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Acidente, zebra e disputas acirradas marcam o Pré-Pan

Redação Webventure/ Vela

Robert Scheidt foi superado por André Streppel (foto: Divulgação/ Fotocom.net)
Robert Scheidt foi superado por André Streppel (foto: Divulgação/ Fotocom.net)

A delegação brasileira dominou as raias da Baía da Guanabara no Pré-Pan de Vela, disputado no último fim de semana no Rio de Janeiro. Com exceção da classe Snipe, os velejadores canarinhos garantiram vitória em todas as categorias do Pré-Pan e mostraram que vão fazer bonito no Pan-2007.

Em algumas disputas parciais os atletas estrangeiros tiveram momentos de fama, como o venezuelano Daniel Flores, que venceu a segunda regata de sexta feira e quebrou a invencibilidade de Ricardo Winicki. Na Laser Standard, Adrion Santos desbancou Robert Scheidt na primeira regata, mas foi desclassificado na segunda disputa.

Scheidt ostenta a primeira colocação da classe Star no ranking da Isaf, mas resolveu competir no Pré-Pan e voltar à classe Laser que lhe rendeu o octacampeonato mundial e o bi olímpico. Longe desde setembro de 2005 da categoria que o consagrou, ele obteve um quinto e um primeiro lugar nas regatas de sexta feira.

Todos esperavam que o velejador fosse dar um banho nos adversários e seria o grande bicho papão do Pré-Pan, mas André Streppel veio com tudo e levou o ouro com 10 pontos perdidos, dois a menos do que Scheidt.

Reconhecimento – “O Streppel mereceu o título. Estou feliz por ter voltado a competir na Laser”, afirmou o velejador de 33 anos. “Senti a falta de ritmo, mas valeu a pena ter participado do campeonato”, completou.

Após o vice no mundial em San Francisco, o campeonato brasileiro e o sul-americano, além do vice na Semana de Kiel e no Campeonato Europeu de Star, ele tem como objetivo uma vaga no Pan-2007 de Laser.

Seguindo o padrão dos Jogos Olímpicos, o Pré-Pan utilizou o Medal Race para definir os campeões de cada uma das oito classes inscritas. Nessa fase, somente os dez melhores colocados de cada categoria garantem uma vaga na regata final, onde os pontos valem em dobro e são somados aos da primeira etapa. “Já disputei um campeonato que, situação normal eu ficaria em quinto lugar, fui bem no Medal Race e fiquei com a medalha de bronze”, contou Robert Scheidt.

Após a definição dos 10 melhores, 67 velejadores voltaram à raia no último domingo (15). Os estrangeiros em busca de uma vaga para os jogos de 2007 e os brasileiros com o intuito de aprimorar o treinamento e conquistar medalhas, já que o Brasil está automaticamente classificado por ser país sede.

Na Hobbie Cat 16 Bernardo Amdt e Bruno Oliveira venceram com dois pontos perdidos; na J24 Maurício Santa Cruz, João Carlos Jordão, Alexandre Saldanha e Daniel Santiago foram os campeões com dois pontos perdidos; na Snipe os uruguaios Pablo Defazio e Eduardo Médici faturaram com quatro pontos perdidos; na RS:X feminina Patrícia Castro foi a melhor com seis pontos; na masculina Ricardo Winicki foi o melhor com a perda de dois pontos; na Lightining George Rider, Sidney Bloch e Pedro Soares foram os primeiros com quatro pontos perdidos e na Laser Radial Adriana Kostiw foi a melhor com quatro pontos perdidos.

Logo no primeiro dia de competições do Pré-Pan American Games Regatta a organização passou pelo primeiro desafio de segurança, com um acidente na classe Lightning. O vento sudoeste que antecedeu a frente fria pegou de surpresa os competidores no Iate Clube do Rio de Janeiro, principalmente a tripulação comandada por Mário Buckup que se chocou com o barco de Caio Soares.

“Montamos a bóia e estávamos subindo a vela balão enquanto eles se aproximavam e os cabos do nosso barco se enroscaram no mastro deles”, contou a esposa e tripulante Telma Buckup. Com o impacto Caio teve o mastro quebrado, o que impediu a equipe de continuar na competição. Já a família Buckup trabalhou duro e conseguiu voltar para o segundo dia de prova, para vencer as duas regatas disputadas.

De acordo com Abraham Lincoln Rosemberg, Coordenador Técnico para Vela do Comitê Organizador dos Jogos Panamericanos Rio 2007, a equipe de resgate deve atender às três raias de competição simultaneamente. Para que isso ocorra, o time de resgate conta com o auxílio do Corpo de Bombeiros para resgate na água, além de uma ambulância em terra.

Procedimento – Em caso de acidentes o protocolo de resgate entra em ação após a comissão de regata avisar a equipe de salvatagem via rádio. Assim, os botes se dirigem ao local da ocorrência, realizam os procedimentos necessários e rebocam as embarcações envolvidas, no menor tempo possível.

No caso do acidente com os barcos quinta feira, não foi possível realizar o resgate de forma rápida, pois a embarcação de Buckup estava emborcada (quilha para cima e vela para baixo), devido a um cabo que se soltou da guia e impediu que a bolina fosse levantada e o barco desvirado.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: outubro 16, 2006

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