O Rally dos Sertões encerra a edição 2015 numa das mais famosas cidades brasileiras, Foz do Iguaçu, na fronteira com Argentina e Paraguai e conhecida pelas Cataratas do Iguaçu, uma das sete maravilhas do Mundo. Os primeiros registros de civilizações na região datam de 6.000 A.C.
Por volta de 1888 foi fundada uma Colônia Militar onde atualmente se situa Foz do Iguaçu, época em que já havia brasileiros e espanhóis trabalhando na extração da erva-mate e da madeira. Depois de ser elevada a condição de vilarejo e povoamento civil ao longo dos anos, em março de 1914 se tornou Município com o nome de Vila Iguassu, para somente ser batizada com o atual nome em 1918.
Em 1965 foi inaugurada a Ponte Internacional da Amizade (Brasil-Paraguai) e a BR-277, ligando Foz do Iguaçu a Curitiba e ao litoral, período em que o desenvolvimento da cidade foi acelerado. Na década de 1970 a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu causou grande impacto econômico e populacional em Foz, com um aumento de 385% nos habitantes em dez anos.
O relevo é suavemente ondulado, o que contribui muito para o desenvolvimento da agricultura, com altitude variando em torno dos duzentos metros. O clima é subtropical úmido mesotérmico, com uma das maiores amplitudes térmicas anuais do estado: cerca de 14°C de diferença média entre o inverno e o verão. Os verões costumam ser muito quentes, com máximas médias em torno dos 33°C e sensação térmica chegando a 40°C. Os invernos são considerados amenos, mas pode haver quedas bruscas de temperaturas com termômetros abaixo de zero durante a passagem de frentes frias com as massas de ar polar na retaguarda.
Turismo – Quem vai a Foz pode aproveitar o centro de compras da Futy Free no Paraguai, assim como os atrativos naturais do Parque Nacional do Iguaçu e de Porto Iguazu, do lado argentino. Confira a seguir algumas opções:
Os passeios podem começar no Parque das Aves, que abriga um dos maiores viveiros da América Latina. Localizado próximo à entrada do Parque Nacional, o visitante terá contato com flamingos, tucanos, araras, borboletas e outras espécies interagindo com as pessoas fora de gaiolas ou jaulas.
Já dentro do Parque Nacional chega-se ao Centro de Visitantes, onde é possível pegar um ônibus que leva a diversos pontos, como a Trilha do Poço Preto, o Macuco Safari, a Trilha das Cataratas e o Porto Canoas. São 600 mil hectares de áreas protegidas e outros 400 mil em florestas de Mata Atlântica ainda primitivas, que abrigam diversas espécies da fauna e flora, como onça-pintada (Pantheraonca), puma (Puma concolor), jacaré-de-papo-amarelo (Caimanlatirostris), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), gavião-real (Harpia harpyja), peroba-rosa (Aspidospermapolyneutron), ariticum (Rolliniasalicifolia) e araucária, algumas delas ameaçadas de extinção.
Macuco Safari – Esse é o tradicional passeio de lancha que percorre o Rio Iguaçu e passa sob algumas das cataratas. O passeio começa com uma trilha de três quilômetros percorrida num veículo elétrico, onde é possível observar a flora local e, eventualmente, alguns animais como o Quati, mascote do Parque.
Após mais 600m de caminhada chega-se ao cais para os visitantes embarcarem em lanchas bimotores que percorrem trechos do rio, inclusive nas proximidades da Garganta do Diabo, a principal queda dágua do Parque. O ponto culminante é o batismo dos turistas com um banho sob uma das corredeiras.
Trilha das Cataratas – Essa é uma das opções para visualizar as Cataratas de perto. São 1.200m de extensão percorridos em terreno com piso de concreto e degraus, com corrimões para a segurança dos visitantes. Existem diversos mirantes, um deles bem próximo às quedas, onde é possível se refrescar durante o verão. No final da trilha existe um elevador que dá acesso a um mirante panorâmico com vista para as Cataratas. Por lá também há uma loja de souvenir.
