perna. Conseguimos que uma camionete parasse e levasse ela e o Rodrigo para Pomerode.

Nós seguimos pedalando até chegar, já cansados, pelas 20:00h, na Pousada Max. Estávamos encharcados e até nossas roupas dos alforges, mesmo protegidas por sacos plásticos, ficaram um pouco úmida. O secador que a Bel levou pifou no primeiro minuto de uso, e pensei que ficaríamos com as roupas molhadas mesmo.

Foi quando a Bel teve a maravilhosa ideia de usar o ar-condicionado para secar as roupas. Eu improvisei um varal com o suporte da cortina e pronto, tínhamos nossa secadora funcionando a mil! O ar ficou ligado toda a madrugada e eu troquei as roupas que estavam secando a cada três horas. De manhã tudo estava sequinho, como se não tivesse levado a baita chuva do dia anterior.

Dica – Tente ficar em pousadas e hotéis com ar condicionado quente. Você vai precisar deles se pegar uma chuva forte para usar como secador.

Antes de dormir pedimos duas pizzas tamanho monstro e dormimos felizes e cansados, esperando que a previsão de sol para o dia seguinte se concretizasse.

Resumo do dia: partimos às 13h e chegamos às 19h40, pedalando cerca de 50 quilômetros e queimando 3.368 calorias.

Veja abaixo o vídeo deste dia de circuito:

No segundo dia do Circuito Vale Europeu, 12/07/2009, as nossas preces se concretizaram. Antes das sete horas da manhã olhei para o céu e ele estava azulzinho, com poucas nuvens no céu. Depois de um dia inteiro com chuva na cabeça, foi uma ótima visão para recuperar todo o ânimo e alegria!

Eu já conhecia a Pousada Max dos tempos do vôo-livre e era lá que sempre nos hospedávamos. Do café eu não lembrava muito, mas não me parecia ser tão bom quanto foi desta vez. Todo mundo gostou e repetimos várias vezes. Aliás, esta foi a nossa técnica durante todo o circuito, já que não parávamos para almoçar.

O esquema era comer muito bem no café, fazer alguns sanduíches quando possível e complementar no caminho com a parafernália de comida que havíamos levado (banana passa, mistura de grãos, géis de carboidrato e barras de proteína).

Ainda saímos tarde, por volta das 11h, mas pelo menos foi melhor que o dia anterior. Com todas as roupas secas e os ânimos renovados, partimos em direção a Indaial. Aqui vale um adendo, pois os roteiros, pelo menos na parte baixa do circuito, fazem algumas voltas até se chegar à cidade de destino. Se fosse para ir reto, a distância não deveria passar de 20 ou 25 quilômetros, mas neste caso a planilha marcava 40.

Estas voltas sempre têm alguma razão de ser: uma por fazer o trajeto sempre por estradas de chão, utilizando o asfalto o mínimo possível. A outra é visitar bairros ou locais típicos que de outra maneira não seriam vistos, que é o caso dos bairros de Wunderwald, em Pomerode, e Mulde, em Timbó.

Dica – carimbe o seu passaporte com antecedência. É fácil, na correria de sair, esquecer e perder o carimbo do dia. Guarde-o, junto com o livreto do circuito, em um case de plástico, para evitar que eles se molhem.

Ainda dentro de Pomerode notei como a parte de ciclovias e ciclofaixas é desenvolvido naquela região, um assombro (e uma vergonha) se comparado o tamanho daquelas cidades com Curitiba. Tudo bem que já existe uma cultura local de uso de bicicleta, sobretudo para os trabalhadores das fábricas locais, mas mesmo assim estamos anos atrasados neste quesito.

Logo no início do pedal paramos em uma farmácia pois eu queria fazer um experimento: pesar todo mundo antes da viagem para, no último dia, pesar de novo. O começo eu consegui, e todo mundo subiu na balança. O problema é que no último dia, mesmo tendo uma farmácia do outro lado da rua, ninguém quis mais participar da brincadeira. Acho que foi meeeeedo

Mas no geral acho que ninguém ganhou peso significativo pois, apesar de comermos bem mais que o normal, pedalávamos o dia inteiro, queimando muitas calorias…

Entramos no roteiro da planilha após poucos quilômetros e já era perto do meio dia. O calor começou a bater e começamos a descascar a cebola, isto é, tirar as roupas, camadas por camadas, até ficar fresco e não suar tanto. Além disso sempre fazíamos um alongamento logo no início de cada dia.

