São Paulo – Veja a história dos 25 anos do Rally Paris-Dakar. A reportagem especial mostra os principais fatos que marcaram cada edição.
Rally Paris-Dakar 2003
De 01 a 19 de janeiro
Roteiro: França e Espanha (Europa) e Tunísia, Líbia e Egito (África).
Carro, moto e dois caminhões, sendo um de competição e outro de assistência
A edição 2003 estará comemorando 25 anos do Rally Paris-Dakar e terá um roteiro completamente diferente, mudando o rumo final da caravana. No lugar das praias de Dakar, a capital do Senegal, nas margens do Oceano Atlântico, o destino será o Mar Vermelho, nas praias de Sharm el Sheikh, no Egito. A prova terá início na noite do dia 1º de janeiro de 2003, em Marselha, na França. Os competidores passarão por cinco países da Europa e África (França, Espanha, Tunísia, Líbia e Egito).
Raio-X da prova
4 dias na Europa: dois na França e dois na Espanha
01/01 – Largada
02/01 – Uma etapa especial (cronometrada) na França
03/01 Uma especial (cronometrada) em Castellon, na Espanha, próximo a Valencia
04/01 Embarque na Espanha para a Tunísia (África)
05/01 Desembarque na cidade de Tunis
13 especiais na África (de 6 a 19 de janeiro)
Uma etapa em forma de laço largada e chegada no mesmo lugar
Duas etapas Maratona sem a presença dos veículos de assistência
Um dia de descanso
19/01 Chegada em Sharm el Sheikh, no Egito
O Dakar, ano a ano
A História – Em 1977 o francês Thierry Sabine se perdeu no deserto da Líbia enquanto disputava o Rally Abidjan-Nice na categoria motos. Depois de ficar alguns dias completamente sozinho ele foi resgatado por uma aeronave. Ele voltou para a França enfeitiçado pelo deserto. Prometeu que dividiria essa paixão com o máximo de pessoas possível. Sabine imaginou uma rota começando na Europa e cruzando desertos e terminando em Dakar. O projeto foi tomando forma rapidamente.
Os nomes das cidades de largada e chegada da competição, Paris e Dakar, se tornariam conhecidos nos quatro cantos do mundo como a maior prova off road já criada pelo homem. O Dakar abriu as portas para um mundo desconhecido, a África. “O Paris-Dakar é um desafio para os que vão. Um sonho para os que ficam, disse Thierry Sabine.
O Primeiro Ano 1979
Paris-Dakar
França, Argélia, Niger, Mali e Senegal
Total: 10.000 km
No dia 26 de dezembro de 1978 Thierry Sabine viu o sonho dele se tornar realidade com a largada do primeiro Dakar, na Place du Trocadéro, em frente à Torre Eiffel, na capital francesa. Cento e setenta concorrentes partiram para a aventura num percurso de 10.000 quilômetros pela França, Espanha, Argélia, Niger, Mali e Senegal.
Nesta primeira edição motos, carros e caminhões competiram em uma categoria única e o campeão foi um jovem piloto ainda desconhecido chamado Cyril Neveu, com uma motocicleta Yamaha XT 500. “Eu tinha 21 anos, possuía experiência na África com o Rally Abidjan-Nice. Eu era como todos os outros: um novato que pegou no guidão de uma XT 500. Nesta primeira experiência a descoberta da possibilidade de ultrapassar os próprios limites estava em primeiro plano. Com certeza, este primeiro Dakar mudou a vida de cada competidor.
1980
Paris-Alger-Dakar
França, Argélia, Mali, Niger, Burkina, Mali e Senegal
Total: 10.000 km
O Dakar obteve imediatamente um grande sucesso e foi uma paixão total tanto para os competidores como também para os organizadores. As grandes marcas participantes naquele ano eram Yamaha, Volkswagen, Lada e BMW. Cyril Neveu ganhou pela segunda vez consecutiva com uma Yamaha. Na recém-criada categoria carros, Freddy Kotulinsky e Luffelman, de Volkswagen, foram os vencedores. E nos caminhões Ataquat/Boukrif/Kaoula ganharam com a marca Sonacome.
