Direto da Adventure Fair – Criada na edição 2004 da Adventure Fair, com uma assembléia de empresários de turismo de aventura e ecoturismo, a Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura) faz carreira na Adventure Fair 2005, feira de esportes e turismo de aventura que termina hoje na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.
A associação está presente na Adventure Fair, com estande no terceiro andar e mostra que sua missão, a médio prazo, “é posionar o Brasil entre os melhores e mais seguros destinos de turismo de aventura do mundo”, como explica Massimo Desiati, diretor de marketing da Abeta, canoísta e sócio-proprietário das operadoras 4 Elementos, que atua no Jalapão (TO), da Cânion Iguaçu, que atua em Foz do Iguaçu (PR). “A idéia aqui na feira é unir as forças para que a associação fique cada vez mais forte e represente as empresas e destinos que tragam benefícios ao segmento”, diz Massimo.
O objetivo da Abeta é levar a qualidade total para o turismo de aventura, torná-lo uma das referências mundiais nesta atividade e prevenir acidentes. Para isso, o primeiro passo é a normalização das atividades de esportes de aventura no destinos ecoturísticos, explica Massimo. “A criação de normas técnicas é necessária para dar qualidade e segurança aos clientes das agências e operadoras que procuram atividades ao ar livre, e que desejam emoção e contato com a natureza com segurança”.
Como será feita a normalização? – Através do Instituto da Hospitalidade, o Ministério do Turismo identificou quais são os aspectos críticos da operação do turismo de aventura e, assim, vai formatar regras para as atividades que fazem parte do segmento, como montanhismo, escalada, técnicas verticais, arvorismo, canionismo, trekking, cavalgada,cicloturismo, rafting, espeleoturismo e turismo com veículos off-road.
É importante lembrar que o mergulho é um esporte bastante avançado na organização das atividades, mas Massimo ressalta que a atividade ainda precisa ser normalizada. “Tem pequenos detalhes que devem ser comuns a todas as operadoras de turismo subaquático, como adequação de barcos, igualdade de informação para os clientes e normas de atendimento”.
Já no vôo-livre, não há normalização para o turismo, que está em andamento em todos os outros esportes de aventura. Mas a Associação Brasileira de Parapente não quer participar por entender que o processo de normalização no turismo no vôo duplo, por exemplo, deve ser feita pelas associações esportivas e não pelo o Ministério do Turismo.
Foram criadas 11 Comissões de Estudos (CEs) para análise destas atividades de turismo de aventura, com reuniões mensais abertas aos interessados no assunto. Depois de várias reuniões de cada uma das CEs, saem os projetos de normas que devem ser submetidas à consulta nacional e, depois, publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/ CB54).
Os empresários de turismo de aventura e ecoturismo envolvidos com a Abeta esperam que as normas sejam publicadas até meados de 2006 para conseguirem desenvolver programas de certificação de profissionais, cursos de capacitação e políticas de incentivo ao turismo.
A Abeta tem Grupos de Trabalho por modalidade. O grupo de Caminhada (trekking) é coordenado por Gabriel Werneck; o de Escalada por Ronaldo Franzen (Nativo); de Montanhismo por Gustavo Timo; de Canionismo e Cachoeirismo por Ion David; de Arvorismo e de Técnicas Verticais em Ambientes Artificiais por Sagüi; de Espeleoturismo por Álvaro Barros; de Águas Brancas (Rafting/Duck) por Massimo Desiati; de Acquaride ou Bóia-Cross por Eduardo Spinola; de Canoagem Oceânica por Pedro Cavalcanti; de Vôo Livre (Asa Delta/Parapente) por Jefferson Silva; de Cicloturismo por Eliana Brito Garcia e Rodrigo Telles; de Mergulho por Rodrigo Thomé; Turismo de Veículos Fora de Estrada por Felipe Aragão Jr; de Windsurf e Kitesurf por Adriana Lenz; de Balonismo por Gabriela Slavec.
Nos chamados temas transversais, ainda têm os grupos de Procedimentos Básicos, chefiado por Gustavo Timo; de Gerenciamento de Riscos por Pedro Cavalcanti; de Comunicação e Organização de Informação por Gustavo Timo; e de Assuntos Jurídicos por Silvia Basile.
Executiva da Abeta
A Abeta, por ser uma associação comercial, defende os interesses do desenvolvimento do turismo de aventura no Brasil. Saiba aqui quais são os 10 princípios da Abeta:
1. Seguir as melhores práticas de segurança, qualidade e preservação do patrimônio ambiental, social e histórico-cultural;
2. Promover o associativismo;
3. Trabalhar pelo desenvolvimento sustentável do Turismo no Brasil;
4. Respeitar os princípios da democracia;
5. Zelar pela ética e concorrência justa e leal;
6. Agir com independência;
7. Não utilizar a associação para promoção pessoal;
8. Incentivar as responsabilidade social;
9. Buscar a convivência harmônica e produtiva do setor turístico, Poder Público, Terceiro Setor e sociedade;
10. Promover o profissionalismo na formalização do Turismo de Aventura no Brasil.
Este texto foi escrito por: Cristina Degani