O bairro de Wunderwald, no início do trajeto, é muito bonito. Estradinhas de interior, casas antigas, quase todas em estilo alemão e muito bem cuidadas, mesmo sendo simples. Este cuidado com as casas, jardins e afins, foi uma constante no circuito. Não vejo isso no interior do Paraná ou outros estados (fora perto de Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul). Realmente a colonização faz a diferença numa hora destas.

Dica – todo o trajeto do circuito tem muitas árvores frutíferas. Seja educado, peça permissão e se esbalde. Comemos muita mexirica e achamos até um pé de carambola (ou a fruta com gosto de infância, como diria minha mãe).

No primeiro dia eu já havia fotografado uma igreja mas, quando vi várias pipocarem na minha frente, não resisti e resolvi fotografar todas até o final do circuito, seguindo o meu artigo sobre A Religiosidade da Minha Bicicleta.

Neste dia foi quando erramos o trajeto pela primeira (e única) vez. Ao entrar no acesso principal de Pomerode, acabamos perdendo uma indicação de entrada e rodamos três quilômetros até nos darmos conta que havíamos errado. Depois de uma rápida reunião de cúpula e checagem das planilhas, resolvemos voltar e tudo deu certo.

Aqui vale um interlúdio… – As sinalizações no circuito são muito boas e dão um ótimo complemento às planilhas. Normalmente elas são setas pintadas nos postes ou em locais estratégicos, indicando o caminho a seguir. Depois que você se acostuma, é fácil vê-las até onde não existem, o que me ocorreu uma ou duas vezes pela ânsia de verificar se o caminho estava certo.

No primeiro dia, como tudo era novidade, acabamos não dando a devida atenção à planilha e a deixamos dentro da mochila. Notamos que assim não iria funcionar e a Bel se prontificou a assumir a navegação a partir do segundo dia. Eu apoiei, pois daí poderia ficar focado somente em fotografar e filmar, que já é um grande trabalho. Para ajudá-la, e como não tínhamos uma prancheta no guidão, fiz um porta planilha no quadro da bicicleta dela. E não é que funcionou direitinho! O quadro é quadrado e, com a ajuda de um papelão, fita crepe, tesoura e alguns saquinhos plásticos transparentes, para proteger da água, acabei fazendo um ótimo trabalho.

E falando na Bel, o treinamento que fizemos com ela, com a ajuda da Assessoria Esportiva BPM, valeu muito. Em praticamente um mês ela conseguiu um condicionamento físico que não tinha a vários anos!

Fim do interlúdio!

Ao voltar à rota principal, entramos no caminho para o bairro de Mulde, em Timbó.

– Timbó? Mas vocês não vieram de lá no primeiro dia? O caminho não era para Indaial?

Sábia observação pequeno gafanhoto! Mas lembre-se que falei que as estradas nunca seguem a rota principal; elas passam por bairros e estradas de chão, valorizando a beleza, e não o horário de chegar.

O final da tarde nos brindou com uma luz muito bonita, praticamente dourada, ao chegarmos no segundo ponto mais alto deste dia.

Dali em diante foi uma bela descida até os arredores de Indaial, já com o sol se pondo e a gente se encebolando novamente.

A noite chegou e cruzamos a BR-470, fazendo o último pedaço do trajeto, ainda em estrada de chão. Passamos ao lado do enorme rio Itajaí-Açu, com sua força batendo nas pedras ao longo da via. Como já estava bem escuro e o céu muito limpo, aproveitei e dei uma aulinha de astronomia, mostrando algumas constelações para o pessoal, como havia feito no Pedal Noturno Rumo ao Vale do Rio Sagrado.

Chegamos ao Hotel Larsen já de noite e fomos para a romaria banho-comida-cama. Este hotel, apesar da simpatia do dono, foi o pior que ficamos em todo o circuito. Pior no sentido de comparação com os outros lugares, pois Indaial é uma cidade relativamente grande e poderia ter um lugar um pouco mais limpo e cuidado.

Abaixo nós no restaurante, cansados e de barriga cheia. Notem que estou vestido com a camiseta do Odois. Corram e comprem deles!

