Guiga e Haddad (foto: David Santos Júnior / Webventure)
Depois de furar um pneu e perder uma roda no terceiro dia de Dakar, a dupla formada pelo piloto Guilherme Spinelli e pelo navegador Youssef Haddad, da Equipe Mitsubishi Brasil, abandona a competição, na quinta etapa. Eles tiveram um problema com a bateria e foram obrigados a pedir apoio externo de sua equipe, o que é proibido pelas regras.
O navegador Youssef contou que “é um sentimento de frustração, por toda a nossa dedicação e de toda a nossa equipe. Este ano, estávamos com um desempenho superior ao do ano passado e por isso é muito duro ter de sair da prova assim por algo que não está dentro do nosso controle. Mas agora é seguir em frente, aprender com erros e aproveitar o que deu certo para o próximo Dakar”. Confira abaixo entrevista de Guiga ao Webventure.
O que aconteceu com vocês na prova de ontem?
A gente teve um problema na bateria do carro. Ficamos parados no quilômetro 96 da especial, e não tinha alternativa para sair dali se não fosse recebendo apoio externo. Então, a gente chamou o apoio e, quando chegamos ao acampamento, comunicamos à organização o que havíamos feito. Nós sabíamos que era fora das regras e tivemos que abandonar a prova ontem, no fim do dia.
Vocês também já tinham parado antes, nas dunas. O que aconteceu?
Na verdade, a gente caiu em um buraco depois das dunas, mas demorou 3 minutinhos, no máximo, para sairmos. Foi uma situação supernormal de competição nesse tipo de piso. Depois, ficamos parados por quase 4 horas até conseguirmos solucionar o problema da bateria e sair de lá.
Como você avalia esses cinco dias de Rally Dakar?
Foi um rali difícil, nos padrões do Dakar, que privilegiava mais a parte fora-de-estrada e de dunas. Nos cinco dias, deu pra ver isso nitidamente. Mas, [a organização] manteve o padrão de dificuldade, de variedade de piso, tradicional do Dakar.
Como você está se sentindo após esse incidente?
É uma corrida, é assim mesmo. Nesses últimos anos tivemos bons resultados. Agora, tivemos essa infelicidade com a bateria e a infelicidade da roda no terceiro dia de rali. São coisas normais de corrida, acontecem. De qualquer maneira, a gente sente que enquanto disputamos, tivemos um excelente desempenho, superior ao do ano passado. Estávamos mais rápidos, mais próximos dos líderes. Embora a gente esteja abandonando a prova no quinto dia, estamos satisfeitos com o que conseguimos fazer aqui dentro.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi
Last modified: janeiro 6, 2012