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A importância de guias e operadoras responsáveis no rafting e nas técnicas verticais

Redação Webventure/ Montanhismo, Rafting e canoagem

Rafting exige experiência e preparo dos guias (foto: Arquivo Webventure)
Rafting exige experiência e preparo dos guias (foto: Arquivo Webventure)

Neste artigo, o canoísta e empresário Otto Hassler fala sobre segurança nos esportes de aventura, principalmente em rafting e na prática de rapel. Confira.

Esportes de aventura e, especificamente, o rafting, viraram moda no Brasil. Nos últimos anos surgiram inúmeras empresas em todo território nacional que oferecem estas atividades.

Cursos estão sendo oferecidos em todo lugar, muitos deles duvidosos e, praticamente, nenhum fiscalizado por algum órgão. Não é raro que alguém que faça um curso de técnicas verticais num fim de semana e se considere apto a levar turistas para praticar rapel. Qualquer pessoa que está há algum tempo no ramo já se declara um profissional e até consultor.

Ora, para ser um profissional apto a levar turistas para praticar qualquer esporte de aventura é necessário mais de um ano de treinamento. Além do curso do próprio esporte, outros também são importantes, como cursos de primeiros-socorros e resgate.

Um consultor, além de uma experiência de longos anos no esporte e administração de uma empresa do ramo, deverá ter também uma experiência de vida.

O barato que sai caro – Por causa do despreparo, muitas empresas de esportes de aventura abaixam o preço para atrair clientes e prejudicam outras que têm um custo mais alto, por terem se preparado melhor. Muitos brasileiros preferem economizar 5 reais e não estão conscientes do risco que essa atitude pode trazer para eles.

Será que uma empresa que oferece preços baixos investe no treinamento adequado dos guias e compra sempre os melhores equipamentos?

De todos os acidentes acontecidos nos últimos anos, somente dois ou três foram fatalidades, todos os outros foram provocados por falhas de equipamentos e, principalmente, por falhas humanas.

Uma pessoa se afoga num refluxo no Rio Paraibuna, porque não havia caiaque de segurança; uma menina morre no Bung Jump em Minas por falha de equipamento e outra menina cai num abismo de 70m num Rapel no Vale do Itajaí por falha do guia.

Quem leva muitas vezes o prejuízo, quando a mídia noticia esses fatos, são as empresas que trabalham com seriedade, sendo afetadas tanto comercialmente, como também, financeiramente.

O valor para praticar o rafting no Brasil é considerado um dos mais baixos do mundo e, por esta razão, não pechinche. Pense na sua segurança e ajude a levar o turismo de aventura a sério. Faça as suas atividades com empresas que trabalham com ética e com seriedade. Tenha um dia de emoção com a maior segurança possível.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: fevereiro 7, 2006

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