Dica: leve uma cordinha e fita crepe. Você não imagina como estes itens são úteis. Seja para fazer varal para secar roupa como para fechar, colar e até para consertar uma capa de chuvas rasgada!

Resumo do dia – partimos às 11h18 e chegamos 19h08, pedalando cerca de 50 quilômetros e queimando 3.928 calorias.

Veja abaixo o vídeo deste dia de circuito:

No dia 13/07/2009 iniciamos o terceiro dia do cicloturismo pelo Circuito Vale Europeu, ligando as cidades de Indaial a Rodeio. Este é o dia com a distância mais curta, pelo trajeto oficial, com 26km. Como não havíamos encontrado hotel em Rodeio, iríamos dormir em Timbó novamente, aumentando em torno de 20km o trajeto, totalizando 46km para o dia.

Como a saída neste dia era no Cicle Amorim, aproveitamos para revisar várias coisas nas bicicletas. A Giant nova da Bel estava com um barulho estranho no pedivela, a transmissão da Bia parecia comprometida, o banco do Markito estava muito duro, e assim por diante. O pessoal de lá foi muito atencioso e conseguimos fazer todos os ajustes necessários para no próximo dia enfrentar a parte alta do circuito. Este também seria o último dia em que o Rodrigo e a Lili nos acompanhariam pelo circuito.

A parada na bicicletaria foi essencial. Várias coisinhas precisaram ser ajustadas e trocadas, e ali é a última parte de civilização “avançada” encontrada no circuito. Rodeio ainda tem uma boa estrutura, embora seja menor que Indaial. Daí para a frente, é interior mesmo.

Dica – pare na bicicletaria e verifique a sua bike. Este é o último ponto com estrutura antes da parte alta do circuito.

Como este é o dia mais fácil do trajeto, plano e com baixa quilometragem, não nos preocupamos com o horário de chegada e com a velocidade. Tomamos café, fechamos a conta no Hotel Larsen, e fomos até a bicicletaria. Ali ficamos quase uma hora. Partimos as 11:00h com direção a Rodeio.

Ao contrário dos outros dias, onde o Circuito logo envereda por alguma rua secundária, seguimos por uma estrada de paralelepípedos por alguns quilômetros, até ela se transformar em uma de nossas velhas conhecidas estradinhas de chão batido. Esta estrada segue o rio Itajaí-Açu em boa parte do seu trajeto.

A principal atração deste dia é a Ponte Pênsil, a uma hora depois do início do pedal. Quando chegamos ela estava em reforma, interditada para a passagem. Mesmo com a interdição só não passam carros, pois pedestres, bicicletas e motos continuavam a usá-la sem problemas. Pelo que vi todo o madeiramento da ponte havia sido trocado, e ainda haviam algumas coisas sendo feitas na reforma. Só não vi ninguém trabalhando, e olha que este dia do circuito era segunda-feira.

A ponte é realmente impressionante! Nada destas novas pontes com tecnologias modernas. Dá para ver que ela foi feita a bastante tempo atrás. Ela é estreita e, com um carro normal, não deve sobrar muito espaço dos lados. Eu não teria coragem de passar com o meu carro por lá, ainda mais porque ela pendia levemente para o lado direito. É claro que isso deveria ser uma questão de ajuste, mas…

Imagino o balanço que um carro deve causar nesta ponte, se só eu com a minha bicicleta já conseguimos fazer ela subir e descer.

Na ponte aproveitamos para tirar várias fotos e lanchar. A Marcia havia caído no dia anterior e estava com um bom esfolado na perna. Aproveitou também para fazer um curativo improvisado com gaze e fita crepe.

Falando em ponte, também vimos uma daquelas antigas com cobertura, daquelas que só se vêem em filmes. Não entendo exatamente porque estas pontes eram feitas daquela maneira; será que era para proteger as pessoas em dias chuvosos?

Uma constante no circuito são as plantações de arroz. Tanto na parte baixa, a partir de Indaial, quanto na parte alta, vimos váááááárias plantações. Nesta época os produtores estavam preparando a terra para o plantio. Segundo as pessoas que conversei, leva-se, em média, quatro meses até a colheita.

As pessoas da região são muito simpáticas e convidativas. Nos vídeos, a partir de hoje, você verá algumas delas falando conosco, sob a forma de entrevista. É muito interessante interagir com pessoas de cultura e hábitos diferentes dos nossos e sentir as nuances de cada um. O ritmo de vida é diferente e as perspectivas da vida também.

