A viagem da Espanha até a Holanda foi boa. Estamos finalmente focados naquilo que esperamos conseguir nesses próximos 12 meses. Foi ótimo ter ajuda da Equipe 1 recentemente em Sanxenxo, mas também foi ótimo estar no barco com apenas o pessoal da Equipe 2. A viagem foi definitivamente um sucesso.
Não tivemos muito vento mas uma brisa razoável. Não tivemos a chance de ver o que é que o barco pode oferecer em tempo muito ruim, sabemos apenas o que nos foi contado. Com esse barco você pode perder o controle facilmente.
Mas é impressionante velejar nele! Você pode ver e sentir a aceleração, a velocidade do vento e assim por diante. É uma sensação especial. O barco tem muita potência, rapidamente se sente isso quando as velas todas estão sendo usadas, tudo acontece muito depressa.
Todos os barulhos que as catracas e tudo mais fazem. É fácil perceber que tem muita potência em jogo. Aprumar tudo isso e colocar na direção certa às vezes é difícil, aí é que temos de treinar mais e mais.
Comparando o ABN AMRO V70 com outros barcos nos quais velejei, a maior diferença é a quilha basculante. A maior inovação na vela nos últimos 10 anos. É o máximo para conseguir ter mais potência e velocidade. É também algo totalmente novo e temos que aprender como tirar o melhor dela. Então cuidado especial na sua manutenção e cuidado no uso para não quebrar nada.
Já o trabalho de equipe a bordo, que realmente importa é um trabalho permanente e nós estamos chegando lá. Algumas vezes as reações são diferentes e temos os nossos desentendimentos, mas no final colocamos as emoções para trás e voltamos ao foco principal, velejar.
A Route de l’Equateur e a Semana de Vela de Ilhabela ajudaram plenamente na arte da comunicação. Agora usamos algumas palavras-chave que todos entendem e estamos conseguindo fazer com que a mensagem certa atinja o seu objetivo. Estamos cada dia melhores.
Até a próxima vez,
Luke.
Este texto foi escrito por: Carlos Lua, correspondente do TEAM ABN AMRO
Last modified: agosto 17, 2005
