O estudante Paulo Rogério Yokishawa, de 27 anos, sofreu um acidente enquanto praticava rapel no viaduto da avenida Dr. Arnaldo sobre a Sumaré, em São Paulo, nesta madrugada. As informações são de que ele teria caído e fraturado ambas as pernas e agora está internado na Ortopedia do Hospital das Clínicas. Segundo testemunhas, ninguém fazia a segurança no momento em que Yokishawa descia em corda pelo viaduto.
“Já era tempo de uma coisa dessas acontecer”, conta Laércio Sugimura, um dos primeiros a fazer rapel no local, que desistiu depois da popularização do point. “Quando começou, há uns dois anos, éramos uma turma que tinha noção do que estava fazendo. Depois começaram a surgir pessoas que desciam até com corda de caminhão”, revela.
‘Suicídio em massa’ – Apesar de ser proibido o rapel num local como esse, ninguém se esconde. Quem passa pela Sumaré ou pela Dr. Arnaldo à noite sempre vê várias pessoas, a maioria adolescentes, se preparando para a descida. “A emoção não é nem descer no meio de uma avenida. É a altura da ponte, a maior de São Paulo, com quase 30 metros”, diz Sugimura.
O ex-rapeleiro disse que nunca teve problemas com a polícia. “Os policiais vinham ver o que estava acontecendo porque os vizinhos nos viam descer e denunciavam até suicídio em massa”, conta. “Mas alguns PMs até desciam com a gente.”
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira
Last modified: fevereiro 21, 2017
