Remadores na Rodrigo de Freitas no Rio (foto: Divulgação CBCa)
A cidade do Rio de Janeiro vai sediar um mundial de vaa, modalidade mais conhecida como canoa havaiana. O evento será realizado em agosto de 2014. A escolha foi na assembleia geral da Federação Internacional de Vaa, em Calgary, Canadá.
A Confederação Brasileira de Canoagem estima receber mais de 1.500 atletas, de 45 países. As provas serão em uma raia de 500 metros na Lagoa Rodrigo de Freitas, com percursos de 500, 1.000 ou 1.500 metros. Haverá barcos para um, seis e 12 remadores (para estes, utilizando uma espécie de catamarã, com duas canoas unidas).
O pentacampeão brasileiro da modalidade, Celso Filetti, conta que já competiu nas ilhas polinésias, de onde veio esse tipo de embarcação. Os caras de lá são muito bons. Se vierem equipes do Taiti e do Havaí, vai ser difícil de o Brasil ganhar, acredita.
Ele explica que qualquer pessoa pode praticar esta modalidade de remo, pois o barco tem um apoio lateral (chamado de ama), que facilita a estabilidade (é mais difícil de virar se comparado a outros modelos a remo).
O mundial vai ter categorias para quase todas as idades: de sub16 (com idade mínima de 11 anos) até para competidores com mais de 70 anos. Antes do Brasil, o mundial será em Calgary, em 2012.
Cultura milenar
Há 3 mil anos, as canoas da polinésia eram construídas de bambu e utilizadas pelas civilizações do Oceano Pacífico para, principalmente, colonizar as ilhas da região, como Bora Bora e Taiti.
Essas embarcações movidas a remo e à vela enfrentavam bravamente o turbulento mar e, por isso, são um objeto sagrado para esses povos. Va´a é o nome tradicional. Significa canoa em vários idiomas polinésios, explica Nicolas Bourlon, supervisor do comitê desse esporte na CBCa.
Atualmente, ela é feita de fibra de vidro. Um barco para seis pessoas tem 14 metros de comprimento, 50 centímetros de largura e 180 quilos, contando o ama.
Este texto foi escrito por: Amanda Nero
Last modified: junho 9, 2011
