Inquérito irá apurar morte de estudante durante rafting no Rio das Antas (foto: Rio das Antas/ Divulgação)
A delegacia de Nova Roma do Sul (RS) abriu ontem um inquérito para esclarecer os motivos que levaram a morte de Michele Guimarães Rocha, de 26 anos. No dia 27/01 a estudante de direito de Rio Grande realizava uma descida de rafting no Rio das Antas, entre as cidades de Farroupilha e Nova Roma do Sul, quando o bote em que estava virou. Michele foi encontrada morta próximo ao local do acidente apenas dois dias depois.
Primeiro serão ouvidos os depoimentos de todas as pessoas envolvidas, desde a empresa até os clientes, passando por instrutores e guias. Depois saberemos dos barcos, coletes, tudo, para saber se havia condições ou se não havia, disse Jorge Xavier, investigador do caso, sobre os procedimentos do inquérito. Ainda segundo ele a documentação da empresa também será investigada para saber se ela é bem constituída, se é para aquilo ou se não é, saber quais os cuidados que tomaram etc., até que se esclareça tudo. O inquérito será presidido pelo delegado Clovis Xavier.
Em comunicado à imprensa, as empresas Rio das Antas e Gasper, responsáveis pelo bote em que Michele Guimarães estava, disseram que os praticantes receberam instruções de segurança, usavam os equipamentos necessários e eram acompanhados por safety ducks. Estamos certos de ter feito tudo o que foi possível para evitar esta terrível fatalidade, dizia o comunicado assinado pelos diretores das empresas.
Sobre a suposição de que o nível do rio estivesse baixo demais para a prática segura do rafting, o investigador deixou claro de que é necessário que se investigue as condições do rio juntamente com peritos e pessoas que praticam o esporte há anos para assim apresentar uma conclusão. Em entrevista ao Webventure, Fabiano Sperotto, diretor e responsável pela parte de água da Gasper, afirmou que o nível do rio era baixo, mas seguro para o passeio.
Este texto foi escrito por: Roberta Spiandorim