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A volta de José Hélio Rodrigues ao Dakar, depois da queda em 2010

Redação Webventure/ Dakar, Offroad

José Hélio Rodrigues (foto: Arquivo Webventure)
José Hélio Rodrigues (foto: Arquivo Webventure)

O motociclista José Hélio, que caiu no Dakar de 2010, fraturando a clavícula (leia mais aqui), retorna à prova. Ele conversou com o Webventure sobre as mudanças desta edição.

O que você achou da mudança de percurso do Dakar?
Achei bem melhor. Eu particularmente não gosto de ralis que largam e terminam no mesmo lugar. Isso não dá a sensação de dever cumprido na chegada. Claro que um Dakar é sempre um Dakar, mas eu gosto mais assim. A prova fica mais interessante, largando no sul e terminando no norte. Acho que vamos ter novos desafios pegando um pedaço do deserto no Peru.

Qual você espera que seja o trecho mais difícil?
O mais difícil sempre é a etapa de Fiambalá e as dunas de Copiapó. São as maiores e as mais áridas dunas do mundo, então sempre é um grande desafio.

Quais serão os principais oponentes na sua modalidade?
Esse é um dos Dakars mais disputados. São mais de 15 pilotos com chance ao título. Mas, isso é uma coisa com a qual eu não me preocupo, não penso nisso. Nunca fui para prova nenhuma pensando em adversário. Eu vou para correr contra mim mesmo e o meu objetivo é a rampa de chegada.

O que você achou da obrigatoriedade de motor de 450 cilindradas para as motos?
Achei ótimo. Isso equiparou mais, apesar de que as equipes grandes, de fábrica, têm uma estrutura melhor e chance maior. Mas, quanto ao fato dos motores serem de 450 cilindradas, acho perfeito, porque criou uma limitação, então exigiu que se desenvolvesse mais esse material. As motos de 450 hoje andam a quase 200 quilômetros por hora, algo que só se conseguia em motos de 850 cilindradas. Assim, desenvolve a tecnologia e equipara a competição.

Seria bom ou ruim o Dakar voltar para a África?
Acho que não é interessante. Aqui na América do Sul se faz um rali mais fácil de ser executado, mais seguro e tecnicamente igual à dificuldade que existia na África. O rali se tornou mais seguro por não ser um lugar tão inóspito mesmo sendo inóspito, não é tanto quanto na África.

E o que dizer sobre não ter acontecido etapas no Brasil em todo esse período?
Acho que o Brasil não combina muito com o Dakar, mas mesmo assim já é quase certo que em 2013 o país vai fazer parte da prova.

SOBRE O DAKAR 2012
O Rally Dakar chega a sua 33ª edição, mas é apenas a quarta prova na América do Sul. Em 2012 a competição irá atravessar o continente de leste a oeste, saindo de Mar Del Plata, na Argentina, passando pelo Chile e terminando em Lima, no Peru. Até 2011, as edições latinas do Dakar eram em formato de circuito ou laço (quando o percurso de uma etapa cruza com o de outra), saindo e terminando em Buenos Aires, capital da Argentina. Com a mudança, a prova ficou cerca de 500 quilômetros mais curta.

Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi

Last modified: janeiro 1, 2012

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