1981
Paris-Alger-Dakar
França, Argélia, Mali, Burkina, Costa do Marfim e Senegal
Total: 10.000 km
Se o ano da primeira edição do rali foi sem dúvida o mais marcante, 1981 foi o mais emocionante. A prova atraiu multidões. O embarque dos veículos para a África foi um espetáculo à parte. Todos os tipos de veículos estavam presentes na largada (4×4, buggies, side-cars), alguns inesperados como, o Rolls-Royce de Thierry de Montcorgé ou o Citroën CX de Jacky Ickx e de Claude Brasseur.
“Reunir” era a vontade de Thierry Sabine, mas “prudência” também era a palavra de ordem, como mostra Michel Merel. “A pista é como o mar: não se brinca com ela”. Hubert Auriol, atual diretor do Dakar, venceu a prova na categoria moto com uma BMW e a lenda começava a ser escrita. A dupla Metge/Giroux, de Range Rover, foi a ganhadora nos carros.
1982
Paris-Alger-Dakar
França, Argélia, Mali e Senegal
Total: 9.393 km
A largada foi dada na Place de la Concorde, em Paris. 382 competidores estavam presentes no início da prova, isto é, mais que o dobro em 1979. Os irmãos Marreau, conhecidos como “as raposas do deserto”, venceram com um Renault 20. Cyril Neveu continuava crescendo. Ele venceu o Dakar com uma moto Honda e deu ao grupo japonês a primeira de várias vitórias. A edição foi marcada pela presença do filho da primeira-ministra inglesa Margareth Thatcher, Mark Thatcher, que se perdeu durante a prova.
1983
Paris-Alger-Dakar
França, Argélia, Niger, Costa do Marfim, Mali, Mauritânia e Senegal
Total: 10.000 km
Pela primeira vez o deserto de Ténéré foi cruzado pelo rali e as paisagens fizeram com que todos os competidores e espectadores sonhassem, como Thierry Sabine. Mas os elementos naturais fizeram um grande estrago: pegos por uma terrível tempestade de areia, sem nenhuma visibilidade, quarenta competidores ficaram perdidos. Felizmente, todos foram salvos em quatro dias.
“Thierry Sabine nos dava a impressão de ser Deus, nos olhando do helicóptero, indo atrás dos que estavam perdidos, disse Nicole Maitrot, que competiu naquele ano. Estes pequenos episódios, entretanto, serviram para reforçar a lenda do Dakar e a grandiosa vitória de Hubert Auriol, que ganhou a etapa no deserto de Ténéré com mais de uma hora de vantagem para os outros competidores com uma moto BMW. Na categoria carros, a vitória ficou com a dupla Ickx/Brasseur (Mercedes). Groine/De Saulieu/Malferiol foram os melhores com caminhões (Mercedes).
1984
Paris-Alger-Dakar
França, Argélia, Niger, Burkina, Costa do Marfim, Guiné, Serra Leoa e Senegal
Total: 12.000 km
Com a idéia de “fazer com que os que ficaram sonhassem ainda mais”, Thierry Sabine decidiu quebrar fronteiras. Para dar à competição uma nova dimensão, ele conseguiu o impossível: o rali passou pelo Guiné, Sierra Leoa e Mauritânia. O número de inscrições cresceu e chegou a 427. A atenção dos espectadores ficou voltada para a corrida dos carros: Jacky Ickx convenceu a Porsche a inscrever uma equipe. Os grandes vencedores foram Metge/Lemoyne (Porsche), na categoria carros, e Gaston Rahier na categoria motos com uma BMW. Na categoria caminhões, a vitória ficou com a dupla Lalleu/Durce (Mercedes).
