Só tem uma definição para o que estamos passando, velejando com vento de popa agora e, segundo a previsão, por muitos dias mais: Felicidade. Mais uma vez nos demos bem com a meteorologia, aproveitando mais ventos do que estavam previstos. A combinação foi manter o nosso VO60 de pé embaixo, fazendo sempre mais do que 13 nós de velocidade.
Nesse momento estamos navegando com um vento de popa de 18 nós e com o nosso concorrente mais próximo a mais de 100 milhas de distância. Só posso ficar imaginando a felicidade maior de que essa possa ser uma declaração que eu possa repetir durante a Volvo Ocean Race!
Taticamente temos apenas uma longa reta nas próximas 400 milhas, e com o vento se mantendo essas milhas vão sumir muito rápido. Infelizmente para vocês que estão lendo e felizmente para nós aqui velejando não temos nem história, nem drama muito espetacular, nas últimas 24 horas, para compartilhar. A não ser talvez por um leve desentendimento com um alternador pra lá de quente apresentando um comportamento bem desonesto.
O Simeon Tienpoint e eu tivemos então que passar uma boa parte da tarde debruçados sobre ele. Fora isso tudo continua andando muito tranqüilo. Depois de uma bela manhã, ontem, aproveitando uma “brisa” de 30 nós de popa o vento gradualmente diminuiu e rodou para sudoeste enquanto a gente driblava a baixa pressão estacionada na costa da África.
Foram, então, diversas mudanças de velas durante a tarde toda, até que o vento voltasse a soprar em uma direção estável. A noite trouxe uma neblina leve que durou até o dia amanhecer quando o vento levantou de novo. Sopra agora de norte-noroeste e assim que algo de espetacular acontecer, prometo informar.
O Seb está mandando um “hellow” para vocês lá do beliche dele… Apesar da performance do nosso VO60 não ser parecida com aquela dos novos V70, ele reconhece que esses “burricos de carga” não são assim tão ruins quando o vento dá as caras…
Saudações,
Si Fi
Este texto foi escrito por: Simon ´Si Fi` Fisher, navegador do barco ABN AMRO 2
Last modified: junho 10, 2005