Rio transbordando, caldos e portage quase forçado. Leia as histórias de quem esteve na primeira descida comercial do Macaé, no Rio.
“Na noite do último dia 8 de novembro, comecei a rezar para todos os santos para chover, pois o Zé Roberto Pupo, da Canoar, falou que sem água nao iria acontecer a primeira descida comercial para o rio Macaé (RJ). Acho que meu santo é forte, pois na quinta foi confirmada a viagem para o fim de semana e o feriado do dia 15.
Nosso grupo tinha mais de 30 pessoas, quase todos já tarimbados em rafting, e contava com os melhores instrutores, pois era a primeira descida e ninguém além deles conhecia o rio. No sábado, após quase oito horas de viagem e um café da manhã excelente, “caímos” na água, literalmente, pois eu desci naquele dia de “duck” – canoa de borracha para uma ou duas pessoas. Levei dois caldos, mas nada grave em meio à
uma região montanhosa lindíssima e com muito verde.
No domingo fiz um dos melhores rapel de minha vida, ao lado e uma cachoeira com mais de 20 metros. Para chegar até lá, não foi muito fácil, pois caminhamos por uma trilha um pouco fechada e, graças ao meu santo, debaixo de muita chuva. Isso prometia para a segunda-feira um excelente rafting classe IV e IV+ e foi o que aconteceu.
Às 7h30 já estavámos todos de pé, pois não parou de chover e rio estava “bombando”. Desta vez fui de bote junto com mais cinco sortudos e descemos um rio com muita água e corredeiras fantásticas, algumas tão fortes que tivemos que fazer “portage” – passar com os botes pelas pedras -, como na “Sala da Poltrona”.
Aconselho à todos que curtam um rafting de primeira a fazê-lo lá no Macaé. Um grande abraço a toda equipe Canoar que garantiu a segurança da descida. À todos os rafteiros, boas descidas!
Este texto foi escrito por: Webventure