1985
Paris-Alger-Dakar
França, Argélia, Niger, Mali, Mauritânia e Senegal
Total: 14.000 km
A largada foi em Versailles, cidade próxima a Paris. O Mitsubishi Pajero obteve uma excelente performance e esta foi apenas a terceira participação do carro. Patrick Zaniroli e o navegador Jean Da Silva escaparam de todas as armadilhas na Mauritânia e deram à montadora japonesa a vitória. Hubert Auriol deixou a moto BMW e formou a equipe Ligier-Cagiva. Gaston Rahier repetiu o sucesso com uma BMW e terminou na primeira posição nas motos. A marca Mercedes, na categoria caminhões, consagrou-se campeã com a dupla Capito/Capito.
1986
Paris-Alger-Dakar
França, Argélia, Niger, Mali, Guiné, Mauritânia e Senegal
Total: 15.000 km
O ano sombrio. O pai do Paris-Dakar, Thierry Sabine, o cantor francês Daniel Balavoine, a jornalista Nathaly Odent, o piloto de helicóptero François Xavier-Bagnoud e o técnico de rádio Jean-Paul Le Fur morreram em um acidente de helicóptero. Diz a história que na hora do acidente acontecia uma tempestade de areia. Patrick Verdoy e Gilbert Sabine, pai de Thierry, assumiram o comando do rali. Cyril Neveu ganhou nas motos com uma Honda e nos carros a dupla Metge/Lemoyne (Porsche) venceu a prova. As cinzas de Thierry Sabine foram jogadas no deserto.
1987
Paris-Alger-Dakar
França, Argélia, Niger, Mali, Mauritânia e Senegal
Total: 13.000 km
O rali sobrevive. Gilbert Sabine assumiu o controle da prova com a ajuda da dupla Verdoy-Metge. Metge hoje organiza o Master Rally, que ficou famoso em 1995 quando fez o percurso Paris-Moscou-Ulan Bator-Pequim, da França até a China. O Dakar não parou de se desenvolver, especialmente com a chegada de uma nova montadora, a Peugeot. Ari Vatanen e Bernard Giroux venceram a categoria carros. Hubert Auriol, Cyril Neveu e Gaston Rahier brigavam pelo título na categoria moto. Perto da vitória, Hubert Auriol foi vítima de uma terrível queda e quebrou os dois tornozelos. Cyril Neveu venceu pela quinta vez o Paris-Dakar. O trio De Rooy/Geusens/Van ganharam nos caminhões com um DAF.
1988
Paris-Alger-Dakar
França, Argélia, Niger, Mali, Mauritânia e Senegal
Total: 12.874 km
Todos os recordes batidos! Este ano, o número de participantes passou de 600. Um ótimo sinal para o rali que estava completando 10 anos. Devido ao terrível acidente com o protótipo DAF, cujo navegador alemão Van Loevezijn morreu, Jan de Rooy retirou a equipe da prova. Ainda mais que aproximadamente 100 competidores abandonaram a competição antes da etapa de El Oued, que era particularmente árdua. Ari Vatanen teve seu veículo, um Peugeot 405 T16, roubado. Até hoje essa história protagonizada por Vatanen ainda gera versões diferentes. A dupla Kankkunen/Pironen venceu nos carros com um Peugeot e Edi Orioli foi o vencedor entre as motos com uma Honda. Os checos Loprais/Stachura/Muck, de Tatra, levaram o título nos caminhões.
Os brasileiros André Azevedo e Klever Kolberg fazem a primeira participação no Dakar, na categoria Motos Maratona. Ambos abandonaram sem concluir o percurso.
1989
Paris-Tunis-Dakar
França, Espanha, Tunísia, Líbia, Niger, Mali, Guiné e Senegal
Total: 10.831 km
Ari Vatanen teve a sua vingança ganhando a prova na categoria carros com um Peugeot 405 T16. A grande novidade foi o percurso na Líbia. Neste ano, a Yamaha investiu todo o dinheiro num jovem piloto: Stéphane Peterhansel. Nos carros, de Peugeot, venceu a dupla Vatanen/Berglund e nas motos o francês Lalay (Honda) foi campeão.
André Azevedo e Klever Kolberg voltam a participar da prova, mas não terminam.