O dia continuou lindo, com céu de brigadeiro, em todo o trajeto. Nada como um país que, em pleno inverno, você poder pedalar ao ar livre só de camiseta. Viva o Brasiiiiiiiiil!

Pausa necessária – Passamos por Ascurra, cidadezinha pequena e simpática, que liga Indaial a Rodeio. Aproveitamos e fizemos um pit stop em um posto de gasolina e fizemos mais um lanche. Seguimos até Rodeio e paramos na prefeitura, onde havia a placa de conclusão do terceiro dia. Entramos por lá para ver aonde se carimbava o passaporte do circuito e nos indicaram que era na Vinícola San Michele. Andamos por mais uns dois quilômetros e pegamos o que foi a maior subida do trajeto: um morrinho de uns 20 metros de elevação.

Lá perguntamos novamente se não havia nenhum hotel na cidade. A única informação que tinham nos dados era que ele havia fechado. Nos informaram que “parece” que ele havia reaberto e estava funcionando. Nos indicaram que o hotel era perto e resolvemos averiguar. Afinal, se pudéssemos economizar 20km de pedal para o próximo dia, seria ótimo, já que o início da parte alta exigiria mais de todos.

Chegamos ao hotel e descobrimos que ele realmente estava fechado, mas a reforma havia praticamente se encerrado. Conversei com o simpático zelador, o Alemão, e perguntei se não poderíamos passar a noite por lá. Ele ligou para a pessoa que havia arrendado o hotel e obteve a permissão. Oba, poderíamos dormir em Rodeio!!

Como a ideia inicial era dormir em Timbó, e havíamos arrumado as malas para os dois primeiros dias, teríamos que ir até lá de alguma forma. Fizemos assim então: as meninas ficaram desfrutando da piscina aquecida enquanto que os marmanjos foram de bicicleta até Timbó pegar os carros. Fizemos os 20 km rapidamente, ainda mais que tiramos os alforjes. A estrada, apesar de ser de asfalto e ter um bom movimento, era bonita e agradável. Consegui tirar mais algumas fotos de igrejas e bares no caminho.

Também tivemos a sorte de encontrar uma bicicletaria muito antiga e conversamos com o dono. Segundo ele, a casa onde está instalada a oficina, tem mais de cem anos! Você pode ver a entrevista dele mais abaixo, no vídeo deste dia.

Pegamos os carros e voltamos para Rodeio para o Hotel Villa Paradiso. Quando o Alemão falou que iria nos receber, frisou que eles não tinham estrutura, mas tentariam fazer o possível para nos atender bem. Se foi isso mesmo eles se superaram! Tivemos um ótimo atendimento, num local muito agradável. Pagamos R$50 por pessoa, com jantar e café da manhã incluídos. Realmente um atendimento acolhedor e exemplar. Valeu Alemão!

Fomos dormir cedo porque no próximo dia a parte alta do circuito começaria com uma subida de 8 quilômetros e ascensão de 1.120 metros! Aja pernas!

Resumo do dia – partimos às 11h e chegamos 16h, pedalando cerca de 46 quilômetros e queimando 1.544 calorias.

Assista ao vídeo do terceiro dia:

No dia 14/07/2009 fizemos o quarto dia do Circuito Vale Europeu. Desta vez entramos na parte alta do Circuito, subindo bastante e passando por regiões pouco habitadas. Considerei este o dia mais bonito de todo o trajeto por várias razões: sol e céu de brigadeiro; um bom desafio de altimetria; paisagens lindas; trajeto muito bem estudado; pessoas pitorescas encontradas no caminho e por fim uma ótima pousada no fim do dia. Pronto, já falei tudo, não precisa mais ler nada nem ver o vídeo!

O dia começou bem legal, com direito a parabéns à você: o Markito completou mais um aninho de vida e comemoramos com velinha e bolo, já no café da manhã! Hmm, quem sabe por isso que este foi o melhor dia? Presente do céu?

Dica – ao arrumar sua bagagem, de um dia para o outro, utilize a cama do hotel. Tire lençóis, travesseiros e cobertos de cima e use todo o espaço para separar suas roupas, comidas e outros materiais. A organização fica muito mais fácil.

