Benedict Colin Allen nasceu no dia primeiro de março de 1960 na Inglaterra, é um escritor, viajante e aventureiro, conhecido por sua técnica de interagir muito bem em tribos indígenas e aprender técnicas de sobrevivência para viagens perigosas, em lugares desconhecidos.
Quando era criança, foi a uma expedição para buscar fósseis em Dorset, Inglaterra. Seu pai Colin Allen, piloto que ensinou o príncipe Philip a voar, trouxe dessa expedição alguns presentes exóticos e isso fez com que o pequeno Benedict tivesse a sensação que existia um mundo muito interessante esperando para ser explorado por ele.
Em seu último ano na faculdade se juntou a três expedições científicas. Depois de publicar cinco livros descrevendo suas viagens por regiões pouco exploradas da Amazônia, Nova Guiné e Sumatra nos anos 90, passou a estudar maneiras de filmar essas viagens para que outras pessoas pudessem não só ler o que passou, mas ver as mesmas coisas. Isso fez com que Benedict se tornasse o primeiro (e único por alguns anos) aventureiro na televisão.
Aventuras
Enquanto ainda estudava, participou de uma expedição científica para um vulcão na Costa Rica, para uma floresta remota no Brunei e – como líder – para uma geleira na Islândia. Ele continuou a estabelecer sua reputação através de uma série de jornadas ousadas e independentes para atravessar as regiões menos conhecidas da Amazônia e Nova Guiné.
Além disso, fez o primeiro contato com dois povos muito perigosos e que nunca haviam tido contato com nada nem ninguém fora de suas terras, os Obini e os Yaifo. Junto com Ranulph Fiennes, ele é considerado um dos 10 maiores exploradores britânicos da atualidade, os dois são os únicos que ainda estão vivos desta lista.
Ele passou a desenvolver a técnica de auto-filmagem durante suas expedições imersivas e foi descrito como “Parte da história da televisão”, pelo ex-diretor-geral da BBC Mark Thompson. Allen atravessou o nordeste da bacia amazônica em 1983 a pé e de canoa.
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No Papua Ocidental e Papua Nova Guiné ele voou para comunidade indígena Obini em Irian Jaya. Participou da cerimônia de iniciação masculina de seis semanas da tribo Niowra. Em Siberut e Sumatra, investigou o homem macaco “Orang pendek”. Também cruzou a cordilheira central da Nova Guiné e o Estreito de Torres para a Austrália. Depois fez o primeiro contato com a tribo Yaifo, na Nova Guiné.
O aventureiro atravessou a bacia amazônica em seu ponto mais largo, do Equador, através da selva de planície para Mato Grosso, no Brasil, ajudada pelos índios Matses. No deserto da Namibia (1995), ele passou três meses e meio viajando com três camelos, aprendendo com a tribo nômade de Himba como sobreviver com pouca comida ou água.
Atravessou o deserto de Gobi em cinco meses e meio, a cavalo e camelo. No Mato Grosso, investigou a história dos índios de Kalapalo sobre o desaparecimento do explorador coronel Fawcett. Tentou atravessar o estreito de Bering. Visitou curandeiros espirituais, incluindo os feiticeiros Voodoo no Haiti, os Mentawai na Indonésia, o Huichol do México e os xamãs na Sibéria (Last of the Medicine Men).
Perdido na selva
Em sua mais recente aventura explorador estava viajando sozinho para tentar reencontrar a tribo de Yaifo, que conheceu há 30 anos. Ele deveria ter voltado para casa dia 13 de novembro, mas não apareceu para embarcar no voo e faltou às conferências marcadas, o que gerou preocupação por parte da família, que deu o alerta às autoridades. Na última publicação que tinha deixado no Twitter, o homem dizia estar a caminho do aeroporto de Heathrow para iniciar a viagem e que podia estar ausente algum tempo: “Não tentem resgatar-me, por favor, nunca me vão encontrar…”
O explorador foi encontrado três dias depois de perder um avião que deveria levá-lo a Hong Kong, para uma conferência. Apesar de garantir não estar perdido, o explorador, que foi salvo por um helicóptero pago pelo jornal Daily Mail, fez um testamento-vídeo para ser entregue à família.
Durante a expedição aconteceram vários percalços. As coisas começaram a ir mal. Caíram muitas tempestades, uma ponte de corda que deveria atravessar foi levada, por isso atrasou a viagem. Depois Allen começou a sentir os sintomas da malária. Sua rede anti-mosquitos não estava funcionando e os comprimidos estavam encharcados, por isso não pode iniciar o tratamento. Depois, a gota d’água foi quando ele descobriu que havia uma guerra, os índios estavam lutando e ele não podia passar.
Foi nessa altura que o explorador caminhou até à pista de aviação, onde o helicóptero o avistou, na esperança de apanhar um aparelho para o outro lado da floresta. Mas garantiu que conseguiria fazer o resto do caminho a pé. Depois de tudo isso ele passou o início de 2018 com sua família se recuperando de tudo isso.
Last modified: janeiro 8, 2018