Foto: Pixabay

Por falta de atenção selfies matam mais do que ataques de tubarões

Um dos fatores que mais acarretam acidentes em áreas remotas é a falta de percepção de risco por parte dos praticantes de esporte ou turismo de aventura em geral. Ou seja, a falsa percepção da realidade perigosa pode gerar acidentes graves.

Muitas pessoas não prestam atenção aos perigos potenciais em seu entorno. Foto: kuzmichstudio - fotolia Muitas pessoas não prestam atenção aos perigos potenciais em seu entorno. Foto: kuzmichstudio – fotolia

Exemplo disto é que recente matéria publicada no meio jornalístico mundial revelou o fato de que a prática do chamado selfie (fazer registros fotográficos sem auxílio de terceiros, apenas empunhando a própria câmera e capturando a imagem pessoal), vem sendo apontada como a causa de inúmeras mortes. Demonstrando que muitas pessoas não prestam atenção aos perigos potenciais, que estão no seu entorno, quando pretendem registrar estas imagens para posterior divulgação nas mídias sociais.

São vários os motivos pelos quais as pessoas podem se comportar de forma descuidada em ambientes naturais. Alguns deles: por pensar que não vai acontecer nada de ruim; achar que é um “heroi” que revolve tudo e supera qualquer obstáculo; imaginar que as coisas não vão acontecer porque é especialista na área, e “mata no peito” qualquer desafio; ou simplesmente não ter mesmo noção dos perigos envolvidos em uma simples atividade realizada ao ar livre, afastada dos centros urbanos.

Outro exemplo clássico da falta de percepção de riscos é como, de forma totalmente displicente, muitas pessoas se aproximam perigosamente de encostas montanhosas ou da beirada de cachoeiras para ter um visual melhor.

Muito comum também são aqueles que compram um “kit rapel” (capacete, corda, cadeirinha, freio oito e um mosquetão) e, mesmo sem terem um treinamento adequado mínimo, saem por aí fazendo rapel em tudo que é lugar possível. Seja em uma via de escalada, em uma ponte ou ribanceira.

Ter cautela durante a realização de atividades em ambientes naturais e remotos não significa ser medroso ou covarde. Mas sim demonstra prudência e consciência da percepção de que o risco está sempre presente. Risco real que não pode ser eliminado, mas apenas controlado, ou quando muito, em alguns cenários, isolados.

Os ecoturistas genericamente falando precisam ter a percepção destes riscos.

Este texto foi escrito por: Sergio Netto

Last modified: novembro 30, 2015

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Redação Webventure
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