O Cerapió 2012 passou hoje pelo município cearense de Itapipoca, conhecido por ser a terra dos três climas do estado. Lá é possível encontrar praia, serra e sertão, uma diversidade que é a cara da prova. O terreno entre o Ceará e o Piauí apresenta trilhas na beira de praia, dunas, estradas de areia e de terra, e ainda lama e cascalho, no sertão. Tudo para testar a habilidade dos pilotos.
É uma prova em que cada dia enfrentamos diferentes tipos de terreno. Ontem pegamos trechos de praia, hoje foi mais cascalho e estradas de terra batida. Amanhã será areia, e ainda devemos pegar lama no último dia, relatou o piloto de Teresina (PI) Maycon Gomes Soares. Para seu navegador, Daniel Rodrigues, que tem 15 anos de Cerapió, o que mais atrai nesse esporte é que pode acontecer qualquer coisa dentro da trilha, e precisamos estar preparados para imprevistos.
Já o casal de amigos Alexandre Breckenfeld e Cássia Pereira, que se conheceu em provas de off-road, veio de Brasília e está pela primeira vez no Cerapió. Acostumado com o terreno do cerrado, o piloto afirma ter sofrido para adaptação nas dunas. Essa parte de areia e duna explora mais do piloto e do carro. Mas o bom é que a prova está bem medida, as marcações batem com a planilha, e facilita para nós, contou.
Sua navegadora, Cássia, afirma que mesmo na estreia o clima dentro do carro está bom. Quando acontece algum erro ou dúvida sempre fica uma tensão entre nós, mas nada que não seja contornável e fique bem em poucos segundos, disse.
A dupla resolveu competir o Cerapió após dois amigos experiente’s na prova os convencerem. Com isso a equipe de Brasília trouxe cinco carros para a competição. Está sendo melhor do que esperávamos, e mais difícil do que me contaram. Tanto da parte técnica do navegador, como o esforço do piloto, reconheceu Cássia.
Motos. O percurso das motos nem sempre coincide com o dos carros e quadriciclos. Mas isso não significa que a diversidade de terreno não está presente na prova. Piloto da categoria Senior, Gil Martinelli afirma não ter preferência de terreno. Para mim, quando mais difícil, melhor. Confortável mesmo eu só me sinto em casa, brincou.
É uma experiência diferenciada, com detalhes que separam os pilotos pela qualidade. Um que vai bem na duna e mal nas pedras, não é completo o suficiente para ir bem no Cerapió. De qualquer forma, é bom para a experiência dos pilotos que se forem mal em algum tipo de terreno, já vão voltar pra casa e tentar treinar nele, explicou Martinelli.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa, direto de Sobral (CE)
Last modified: janeiro 25, 2012