Kilimanjaro possui 5.895 metros (foto: Helena Coelho)
Um estudo publicado pela revista Proceedings of The National Academy of Sciences estimou o desaparecimento da neve no Monte Kilimanjaro em 20 anos. De acordo com o alerta, o aquecimento global pode ser a causa da perda de gelo, mesmo apontando a mudança na nebulosidade e nas chuvas da região como agentes influenciadores na situação.
De acordo com os paleoclimatologistas responsáveis pela pesquisa, o pico mais alto da África, com 5.895 metros de altitude, o Kilimanjaro perdeu em 95 anos (de 1912 a 2007) 85% de gelo, sendo que em apenas sete anos (de 2000 até 2007), uma perda considerável de 26%.
“É a primeira vez que os pesquisadores calculam o volume de perda nas áreas de gelo congeladas da montanha. Se observada a porcentagem de volume perdido desde 2000 contra a área perdida à medida que diminui o gelo, os números são muito próximos, explicou a agências internacionais Lonnie Thompson, professor de ciências da Terra da Universidad de Ohio e co-autor do estudo.
Mais degelo – Os cumes do Monte, tanto o Norte quanto o Sul, tiveram uma redução de 1,9 e 5,1 metros, respectivamente. Thompson também se preocupa com a diminuição de gelo na superfície. O glacial Furtwängler, localizado próximo ao cume do Kilimanjaro, perdeu metade de sua espessura em 9 anos. No futuro, haverá um ano em que veremos o Furtwängler e no ano seguinte terá desaparecido completamente, declarou.
Apesar dessa diminuição, os estudos mostraram que não há evidências de derretimento constante em nenhuma camada de gelo pesquisada, que datam de 11,7 mil anos. O degelo mostra que as condições de clima e tempo na região são únicas nos 11 milênios passados.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: novembro 3, 2009