Porto Canoas – Neste ponto existe mais uma loja para comprar lembranças do parque. Também há uma lanchonete e o Restaurante Porto Canoas, onde o visitante pode almoçar num deque com vista para as quedas dágua.
Turismo de Aventura – No Parque Nacional existe a opção de praticar arvorismo, escalada, rapel e rafting no Campo de Desafios, localizado próximo ao elevador da Trilha das Cataratas. Já na Trilha do Poço Preto, próximo à entrada do Parque, o visitante percorre nove quilômetros a pé, de bicicleta ou em carro elétrico apreciando a natureza até chegar ao Rio Iguaçu. Lá há navegação em um barco a motor pelo alto do Rio, passando pelo Arquipélago das Taquaras, com a opção de passeio em ducks e snorkeling para observação da vegetação aquática.
Argentina
O Parque Nacional Iguazu tem mais atrações do que o vizinho brasileiro e o ideal é separar dois dias para conhecê-lo. O visitante terá uma interação maior com a natureza logo no começo das atividades, já que no lugar dos ônibus motorizados brasileiros, os argentinos usam um trem elétrico para chegar à maioria dos locais.
Entrada – Após a entrada do Parque existe um centro de interpretação com cartazes e maquetes que contam um pouco da história da região e onde é possível adquirir um mapa. Nas proximidades também estão o Anfiteatro, um centro comercial e o restaurante La Selva, ótima pedida para o almoço com os tradicionais cortes de carne argentinos.
Para chegar às atrações existe a possibilidade de caminhar pelo Sendero Verde (Trilha Verde) ou pegar o Trem Ecológico de Selva na Estação Central. O visitante também tem a opção de fazer a trilha Sendero Macuco, que leva até o Salto Arechea, com alto nível de dificuldade.
Estação Cataratas – Quem escolheu a Sendero Verde ou o Trem de Selva chega à primeira estação, a Cataratas, onde há uma lanchonete, banheiros e ponto de encontro. Deste local é possível acessar uma trilha que chega aos Circuitos Superior e Inferior, um conjunto de passarelas e degraus que levam o visitante às proximidades de diversas quedas dágua.
Isla San Martin – Para aqueles que tiverem energia podem seguir até o fim do Circuito Inferior e atravessar de barco o Rio Iguazu até a Ilha San Martin. Por lá o visitante percorre mais algumas trilhas para chegar perto de saltos exclusivos do lado argentino, como o Salto que leva o nome da ilha e o Salto Escondido.
Garganta do Diabo – De volta ao Circuito Inferior pode-se retornar à Estação Cataratas e pegar o trem até a estação Garganta do Diabo, onde antes do início da trilha existe um local com lanchonete, banheiros e loja de souvenir. O turista caminha por passarelas suspensas até chegar à Garganta do Diabo, de onde se pode visualizar o Parque brasileiro do outro lado das Cataratas.
Gran Aventura – Parecido com o Macuco Safari do lado brasileiro, este é um passeio de lancha pelo Rio com direito a passagem sob as cataratas. Existem três opções para chegar ao porto: do centro de visitantes e da estação central saem caminhões 4X4 com destino ao Porto Macuco, ou pode se pegar uma trilha que inicia na Estação Cataratas.
Passeio Ecológico – Trata-se de um passeio em barcos infláveis percorrendo o Rio Iguazu da Garganta do Diabo até o Porto Três Marias. São 2,5 quilômetros num percurso tranquilo com a possibilidade de observar a fauna e flora locais. A chegada acontece no Porto Três Marias, de onde saem veículos elétricos para retornar à Estação Cataratas.
Passeio da Lua Cheia – Em algumas noites de lua cheia o Parque oferece um passeio noturno pela trilha que leva à Garganta do Diabo. Existe a opção de contratar a atividade com ou sem jantar no Restaurante La Selva.
Este texto foi escrito por: Alexandre Koda/ Webventure
Last modified: agosto 8, 2015