ABN AMRO V60 liderando a Route de l´Equateur (foto: Divulgação/ Team ABN AMRO)
Olá pessoal,
Seguimos em uma navegação paralela à costa fazendo modestos cinco nós enquanto achamos nosso caminho através da calmaria da ZCIT, o que nós ingleses chamamos de Doldrums. Ao lado desses ventos muito fracos temos um calor insuportável dentro do barco. Todos os ventiladores estão ligados 24 horas por dia não apenas para refrescar a tripulação, mas para manter a parafernália eletrônica funcionando. O efeito colateral que gera, vento nas minhas pernas, tem sido uma sorte grande!
Estamos nesse momento na transição entre os ventos alísios do norte e do sul. Falta pouco para termos um novo vento que está chegando bem devagar. O indicador da direção real do vento já se movimenta aos poucos para o sul. Os dias de navegar com vento de popa já terminaram agora começam os regimes de través e de proa usando a Código Zero (Quanto maior o número de uma vela menor o seu tamanho. Código Zero é a maior possível).
Os peixes voadores se tornaram menos comuns depois que as ondas deram lugar a um mar espelhado. O Junior Lewis é quem mais está satisfeito depois que na última noite foi atingido por dois peixes voadores na cabeça. Em apenas cinco minutos!
Isso não quer dizer que a fauna marinha tenha desaparecido completamente. Vimos muitas baleias e golfinhos, além dos sempre presentes barcos pesqueiros enferrujados.
Hoje esperamos ter um pouco mais de pressão para apontar a proa em direção ao Congo-Brazzaville. Por enquanto, no entanto, temos pela frente uma longa noite de farejar vento.
Tchau por enquanto,
Si Fi
Este texto foi escrito por: Simon ´Si Fi` Fisher, navegador do barco ABN AMRO 2