Hoje o Rodrigo e a Lili não iriam mais nos acompanhar no pedal. Foram de carro até Doutor Pedrinho somente para passar a noite conosco. Aproveitamos a boiada e deixamos os alforjes com ele, ficando mais leves e curtindo um pouco mais do passeio.

O trajeto começa a uns 500 metros do hotel, já com o início da subida do morro do Ipiranga. São 8 quilômetros ininterruptos até o final. Mas sabe que não sentimos passar? A paisagem é muito bonita, e isso ajudou. Além disso, lá pela metade da subida, encontramos “El Picol Paradis“, um projeto do agricultor Paulo Notari, povoando o morro com Hortências, anjos e com um Cristo Redentor. Na hora lembrei que havia visto aquilo em alguma reportagem na TV, a vários anos atrás.

A Bel e eu tiramos algumas fotos ao lado do Cristo e daí comecei a ligar as coisas. Vi uma casa, logo ao lado do Cristo e pensei que ali poderia estar o seu Paulo. Na cara dura fui até a casa e um senhor simpático veio me receber. Perguntei se ele era o Seu Paulo Notari, o que ele confirmou. Menos de cinco minutos depois eu já estava dentro da casa, recebendo uma explicação sobre uma mesa em forma de roda d’água, com um tampo de vidro e um presépio dentro que ele havia construído.

É mais fácil ver no vídeo, mas o resumo é que ele plantou todas as hortênsias que envolvem a estrada do Ipiranga, depois resolveu fazer o Cristo Redentor e por fim colocou mais de 50 anjos, ao longo do caminho, para protegê-lo. Não bastasse isso ele ainda deseja criar um portal, com mais de 10 metros de altura para ser a porta de entrada do Céu. Senhor muito simpático, casado com Dona Ana, que foi a primeira mulher a descer o Ipiranga de bicicleta, a muuuuitos anos atrás. Se fizer o circuito não deixe de dar uma parada na estátua do Cristo Redentor, passando na casa do seu Paulo e conversando com ele. Você vai ver que será um papo muito divertido. Passamos mais de uma hora escutando as suas históricas e projetos.

Saímos de lá e notei que passava de duas horas desde que saímos do hotel e não havíamos andando nem 10 quilômetros. Ixi, vamos apressar o passo! Mas não tem jeito, apareceu um vaso sanitário no caminho e tivemos que parar novamente!

A Bel como navegadora evoluiu muito, assim como a nossa “prancheta” de navegação. Agora, além da planilha, eu havia colocado também o mapa e a altimetria do circuito no quadro da sua bike, tudo fixado e ajeitado pela santa fita crepe que me auxiliou muito nesta viagem.

Dica – em Timbó solicite um caderno do circuito a mais. Daí você pode usá-lo para recortar e usar os mapas e planilhas.

As casas, mesmo num trajeto remoto como este que pegamos, continuavam muito bonitas e convidativas. Novamente o sangue europeu se via nos pequenos detalhes daquele povo alegre e convidativo.

Não fizemos o desvio para a Cachoeira do Zinco, mesmo com as ótimas recomendações da planilha. Já estávamos atrasados no horário e também não queríamos chegar muito tarde em Doutor Pedrinho. A subida ainda era longa e a altitude deixaria o fim da tarde bem mais frio que os dias anteriores.

Alguns quilômetros para a frente tivemos um acidente. Num dos ótimos downhills da etapa passei com velocidade pela Bel. Como ela estava na esquerda da estrada, e esta era cheia de curvas, falei alto “VAI PARA A DIREITA” e fui embora. Ela se assustou, freiou o que deu, e acabou caindo. Eu não vi nada, e levei o sabão no final da descida (com razão). No final das contas não aconteceu nada, nem nela, nem na bike. Aprendi uma lição: nunca ultrapasse a sua esposa numa descida!

Pelas duas e meia da tarde passamos pela única Igreja, existente no Brasil, em estilo Enxaimel. Pena que ela não estava aberta, pois eu gostaria de ter entrado. Interessante que ela é Luterana, assim como (acho) a maioria das igrejas que vimos pelo caminho. Outra coisa que notei foi a prática de quase toda a região de manter cemitérios ao lado das igrejas. Coisas que não vemos mais hoje em dia.

Como havia falado no início, este trajeto, além de bonito, foi muito bem pensado. Mesmo o passeio sendo muito bonito pela estrada principal, a planilha manda você entrar em outras estradinhas. E elas são pequenas, estreitas e muito mais bonitas ainda que a anterior: maravilhoso!

