Ação Social faz atendimento oftamológico

A equipe de ação social deixou Palmas (TO) mas continua no Tocantins. Ontem, os voluntários atuaram na cidade de São Félix do Jalapão (TO), onde atenderam a população local na Escola Estadual Sagrado Coração de Jesus. Foram realizados testes de acuidade visual na Unidade Móvel Oftalmológica, além dos atendimentos médicos nas áreas de Pediatria, Clínica Geral, Ginecologia & Obstetrícia, Odontologia, Diabetes e Pressão Arterial.

Neste ano, pela primeira vez, estão sendo efetuados atendimentos oftalmológicos durante o Rally, com a realização de exames de vista, entrega de óculos e a utilização do 1º veículo móvel de oftalmologia do Brasil, desenvolvido na cidade de São Carlos (SP) especialmente para o evento. O projeto, batizado como “Sem Visão não há Educação”, consiste em consultas oftalmológicas a pessoas sem acesso a este tipo de serviço com exame refracional sob cicloplegia, biomicroscopia, tonometria de aplanação e mapeamento de retina.

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), revelam que 15% das crianças matriculadas no ensino fundamental têm algum problema nos olhos. A idéia principal do projeto é a diminuição da evasão escolar por problemas ligados a visão. Os médicos oftalmologistas atenderam alguns casos de urgência e também encontraram casos raros de cataratas em crianças. Só em São Félix, foram 3 diagnósticos desta enfermidade, e os pacientes foram encaminhados para cidades maiores, para que haja imediato tratamento e acompanhamento dos casos.

Segundo os oftalmologistas voluntários Leonardo Castro e Liang Shih Jung, do Instituto da Visão e do Hospital Albert Einstein, a procura pelos atendimentos tem sido bem acima do esperado, mas isso se explica pelo fato de que, em grande parte das cidades visitadas, o oftalmologista mais próximo se localiza a cerca de 300 km.

São Félix do Jalapão conta apenas com um único posto de saúde e um médico, que visita uma vez por mês a comunidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere que a relação ideal de oftalmologistas/população é de 1 para 20 mil. Segundo Elisabeto Ribeiro Gonçalves, presidente do CBO, há no Brasil cerca de 1 médico para cada 16 mil habitantes, mas o principal problema é a má distribuição de médicos desta especialidade pelo país, concentrados nas capitais e nas regiões mais desenvolvidas economicamente.

Este trabalho conta com o apoio da Opto Eletrônica, Instituto Albert Einstein, Apramed e Motor Trailer. Além dos atendimentos, também foram ministradas palestras sobre sexualidade e DSTs, câncer de mama, nutrição, saúde e higiene oral.

A equipe agora atua em Natividade (TO), onde atende a população na Escola Municipal Archcelina Pacini Vieira.

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