ABN Amro 2 próximo de terminar a quinta perna (foto: Divulgação/ VOR)
O ABN Amro 2 teve uma série de problemas na quinta perna da Volvo Ocean Race e chegou em último colocado. Lucas Brun, tripulante brasileiro na equipe holandesa, afirmou na chegada a Baltimore que toda a má sorte que eles poderiam ter se concentrou nessa perna. No texto abaixo, o correspondente Carlos Lua explica as dificuldades dos jovens velejadores
O mastro fica em pé preso por uma porção de cabos que vão presos o convés. Os estais. Claro que entre o cabo propriamente dito e o convés têm uma espécie de prendedores, presilhas. Uma dessas estourou, provavelmente por fadiga de material já que o barco andou muitos dias em um mesmo bordo (de bombordo).
Foi exatamente aquele que prende o estai da popa. Eles estavam velejando a 18 nós, com vento de través. O Scott Beavis, que estava no leme, reagiu rápido e colocou o barco de cara no vento para tirar qualquer força no mastro. O mastro deu uma vibrada, balançou, mas sem a pressão ficou no lugar. Então eles trocaram a peça e continuaram.
O maior problema deles nessa etapa foi terem ficado durante horas parados em uma calmaria na costa do Brasil. Perderam tempo e a oportunidade de andar no mesmo sistema de clima dos líderes. Ficaram para trás. Mesmo assim chegaram a menos de 20 horas (19 horas e 45 segundos) dos vencedores, o que não é nada mau.
Assim que chegou, o Lucas foi descansar, assim como todos estava muito cansado (um cansaço que segundo ele só aprece quando se pisa em terra e relaxa). Estava contente com o desempenho de todos durante a etapa e com o dele em especial pelas fotos e vídeos que fez e que foram elogiados pelo pessoal da Volvo.
Este texto foi escrito por: Carlos Lua, correspondente do Team ABN Amro