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Totó conta como foi a segunda prova da Tríplice Coroa Havaiana de SUP

Redação Webventure/ Canoagem, Rafting e canoagem

Totó no barco e Chain na prancha (foto: Frederico Dillitzer)
Totó no barco e Chain na prancha (foto: Frederico Dillitzer)

O atleta Antônio Carlos Bonfá relata como foi a segunda prova de travessia da Tríplice Coroa Havaiana de Stand Up Paddle, que ele está participando no Havaí com o também brasileiro Claudio Chain. Clique aqui para saber mais sobre a competição.

“A segunda travessia (Maliko-Honolua) foi marcada pela ansiedade e pela expectativa, pois eu e o Claudio Chain ainda não tínhamos feito o percurso, iríamos também estrear uma nova prancha (de 16 pés de comprimento e com leme no pé) e ainda havia as condições do lugar, dita como “adversas” pelos mais experientes: boa parte do percurso de 21 milhas náuticas (mais ou menos 40 quilômetros) seria realizado em mar aberto, circundando a costa mais inóspita da Ilha de Maui.

Por tudo isso, decidimos fazer esta etapa na categoria dupla (revezamento), o que por um lado seria interessante para dividir as funções de manutenção da equipe, mas talvez por outro lado não: se um de nós desistisse, este planejamento de logística ficaria prejudicado.

Felizmente, a única preocupação a partir do momento que subimos na prancha foi remar e segurar o ritmo até o final. Impusemos um ritmo forte desde o principio, sem nos abalarmos com as condições de vento lateral e a contra corrente durante boa parte da prova. Aproveitamos a energia do oceano para remar forte.

Chain fez uma boa largada, se mantendo no pelotão principal, entre os 25 primeiros atletas. Quando assumi, também tratei de ir me aproximando cada vez mais dos que estavam a nossa frente.

Em alguns momentos, o profundímetro do nosso barco de apoio demonstrava 540 pés de profundidade, atestando que estávamos realmente numa situação de mar aberto, com fortes correntes que tornavam a prova ainda mais emocionante.

Mas fomos assim até o final, remando forte e sem parar, até conseguirmos chegar em primeiro lugar entre as duplas (com 4h12min), o equivalente à 13º colocação na geral, superando as nossas expectativas para uma estreia nessa prova.

Um dos momentos mais legais foi cruzarmos no meio do mar com os também brasileiros Masao Fukayama e Andrea Moller, que moram no Havaí. Pudemos saudá-los e ainda prestar apoio a eles, fornecendo bebida e outras coisas. Esses atletas são verdadeiros monstros e têm honrado a bandeira verde e amarela por aqui. [Andrea foi campeão na categoria feminina e Masao vice na 30-39 anos]

Agora nos sentimos preparados e concentrados para o último desafio, a travessia de 28 milhas (cerca de 50 quilômetros) entre as ilhas de Maui e Molokai.”

Este texto foi escrito por: Antonio Bonfa, especial para o Webventure

Last modified: julho 18, 2011

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