Renata e Luis comemora após sua primeira prova juntos (foto: Bruna Didario/ www.webventure.com.br)
Dia 12 de junho é celebrado o Dia dos Namorados no Brasil e assim como no trabalho, nas ruas e festas, pode-se encontrar o amor no esporte de aventura, em meio à lama, macacões e até mesmo dias sem banho. Aqui no Webventure acompanhamos as histórias de amor da Jaqueline Mourão (mountain bike), Suyanne Freitas e Bernardo Tillmann/ Nora Audrá e Ian Edmound (corrida de aventura) e das incontáveis competições de Doris e Willem van Hees. Provas de que realmente o amor supera os obstáculos. Conheça novas histórias dos competidores de aventura.
Nas corridas de aventura é muito comum o convívio diário, seja em treinamentos ou mesmo em competições. E a paixão pelo esporte acabou unindo Marcelo Sinoca e Elaine Pichiliani, que completaram no último dia 29 de maio seis meses de namoro. Ambos são atletas de longa data na modalidade e já corriam nas mesmas provas, e a Chauás em Botucatu (SP) foi o ponto de encontro. Eu estava correndo e ela começou a segurar minha mochila para ajudar e pensei epa, não sei não, hein?. Depois de um tempo, trocamos e-mails para marcar treinos, afinal, moramos perto um do outro e daí começamos a namorar, contou Sinoca.
A rotina esportiva do casal acaba sendo separada, por conta das diferenças nos treinamentos. Durante a semana ele treina sozinho, no ritmo dele; mas no fim de semana tem que me acompanhar, numa boa. Então não tem briga, sem discussões, explicou Elaine. O casal já competiu junto, mas em provas que acontecem no Estado de São Paulo, válidas pelo ranking paulista, a namorada de Sinoca tem que procurar uma equipe para se juntar. É cada um por si, mas torcendo um pelo outro.
Afinidades – É inegável a afinidade do casal seja competindo juntos ou separados. Na primeira etapa do Adventure Camp, Marcelo foi o campeão da categoria Solo e logo após a chegada ficou na expectativa da chegada de Elaine. Temos tanta afinidade que sabemos o que cada um quer apenas pelo olhar, as transições são rápidas com ela, o ritmo é bom. Ela é uma atleta forte, sim, e é um dos motivos pelo qual estou namorando com ela!, brincou Sinoca, que admite que as qualidades e defeitos da namorada se resumem à navegação. A qualidade é que ela confia muito quando estou navegando; e o defeito é que quando eu quero prestar atenção na navegação ela não pára de falar.
Elaine se rasga em elogios ao namorado, e precisou de um certo tempo para pensar nos defeitos. Ele é guerreiro até o final, não mede esforços para chegar onde quer em busca da vitória. Mas, às vezes ele está em uma pegada diferente da minha e ele quer que eu o acompanhe, ele esquece e acabou sempre lembrando ele, disse Pichiliani.
Entre qualidades e defeitos, a dupla sabe que a receita é única: o importante é a sintonia que temos dentro e fora da corrida.
Os cariocas Renata da Silva Leitão e Gustavo Luis Mercês de Alencar namoram há 8 anos e, por meio do esporte, também se conheceram. A paisagem? A Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Nos conhecemos não pelo intermédio da aventura, mas envolvidos na preparação dela. Eu remava na Lagoa Rodrigo de Freitas e ele pedalava em volta dela, contou Renata.
Luis admite que contou com uma ‘ajudinha’ para se aproximar da namorada. Acabamos sempre nos encontrando nos mesmos horários, ficávamos nos olhando na Lagoa, minha irmã a conhecia e me apresentou e começamos a namorar. E desde então pegamos onda, pedalamos e fazemos as corridas de aventura juntos. Ela é minha namorada e parceira de aventura.
O casal fez a primeira prova juntos, em dupla, na etapa de Visconde de Mauá (RJ) do Adventure Camp e foram os primeiros a completarem o percurso de cerca de 30 quilômetros. A comemoração foi em grande estilo, com muitos abraços e beijos. Pela primeira vez que ele faz corrida de aventura, só nos perdemos uma vez. Vimos muita gente perdida lá para trás. Tivemos algumas brigas, mas foi ótimo mesmo, disse Renata.
Luis é categórico ao dizer que o segredo para se ter harmonia é o companheirismo e a solidariedade. Estamos no mesmo barco, não tem jeito, vamos ter que relevar algumas coisas e bola para frente.
No off-road – Casados há 10 anos, Renato e Katya Rocha não se conheceram em prova nenhuma, não assistiam um a competição do outro e nem treinavam no mesmo local. Se conhecerem em uma festa e tinham um gosto em comum: viajar e ir para regiões serranas. Casaram-se e resolveram comprar um Troller em 2003, e a partir daí, a aventura entrou no sangue do casal.
Chegamos a competir em 2004 e desde então não largaram mais. Em 2009 foram os campeões da categoria Turismo da Copa Troller. O esporte nos uniu muito mais, pois dentro de uma competição há espaço para brigas, sim, mas elas servem para compartilhar idéias e saber o que acontece. Nos engrandece como casal e como competidores, disse Renato.
Renato admite que as competições fortalecem os laços do casal e as dificuldades são ultrapassadas junto de Katya. Precisa ter uma sinergia, uma capacidade de integração em um momento de dificuldade. União é a palavra-chave. Seja qual for a modalidade ou qual a prova, competir juntos é uma extensão do relacionamento. No fundo, se não há confiança plena, seja no casamento/ namoro ou nas disputas, isso acaba com a prova.
Este texto foi escrito por: Bruna Didario