Colombianos da Adventure Bosi no PC 6. (foto: Gustavo Mansur)
Em dois dias de EMA 2001 já surgiram pelo menos três diferentes líderes. Neste segundo dia de disputas, com a surpreendente desistência da Subaru, outras equipes que também vieram de fora arrebataram a primeira colocação.
No início do dia a colombiana Adventure Bosi tomou a frente no Posto de Controle 6, seguida de perto pela Tribo dos Pés/Brasil 500 Anos (ex-Fantástico), que mostrou grande recuperação depois de ficar entre as últimas logo na primeira etapa, de natação. A tática deles foi não parar para dormir no posto, que era também a Área de Transição de bike para o trekking.
A Lontra Radical, que também vinha num ritmo forte, fez sua pausa. Dormiu e o navegador Luís Antonio aproveitou para se reidratar. Ele teve de tomar soro antes de partir para a etapa seguinte. A AXN Atenah e a finlandesa Nokia saíram quase junto com eles do PC 6, por volta das 5 horas. A trajetória até o posto 7 era de área mais devastada, sem que houvesse árvores para fazer sombra no caminho.
Ritmo lento – Quem chegou primeiro ao PC7 foi a uruguaia Dark Dog, seguida, nesta ordem, por Adventure Bosi, Lontra Radical, A.P.N. (Finlândia), Scott , AXN Atenah, Tribo dos Pés e a Nokia. Até as 22h nenhum outro time havia chegado ao posto, o que leva à conclusão de que o ritmo da prova está mais lento do que o esperado.
O pior trecho de trekking ainda está por vir: entre os PCs 9 e 10 o ambiente será de mata fechada, sem trilhas e sem pontos de referência. É nele que as equipes devem gastar mais tempo e muitas poderão se perder. Em virtude disso, a organização da EMA já estima que os times mais adiantados só cheguem à etapa de duck (PCs 13 a 17) na noite de quarta-feira.
Sem incidentes – O médico da prova, Clemar Corrêa, considera incrível que até então não tenha acontecido nenhum incidente com os animais perigosos da Amazônia durante a corrida. No trekking de ontem (entre os PCs 3 e 4), eles passaram por locais perigosos, onde vivem, por exemplo, a cobra mais venenosa do mundo, a surucucu, os peixes elétricos (puraquês), arraias, etc. Deus foi grande, os moradores locais não acreditam que esse povo todo tenha passado ileso por lá, conta. Só o pessoal de Manaus (equipe Samuel Hanna/AGAM), que já tem o olhar mais treinado, relatou que viu piranha e cobras no trecho.
Segundo informações da organização, o time Samuel Hanna/AGAM relatou que, antes do PC4/AT5, foi emboscado por três cobras, mas não houve nenhum contato. A estratégia da equipe era cortar caminho por um rio que julgava seco, mas as águas estavam cheias de piranhas e jacarés. Por fim, eles optaram por margear o rio até poder cruzá-lo e saíram logo em direção ao PC 5.
Colaboraram: Gustavo Mansur e Massimo Desiati, de Monte Alegre (PA).
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Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira