A diferença dos bordos (foto: Divulgação)
Você matriculou-se ou já começou algum curso de vela, como havia pedido? Tentou identificar algumas coisas que você gosta ao velejar – a paz, a tranqüilidade, o barulho da água batendo no leme?Aliás, você sabe o que é leme?
Para conseguir orientar a direção de um barco a vela usa-se o leme, que é uma peça destinada ao governo de uma embarcação. É um equipamento submerso e normalmente ligada ao casco no painel de popa (favor rever a coluna anterior). É mudando a direção do leme que alteramos o rumo, ora para bombordo, se o leme for deslocado para a esquerda, ora para estibordo, se for deslocado para a direita.
O leme é manobrado por uma roda ou uma cana do leme que o faz girar em torno de um eixo alterando assim a sua posição. Quando se usa uma roda de leme a atuação é semelhante ao volante de um automóvel, mas o uso da cana do leme é bem diferente e é sempre feito no sentido contrário, relativamente ao lado para onde queremos virar.
O leme é constituído, no mínimo, pelas seguintes partes: madre, cabeça e porta do leme.
Para que você consiga gravar e memorizar, a lado esquerdo da ser humano é o lado do coração, o lado bom, bom bordo, bombordo, será sempre o lado esquerdo do barco, quando estamos olhando o barco da popa para a proa. E o Boreste, ou estibordo, será conseqüentemente, o lado direito.
A natureza – O meio-ambiente onde uma embarcação se desloca tem influência no seu andamento. Existem forças externas, como as correntes e o vento que provocam um abatimento ou deriva no rumo da embarcação. É como se o barco escorregasse um pouco, andando meio de lado. Não podemos neste caso aproar, colocar a proa do barco em direção do nosso destino, diretamente, pois será preciso escolher uma direção cuja resultante seja em função da força da corrente, velocidade do barco e distância a percorrer. Podemos definir Vento como o deslocamento de ar causado pela diferença de pressão entre as camadas quentes e frias.
Nas embarcações a vela o principal meio de propulsão é o vento. Aqui vamos imaginar desde o mais fraco de todos os ventos, aquele que sequer move as folhas da arvores, aos furacões e vendavais. Fique certo que sempre seremos brindados por esta força, que jamais se esgota. De uma forma simplista, digamos que o vento é o combustível de um veleiro e as velas o seu motor.
Conseguir fazer o barco desenvolver melhor numa regata é como se fossemos regular o motor. A arte de velejar é definida como a arte de manobrar as velas em função do vento, direção e intensidade, com o rumo que queremos seguir.
Este texto foi escrito por: Ricardo Dubeux, especial para o Webventure