Bem perto dali, uns vinte minutos mais para a frente, uma bela cachoeira, ao lado da estrada, nos fez parar mais uma vez para tirar diversas fotos. A inclinação da cachoeira era bem pequena, e só não tomamos banho por lá porque a água estava gelada. Fazer este circuito no verão deve ser muito divertido… e demorado também!

Mais um tempo para a frente e paramos novamente para colher mexericas! Lá pelas 16h chegamos à última subida grande do trajeto. Estávamos perto de Doutor Pedrinho e várias plantações de arroz denunciavam de onde vinha o sustento da maioria da população.

Chegamos na Bella Pousada às 17h já com o frio batendo. Realmente esta pousada é a melhor de todo o Circuito Vale Europeu. Gostaria que todas fossem assim: bonitas, aconchegantes e sofisticadas, mas sem exageros. Recomendo de olhos fechados!

Tivemos um ótimo jantar, acompanhado de vinho e muito bom papo. Fomos dormir felizes, com mais um pedal com grande altimetria nos esperando no dia seguinte!

Resumo do dia – Saímos às 9h e chegamos às 17h, pedalando 41 quilômetros e queimando 2.752 calorias.

Veja o vídeo deste dia, com especial participação do Seu Paulo Notari e Dona Ana:

No dia 15/07/2009 partimos para o quinto dia de pedal pelo Circuito Vale Europeu. Saímos de Doutor Pedrinho em direção a Alto Cedros, distrito de Rio dos Cedros. O Sol, que havia nos acompanhado nos últimos três dias resolveu ir embora, baixando as temperaturas e deixando o dia nublado.

Tomamos um ótimo café da manhã na Bella Pousada e partimos pelas 09:30h para mais um dia de pedal. Logo na saída, a menos de 200 metros da pousada, o pneu da Bia furou e tivemos que parar para consertar. Como foi o primeiro furado no Circuito, até nos surpreendemos como havia demorado tanto. A Bel, que nunca havia visto trocar um pneu em bicicleta, tirou várias fotos do procedimento…

O trajeto parece ser mais plano neste dia, mas é só impressão. Com ascensão de 840 metros, ele está cheio de descidas e subidas. Nada muito longo, mas algo constante, ao longo de todo o pedal. Se o dia anterior, no início da parte alta, já começava a parte isolada do circuito, este se mostrou o mais ermo de todo o trajeto. Já ao sair de Doutor Pedrinho a civilização foi embora e nem na chegada a Alto Cedros ela voltou. São só estradinhas de interior, pouquíssimas casas e muita paisagem verde por todos os lados.

Definitivamente o sol ajuda, em muito, a beleza do trajeto. Este dia era realmente bonito, mas como estava nublado perdeu-se muito do encanto. Também não paramos na cachoeira indicada na planilha, pelo frio, e também pelo tempo não muito convidativo.

As plantações de arroz ficaram para trás e deram lugar aos pinheiros, dominados pela Batistella, indústria de madeira e reflorestamento.

Perto das 13h encontramos um pedaço da estrada toda enlameada. Não tivemos dúvidas e entramos no reflorestamento para não sujar as bicicletas. Ali uma ótima surpresa nos aguardava: dois cogumelos grandes e vermelhos, iguais aos de histórias de fadas, nos esperavam para serem fotografados.

Passamos também por dois ribeirões. O primeiro deles eram mais fundo e não valia a pena tentar atravessar pedalando. A chance de pegar um limo e escorregar com a bicicleta era grande. Tiramos os tênis e meias e a água gelada acordou quem ainda estava dormindo. O segundo ribeirão era bem rasinho e foi atravessado no pedal mesmo.

Chegamos a Alto Cedros às 16h15, sendo recepcionados pelo Raulino e seu fusca azul. Ele é o responsável pela hospedagem no local e a pousada atende pelo nome de Família Duwe ((47) 9987-0171). Ao invés de pegar um atalho e nos transportar por um bote até a sua casa, nos fez andar mais uns quatro quilômetros entre subidas e descidas, até chegarmos numa das casas que possui para alugar.

Depois que descobriram que era muito mais fácil cruzar a represa de bote, as meninas ficaram muito bravas com ele.

Dica – ao fazer a reserva com o Raulino combine com ele para que pegue vocês de bote para a travessia da represa. Isso vai economizar muita subida e descida desnecessária.

Mas o local compensou! Alto Cedros é um local de férias. Uma represa repleta de casas de veraneio em toda a sua extensão. O Raulino é uma espécie de zelador dos moradores e aluga as casas fora de temporada. Ficamos numa casa simples, mas a união de todos, embaixo do mesmo teto, foi muito legal. Até fizemos fogo na lareira, mas logo tivemos que apagá-lo: a fumaça invadiu a casa e nos deixou todos cheirando e rindo sem parar.

De noite fomos jantar na casa do Raulino: comida caseira, bom papo e um pouco de histórias de quem vive muito isolado. Eles mesmos fazem os alimentos essenciais e, nos finais de semana, promovem uma feira entre os outros habitantes do vilarejo, para comprar, vender e trocar bens de necessidade básica.

Antes de dormir o Markito mostrou que as necessidades básicas dele estavam reunidas num saco plástico que segurava em suas mãos. Ali estava toda a roupa e pertences que usava no Vale Europeu naqueles dias. Vida simples, meu amigo!

Dormirmos cedo. O próximo dia seria mais um pedal pelas ermas paragens da parte alta do circuito.

Resumo do dia – Saímos às 9h30, chegamos às 16h30, pedalando 40km e queimando 2.584 calorias.

Veja abaixo o vídeo deste dia, com participação especial do Raulino Duwe:

Dia 16/07/2009 partimos para o sexto dia do Circuito Vale Europeu. Estava frio em Alto Cedros e mesmo assim fizemos o café da manhã na varanda da casa do Raulino, nosso anfitrião. Pães, bolos, sucos e tortas, tudo feito pela sua família. Um autêntico café da manhã rural!

Ali o Raulino aproveitou para carimbar os passaportes e contar um pouco de suas histórias. Me impressionei realmente quando ele me mostrou o poço que fez, com mais de um metro e meio de diâmetro e 16 metros de profundidade! E era perfeitinho, redondinho até lá embaixo.

Segundo ele, não foi preciso colocar tijolos para ancorar as paredes pois o solo era cheio de pedras. Já fez poços até de vinte e dois metros de profundidade. Disse que deste tamanho é preciso colocar galhos de árvore com bastante folhas para ajudar a oxigenar o ambiente, pois fica difícil de respirar. E olha que ele faz tudo isso sozinho, só com um ajudante para tirar o barro lá em cima. E sabe como ele faz para encontrar o veio de água? Isso mesmo, com uma forquilha de pessegueiro!

Nós estávamos quase no fim do Circuito e só naquele dia lembrei da ideia de fazer uma placa para colocar na minha bike com o adesivo do transpirando.com. Como não tinha me lembrado antes? Vá saber! O Raulino arranjou uma madeirinha, serramos e prendi ela no bagagueiro. Ficou bem legal!

Depois do café o Markito trocou a sapata de freio do Antonello, que já estava no mico, e nos aprontamos para começar o pedal do dia. Atravessamos a represa com o bote do Raulino e tiramos a foto para marcar a saída. Acabamos iniciando o pedal somente às 10h da manhã.

Infelizmente começou a garoar fino e tivemos que parar logo no começo para colocar as roupas de chuva. O tempo instável foi uma constante. Acho que metade do dia foi de chuva e a outra metade nublado. Depois de um tempo cansamos de tirar e colocar a roupa e ficamos com as capas de chuva direto.

Podíamos até parecer ridículos com aquelas capas e plásticos no pé, mas eles funcionaram bem, deixando-nos secos e quentinhos. Até o conserto com fita crepe que fiz na minha capa de chuva, que rasguei no primeiro dia, funcionou muito bem.

Neste dia não tínhamos nenhuma subida muito grande, mas várias pequenas, uma atrás da outra. A ascensão foi de 840 metros, mas cansou muito mais do que os 1.1120 do quarto dia. Realmente prefiro subidas grandes do que várias pequenas; elas enganam e, psicologicamente, são muito mais duras.

Após três dias maravilhosos de sol, o frio e a chuva abalaram um pouco a moral do grupo, principalmente das meninas. Ninguém estava de mau humor, mas dava para sentir no ar um pouco de cansaço, que não se via nos outros dias.