1990
Paris-Tripoli-Dakar
França, Líbia, Niger, Chade, Mali, Mauritânia e Senegal
Total: 11.420 km
De volta à Líbia, os 465 competidores encontraram um deserto cheio de armadilhas. “O deserto, à noite, é sempre impressionante. Você não ouve nada. É um vazio absoluto”, diz Stéphane Peterhansel, piloto de moto. Desde a segunda etapa, a equipe Mitsubishi vê a vitória se perder no ar. Todas as esperanças ficaram para a Peugeot, que contabilizou o primeiro lugar no Dakar pela terceira vez. Na categoria motos, Edi Orioli ficou na primeira posição com uma Cagiva. Hubert Auriol continuou inovando, desta vez correndo com um buggy.
André Azevedo foi o primeiro sul-americano a subir ao pódio do Dakar, sendo vice-campeão na categoria Motos 600cc.
1991
Paris-Tripoli-Dakar
França, Líbia, Niger, Mali, Mauritânia e Senegal
Total: 9.186 km
Na categoria moto, Stéphane Peterhansel deu mais uma vez a vitória para a equipe Yamaha. Infelizmente a euforia do resultado de Peterhansel foi encurtada pelo trágico acidente que tirou a vida de Charles Cabanne, piloto de um dos caminhões de assistência da Citroën. Nos carros, a dupla Vatanen/Berglund de Citroën é campeã.
André Azevedo conquista o título de campeão na categoria Motos Maratona e é o primeiro não-europeu a vencer uma categoria. Klever Kolberg cai quando era segundo e tem uma fratura exposta no braço direito.
1992
Paris-Sirte-Le Cap
Líbia, Niger, Chade, República da Africa Central, Camarões, Gabão, Congo, Angola, Namíbia e África do Sul
Total: 12.427 km
Mudança de direção do rali. A largada foi no Château de Vincennes, e Gilbert Sabine, que queria dar uma nova vida à competição, decidiu mudar a chegada. O Paris-Dakar tornou-se o “Paris-Le Cap” e forneceu aos competidores um cenário de tirar o fôlego. Apesar da mudança de direção, muita coisa não saiu como planejado: uma tempestade de areia, Chades em guerra, um rio inundado na Namíbia: os elementos naturais explodiram. Entretanto, os problemas não impediram Hubert Auriol de obter uma incrível vitória nos carros: “Foi a melhor. Ser o primeiro na categoria carro, após ter vencido duas vezes nas motos, é maravilhoso”. Na categoria moto, Stéphane Peterhansel confirmou o título. Uma grande novidade também marcou este Paris-Dakar: a chegada do GPS!
Klever Kolberg foi sétimo colocado na categoria Motos Maratona. Desta vez é André quem sofre um acidente e abandona a prova com o pulso esquerdo quebrado.
1993
Paris-Dakar
França, Marrocos, Argélia, Mauritânia e Senegal
Total: 8.877 km
O rali volta ao seu percurso original com a largada no Trocadéro e chegada em Dakar, mas o número de inscritos não foi compatível ao número de competidores presentes na largada. Já em relação ao percurso, as dunas de El Goléa foram tão horríveis quanto às de Agadem ou de El Oued. Alguns competidores ficaram presos na areia. Hubert Auriol teve problemas nas dunas da Mauritânia. Bruno Saby, nos carros, e Stéphane Peterhansel, nas motos, terminaram na primeira posição. Gilbert Sabine foi, mais uma vez, o diretor da prova. A lenda continua.
Ótimos resultados para o Brasil: Klever Kolberg foi campeão na categoria Motos Maratona e quinto na geral. André Azevedo chegou em terceiro e completou o pódio com Klever.
