Mesmo com rota definida pode acontecer imprevistos e mudanças (foto: Arquivo Clube de Cicloturismo do Brasil)
Viajar de bicicleta, seja qual for a distância, permite muita liberdade, tanto pela sensação da viagem como pelo roteiro que deseja fazer. Mas esta liberdade precisa ser controlada e o planejamento entra em cena, desde a preparação do equipamento, física e locais de passagem. As decisões devem ser tomadas desde a idéia inicial da viagem.
José Antônio Ramalho, autor dos livros Guia do Mountain Bike e Sete roteiros de aventura – Viajando pelo mundo numa bike dá algumas dicas e o primeiro passo para começar o projeto. E a primeira decisão é saber se você viajará sozinho ou em grupo, pois as preparações são diferentes. Em caso de viagem sem companhia, o cicloturista deve ter consciência de que qualquer emergência, grave ou não, ele deverá agir sozinho. Uma das vantagens é a total liberdade. Ramalho recomenda a viagem em grupo, pelas questões de segurança, pela diversão e também.
Após decidir as companhias, é o momento de desenhar a rota. Não poupe o tamanho do mapa, da quantidade de canetas e rabisque as possibilidades. José Antônio alerta os cicloturistas para não deixar de lado os imprevistos e mudanças da rota inicial, que podem ser algum desvio intencional, paradas forçadas por conta de condições climáticas, problemas com equipamento e até mesmo paradas intencionais, para conhecer o local que você passa. Além do mapa, das anotações, um GPS pode ajudar bastante durante a viagem.
Conhecimentos – Estar preparado para qualquer imprevisto é uma das regras para viajar de bicicleta. Um pneu furado, problemas na corrente ou qualquer outro tipo de problema mecânico podem afundar a sua viagem se você não souber nada sobre as peças e equipamentos da bike. Ramalho recomenda um curso básico de mecânica, e lá tirar as dúvidas como, por exemplo, quais equipamentos reservas podem ser levados. Aqui no Webventure você pode conferir algumas dicas sobre trocas de pneus, alinhamento, regulagem de freio, entre outros; saiba mais sobre mecânica e manutenção!
Todas as regulagens feitas na bicicleta devem respeitar o tipo de terreno que você passará na viagem, o tempo que durará o passeio e também o conforto. Pedalada longa com um selim confortável, de gel, faz você economizar muito em pomadas para evitar assaduras e antiinflamatórios, e um pneu com menos cravos (mais liso) é mais confortável e te faz economizar energias, esclarece João Antônio.
Entre os equipamentos obrigatórios, como capacete, luvas e roupas adequadas, não pode faltar na bike o alforge a bolsa que leva as bagagens do ciclista, colocada sobre o bagageiro traseiro. Nele, tudo o que o cicloturista precisa que esteja à mão durante a pedalada.
Toda a preparação com a bike deve ser a mesma com a saúde e segurança do cicloturista. Não é necessário estar em forma física perfeita, mas é recomendável se preparar meses antes, visitar médicos para não enfrentar problemas. Além disso, é essencial fazer um plano de saúde para viagem, e há variações se é feito para passeios nacionais e internacionais.
Quando definir a rota da viagem, a sugestão de Ramalho é se informar sobre hotéis, pousadas, restaurantes e outros serviços que podem ser úteis para a recuperação. Uma noite bem dormida é fundamental, revela Ramalho, que reforça o ideal de respeitar os limites do corpo.
Este texto foi escrito por: Bruna Didario e Alexandre Ciszewski
Last modified: setembro 20, 2009