Provas encorajam atletas a fazer a prova sozinhos (foto: Divulgação/ Alexandre Cappi)
No Brasil, a história do Multisport é recente, mas já conta com adeptos que buscam aperfeiçoamento e novos desafios. Mas a idéia das provas com modalidades combinadas e sem acontecer um trabalho em equipe já têm mais de 30 anos, com o Ironman do Havaí e o Alpine Ironman, na Nova Zelândia, que tempos depois se transformou na Coast to Coast, a mais tradicional prova da modalidade.
O Campeonato Mundial, a Coast to Coast é a prova mais importante do Multisport, que conta com 243 quilômetros de percurso que pode durar um ou dois dias e mais de 800 participantes. O país da Oceania tem uma forte tradição nos esportes de aventura.
Aqui, o conceito surgiu em 2007, com o nome de Triathlon das Montanhas. Com o tempo, outras provas surgiram no calendário nacional, como por exemplo, a Multisport Brasil, Florianópolis Multisport e Brasília Multisport. Esta última conta com duas provas de 25 e 135 quilômetros.
Alexandre Carrijo, organizador da prova da capital federal, afirma que a diferença de quilometragem de uma prova nacional para a Coast to Coast, apesar de ser grande, pode ser um fator positivo para o esporte. Minha explicação é que na Nova Zelândia, o conceito da prova tem mais de 30 anos, é popular; mas aqui no Brasil, a tendência é aumentar paulatinamente a massa de praticantes. O que temos aqui já é desafiador demais, explicou.
O crescimento da procura dos atletas nas provas de aventura tem crescido a cada ano e a busca por melhores performances tem sido essencial nas equipes de ponta do país. As provas de multisport tendem a aperfeiçoar o desempenho das modalidades que compõem uma corrida de aventura.
Um exemplo, além dos atletas de modalidades individuais, é a procura dos praticantes de triathlon. O multisport torna-se uma modalidade de convergência entre essas modalidades e uma modalidade com esportes combinados. A tendência é que estes competidores se reúnam e participem dos revezamentos, para nos anos seguintes se sentirem desafiados a competir a prova inteira.
Os atletas de fora do Brasil, principalmente da Nova Zelândia, levam uma grande vantagem com a prática do multisport. Por ser um esporte mais popular na região e que conta com competições como a Coast to Coast, a massificação aumenta a procura de interessados e, conseqüentemente, de atletas de nível técnico alto.
As diferenças entre brasileiros e neozelandeses é gritante. Lá fora, os atletas são especializados no multisport e tornam-se coringas para as grandes equipes nas corridas de aventura também. Os atletas são sólidos. Aqui no Brasil, queremos incentivar os atletas a serem mais fortes, e isso demanda tempo, explicou Alexandre.
Estratégias – Como existe um percurso pré-definido, a tendência da prova é de ser rápida e estratégica. Neste caso, o conhecimento do atleta nas modalidades e também um equipamento de alta performance acabam fazendo a diferença nos resultados.
A prova é intensa, não é preciso procurar caminhos. O tempo é importante e quanto melhor ele for aproveitado, seja na prova em si ou nas transições, melhor é o resultado. São minutos preciosos, revelou Carrijo.
Este texto foi escrito por: Bruna Didario
Last modified: fevereiro 15, 2010