1994
Paris-Dakar-Paris
França, Espanha, Marrocos, Mauritânia e Senegal
Total: 13.379 km
O número de inscrições volta a subir. Gilbert Sabine e a equipe dele se retiram da organização da prova. O Paris-Dakar passa a pertencer ao grupo Amaury Sport Organisation (ASO). O percurso marca a primeira inovação do grupo: um Paris-Dakar-Paris. Presos, os carros não conseguiram ultrapassar os 70 quilômetros de dunas da especial Atar-Nouadhibou. A equipe Mitsubishi persistiu, enquanto a Citroën decidiu contornar a dificuldade. Os organizadores anularam a especial. A equipe Mitsubishi, que não conseguiria mais voltar, foi obrigada a continuar a travessia pelo conjunto de dunas. Isto levou cerca de 36 horas para terminar aquela etapa. Exaustos, os competidores não partiram para a especial seguinte. O diretor da equipe Mitsubishi decidiu retirar os seus carros da prova. Pierre Lartigue, com um Citroën, conquistou a primeira vitória dele. Edi Orioli venceu pela terceira vez nas motos. Loprais/Stachura/Kalina venceram nos caminhões.
André Azevedo foi vice-campeão na Maratona Monocilindro e Klever Kolberg foi quarto.
1995
Granada-Dakar
Espanha, Marrocos, Mauritânia, Guiné e Senegal
Total: 10.109 km
A edição deste ano teve início em Granada, na Espanha, e término em Dakar. A prova durou aproximadamente 15 dias. Hubert Auriol torna-se o chefe do Dakar e assiste as performances de Stéphane Peterhansel que, perto de abandonar a etapa de Ouarzazate, miraculosamente consegue chegar ao topo do ranking dois dias antes do término da prova. Ele foi o vencedor do Dakar. Na categoria carros, Pierre Lartigue é o vencedor e Bruno Saby terminou na segunda posição. Loprais e Stachura conquistam mais um título nos caminhões.
Klever Kolberg e André Azevedo abandonam a prova.
1996
Granada-Dakar
Espanha, Marrocos, Mauritânia, Guiné e Senegal
Total: 7.579 km
O mesmo percurso do ano anterior, mais competidores, a terceira vitória de Pierre Lartigue nos carros e a quarta de Edi Orioli, nas motos. Após um rali difícil, marcado pelo desaparecimento de Laurent Geugeun, piloto do caminhão de assistência, os vencedores fizeram parte dos “Clássicos do Dakar.” Sem Peterhansel, Orioli colocou em prática todo o seu conhecimento de África para fazer quase uma corrida perfeita. A prova, como de costume, forneceu esplêndidas paisagens: “Nós vivemos em um mundo triste. Precisamos escapar, descobrir, encontrar”, do ex-piloto de Fórmula 1 Patrick Tambay.
Klever Kolberg é o terceiro na categoria Motos Maratona. Jean Azevedo estréia na Equipe, obtendo a nona colocação na Motos Maratona. André Azevedo abandona.
1997
Dakar-Dakar
Senegal, Mauritânia, Mali e Niger
Total: 8.049 km
Pela primeira vez a prova saiu de Dakar, para uma volta Dakar-Dakar, com uma parada no Niger e o mítico deserto de Ténéré. Na categoria carro, a dupla Kleinschmidt-Boutaire ficou em quinto lugar. “Quando eu era a primeira mulher a vencer uma etapa do Dakar, pilotos de todas as equipes vieram me beijar e dar os parabéns. Naquele momento fora uma enorme felicidade. Eu senti muita amizade. Por isto o Dakar é formidável!”, disse a piloto alemã. Peterhansel conquistou a quinta vitória. A Shinozuka/Magne venceu entre os carros com Mitsubishi.
Jean Azevedo é campeão na categoria Motos Production e André Azevedo é vice-campeão na mesma categoria. Klever Kolberg estreou nos Carros, conquistando o oitavo lugar na Maratona ao lado do jornalista João Lara Mesquita.
1998
Paris-Granada-Dakar
França, Espanha, Marrocos, Mauritânia, Mali e Senegal
Total: 10.593 km
O Dakar completa 20 anos! A prova saiu de Versailles e cruzou a Espanha, terminando em Dakar. O percurso passava por muitas dunas e reencontrou nesta edição o espírito da prova: dificuldades, maratona. Fontenay/Picard venceu nos carros (Mitsubishi). Stéphane Peterhansel ganha pela sexta vez nas motos com Yamaha. Estes dez anos de Dakar foram os melhores da minha vida, disse Peter. Nos caminhões, Loprais/Stachura/Cermak foram os mais rápidos.
