Só quem já saltou de paraquedas sabe a sensação incrível que é voar em queda livre, são poucos segundos, mas que parecem uma verdadeira eternidade. Para quem não consegue ficar sem a emoção, uma alternativa é fazer o curso de salto individual ou seguir carreira, como os instrutores.
Pode parecer loucura, mas um instrutor chega a fazer mais de 10 saltos por dia. João Paulo Yida fez um salto duplo pela primeira vez em 2018, em 2012 tornou-se atleta e não pensa em parar, um verdadeiro amante de esportes radicais. “Costumo praticar wakeboard e skate mensalmente, quando consigo faço snowboard e mergulho com cilindro”.
Erico Azambuja é outro apaixonado pela adrenalina. “Comecei como dobrador de paraquedas em 1996, mas ainda não saltava. No ano seguinte iniciei no esporte e hoje tenho 9.691 saltos e 21 anos de carreira. Sou instrutor de salto duplo, da AFF (curso de 1º salto), instrutor avançado, cameraman e piloto de paraquedas radical (swoop)”, conta.
“Fiz o curso em Boituva, interior de São Paulo, onde está o centro nacional de paraquedismo. Naquela época era tudo mais demorado, porque não tínhamos tanto recursos, hoje o aluno faz o curso inteiro em uma semana”, lembra. “Salto pelo Brasil todo, mas já passei temporadas na China, Estados Unidos e outros países. O esporte traz uma das melhores sensações da vida. Todos deveriam fazê-lo pelo menos uma vez. É um gostinho de liberdade maravilhoso”, diz o instrutor da escola Skydive Boituva, que tem diversos primos também paraquedistas.
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Vivendo de emoção o que Erico mais gosta é realizar o sonho das pessoas. “O salto duplo costuma ser o mais emocionante tanto para mim, quanto para quem o faz”, mas ele para por aí: “não pratico outros esportes radicais, o paraquedismo já é muita adrenalina”.
O que é preciso para fazer o salto individual?
Primeiramente você deve procurar uma escola que tenha a autorização para te capacitar nesse tipo de salto. O curso básico é chamado de AFF (Acelereted Free Fall), ele foi desenvolvido nos Estados Unidos e é considerado o mais moderno e seguro método de instrução nesse esporte.
A parte teórica consiste em 10h de aulas sobre todas as técnicas necessárias para ter segurança no esporte. Isso inclui o funcionamento do paraquedas, suas partes, posição de queda livre (box-position), acionagem e pilotagem (navegação) e procedimentos diante de emergências.
Algumas escolas oferecem até mesmo salto duplos de instrução, que não são obrigatórios, com o objetivo de ambientar o aluno. É opcional, mas costuma ser recomendado antes da execução da parte prática.
A prática para formação consiste em 7 níveis. Nos três primeiros o aluno salta com equipamento (paraquedas) individual, acompanhado por dois instrutores em queda livre. Do nível 4 ao 7 será acompanhado por um instrutor.
Após o pouso, ocorre o briefing, ou seja, a observação e avaliação geral do salto através das imagens, tanto por parte dos instrutores como do próprio aluno. Se os objetivos primordiais não forem atingidos, torna-se necessária a repetição do nível.
Após concluir o programa AFF, o aluno começa a saltar solo (sem acompanhamento do instrutor) e, de acordo com as preferências no esporte, poder ser orientado a continuar praticando e fazendo treinamentos de aperfeiçoamento.
O curso teórico e prático sai em uma média de R$ 4 mil e o tempo de formatura vai depender apenas da disponibilidade do aluno e das condições climáticas.
Last modified: fevereiro 28, 2018