Pela parte final do trajeto, lá pelas 16h, a chuva já tinha ido embora e o tempo abriu um pouco. Passamos na barragem de Palmeiras e pegamos boas descidas. Uma ótima alegria para a parte final de um dia duro.

Chegamos no bar do Faustino as 17h20. O local é uma venda misturada com um bar, com um restaurante em anexo e uns oito quartos na parte de cima. Lugar bem simples e até faltando um pouco de limpeza, mas com pessoas boas e muito prestativas.

Dica – cuidado com o cachorro preto e peludo que fica perto do local onde se guardam as bicicletas. Passei umas oito vezes por ele e me assustei em quase todas. O diabo dos infernos teima em tentar te atacar, mesmo estando preso na corrente.

O jantar, no próprio Faustino, foi muito bom. Como ali é somente um lugar de passagem, não tínhamos nada a fazer, além de brincar um pouco com os produtos da venda e depois ir dormir.

O próximo dia seria o último e todos estavam ansiosos para chegar. Vi a previsão do tempo por telefone, com a minha mãe, e não era nada boa. Chuva para o próximo dia. Senti por todos, pois acabar um ótimo pedal chovendo poderia dar uma má impressão geral. Falei que a previsão não era de chuva, mas sim de tempo nublado. Tentei amenizar a previsão para não deixar ninguém preocupado. Só mesmo um milagre para mudar o tempo no último dia do circuito.

Dica – deixe alguém de sua família encarregado em ver a previsão do tempo para você e ligue para ele à noite. Assim você pode se programar para os próximos dias, sem surpresas.

Resumo do dia – Saímos às 10h e chegamos às 17h20, pedalando 42km e queimando 2.157 calorias.

Veja abaixo o vídeo deste dia:

O dia 17/07/2009 marcou a nossa despedida no Circuito Vale Europeu. Foram 7 dias maravilhosos na companhia dos amigos, pedalando, aprendendo, brincando e se divertindo muito. Realmente, uma viagem inesquecível, para ver o mundo numa perspectiva diferente, na velocidade de uma bicicleta.

Neste dia ganhamos um presente maravilhoso! Contrariando todas as previsões, o SOL apareceu, belo e radiante, com toda a sua força. Foi muito bom, ainda mais que os últimos dois dias, nublados e com chuva, deixaram a moral de todos um pouco para baixo. Os rostos cansados deram lugar aos sorrisos e brincadeiras, e a alegria voltou a imperar no grupo.

Começamos o pedal perto das 9h30 da manhã bem despreocupados e querendo só curtir o visual e o sol que nos acompanhava. Na noite anterior a atendente do bar/pousada do Faustino nos falou que era possível encurtar um pouco o caminho indo direto pela “geral”, a estrada da região. Ao invés dos 53 quilômetros da planilha, fizemos 40 descendo a estrada principal passando por Rio dos Cedros até chegar a Timbó. A grande vantagem deste trajeto foi não pegar a pior subida de todo o circuito, além de esquecer um pouco a planilha e fazer um pedal totalmente light.

Depois de andar alguns quilômetros começou a descida da serra que leva até Rio dos Cedros. Logo no início deu para ver que estávamos acima das nuvens, enquanto que o final da serra ainda estava com o tempo nublado. Logo em seguida entramos nas nuvens, deixando o sol para trás. Ele só voltou a aparecer duas horas depois, perto do meio dia.

Ao passar por Rio dos Cedros encontramos uma turma de ciclistas que começara o circuito naquele dia. Eles eram de São Carlos (SP) e pretendiam fazer todo o trajeto em quatro ou cinco dias. Entreguei um adesivo, demos algumas dicas e nos despedimos, desejando boa sorte. Foi legal encontrar outros ciclistas, pois no circuito não vimos ninguém. Só sabíamos que tinha um casal um dia na nossa frente e mais uma turma um dia atrás.

O final do pedal foi uma festa, uma verdadeira realização para todos. Apesar de termos experiências em pedais grandes, nunca tínhamos viajado de bicicleta por um tempo tão longo e na distância percorrida. E como disse a Bel: que venha a próxima!

Resumo do dia: Saímos às 9h30 e chegamos às 15h30, pedalando 40km e queimando 1.225 calorias.

Veja abaixo o vídeo deste dia:

Este texto foi escrito por: Rodrigo Stulzer

Last modified: agosto 16, 2009

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Redação Webventure
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