Klever Kolberg é o quinto colocado na categoria Carros Maratona. Jean Azevedo abandona e André Azevedo participa pilotando um carro de imprensa.
1999
Granada-Dakar
Espanha, Marrocos, Mauritânia, Mali, Burkina Faso e Senegal
Total: 9.393 km
Pela terceira vez na história do Dakar, a largada foi dada em Granada, na Espanha. O rali passou em seguida pelo Morrocos e depois pela Mauritânia. Durante a última etapa marroquina, Jutta Kleinschmidt estava no primeiro lugar da classificação geral. Na chegada do rali a Dakar, duas montadoras foram mais uma vez vitoriosas: a BMW triunfou nas motos com Richard Sainct e Jean-Louis Schlesser e Philippe Monnet venceram com um buggy 4×2. Karel Loprais, Radek Stachura e Joseph Kalina são os melhores de caminhão.
Klever Kolberg conquista o título de vice-campeão na categoria Carros Maratona e André Azevedo é terceiro colocado na Caminhões. Juca Bala atropela uma vaca e abandona a prova.
2000
Dakar-Cairo
Senegal, Mali, Burkina Faso, Niger, Líbia e Egito
Total: 7.863 km
A 22ª edição ofereceu uma surpresa no tamanho: o rali atravessou, pela primeira vez, a África de leste à oeste, do Senegal ao Egito. O número de inscritos (400) traduziu o entusiasmo que gerou este percurso. Mas o percurso teve problemas devido às ameaças terroristas e os organizadores, então, decidiram fazer uma ponte aérea no meio do percurso. A rota foi seguida pela Líbia, em direção ao Cairo, e tudo se desenrolou da melhor maneira possível. Dois vencedores ficaram célebres aos pés das pirâmides: Richard Sainct (BMW) e Jean-Louis Schlesser (carro). O russo Tchaguinev ganhou com um caminhão Kamaz.
Klever Kolberg é vice-campeão na Carros Maratona e André Azevedo terminou em quarto lugar na Caminhões. Juca Bala abandona.
2001
Paris-Dakar
França, Espanha, Marrocos, Mauritânia e Senegal
Total: 10.739 km
A edição 2001 foi baseada no sonho de colocar em prática os valores fundamentais do Dakar. Muitas coisas mudaram, como por exemplo a decisão de reduzir a assistência aérea (mecânicos), dando ênfase à assistência na própria pista. O percurso clássico, de norte ao sul, permitiu à T.S.O. (Thierry Sabine Organisation), empresa organizadora do Dakar, inovar em matéria de etapas, com muitas novidades. A vitória, pela primeira vez, foi para uma mulher: Jutta Kleinschmidt de Mitsubishi. Nas motos o título foi para o piloto italiano Fabrizio Meoni, de KTM.
Juca Bala vence na categoria Motos Super Production 400cc. Klever Kolberg e André Azevedo abandonam a prova.
2002
Arras-Madri-Dakar
França, Espanha, Marrocos, Mauritânia e Senegal
Total: 9.436 km
Pela primeira vez a largada do rali foi feita no início da noite, em Arras, e não mais na madrugada fria européia. A idéia deu resultado. A cerimônia foi acompanhada por uma multidão, que lotou a praça central da pequena cidade francesa. Klever Kolberg conseguiu o melhor resultado da história de uma equipe brasileira entre os carros: oitavo lugar na classificação geral e vice-campeão na categoria Carros Super Production Diesel. Luiz Mingione vence a categoria Motos Super Production para motos até 250cc e Juca Bala é vice-campeão da categoria Motos Super Production 400cc. André Azevedo termina na 11ª posição entre os caminhões. O japonês Hiroshi Masuoka venceu na geral dos carros com um Mitsubishi Pajero Full e Fabrizio Meoni conquistou o bicampeonato nas motos com KTM.
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Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro / Ana Carolina Vieira