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Turistas aproveitam natureza e comemorações indígenas no Acre

Redação Webventure/ Destino Aventura

Festa Ashaninka (foto: Divulgação)
Festa Ashaninka (foto: Divulgação)

Desbravar terras e conhecer culturas e festas indígenas estão no roteiro do Caminhos das Aldeias e da Biodiversidade, que passa por seis cidades do Acre. Os turistas aproveitam os pontos turísticos naturais, parte da floresta Amazônica intacta e, em datas comemorativas, participam das celebrações indígenas da região.

Uma das paradas obrigatórias do passeio é a cidade de Mâncio Lima, extremo oeste da Amazônia, o município mais ocidental do Brasil. Cerca de 50% de sua área é considerada Unidade de Conservação por abrigar o Parque Nacional da Serra do Divisor, conhecido também por Serra do Moa, e além do ecoturismo, a conservação da região é voltada para fins científicos, culturais e educativos. O local é administrado pelo IBAMA e pelo Governo Federal.

As belezas do parque podem ser vistas logo na entrada, um vale cercado por um paredão de florestas levam o turista ao Rio Moa, local de grandes cachoeiras de águas cristalinas, como a Formosa (com três quedas seqüenciais), Pirapora (formada por igarapé), Pedernal e do Ar Condicionado (com cinco metros de queda).

Aventura – Para encarar a Serra do Moa, pode-se optar por fazer o passeio via operadora ou por conta, o que necessita uma autorização do IBAMA. Até o pé da serra, barqueiros levam os turistas para aproveitar a fauna e flora da região, num passeio que pode durar até 16 horas. Para quem prefere algo mais ativo, a opção é sair do porto do Rio Japim, em Mâncio Lima e fazer um curto passeio de barco, mergulhar ou pescar nas águas do rio e lagos que se formam, principalmente durante o verão.

Outra opção para quem gosta de curtir a natureza de perto é o passeio pelo Rio Crôa, local considerado santuário ecológico no Vale do Juruá. De barco ou caminhando pelas trilhas, é possível chegar na comunidade Nova Era.

As tribos indígenas são bastante conhecidas por rituais animados, de culto a natureza e aos membros mais experientes. E assim é no Acre, com duração de quatro ou cinco dias, índios e turistas se misturam para celebrações.

Em Junho, no dia 24, a festa chamada Piaretsi começa na tribo Apiwtxa, com o povo Ashaninka. Homens, mulheres e crianças comemoram a data em que as terras foram demarcadas pelo Governo Federal com muitos adornos e pinturas pelo rosto. Ao todo, são quatro dias, 96 horas de diversão e a chegada até a aldeia de barco pelo município de Marechal Taumaturgo.

O festival Yawá, dos Yawanawás dura cinco dias e acontece sempre no mês de outubro. A tribo se reúne para agradecer a prosperidade nas atividades como colheita caça, pesca e ao criador Nuke Sheni.

Mostrar o conhecimento – Ao todo, são 16 etnias diferentes no Acre e os Kaxinawa também celebram na companhia dos “brancos”. Os festivais resgatam a espiritualidade e a relação com a natureza, compartilhando conhecimentos. A aldeia fica a cerca de 700 quilômetros da capital do Acre, Rio Branco e a viagem é feita de avião e barco.

Este texto foi escrito por: Bruna Didario

Last modified: novembro 2, 2010

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